Cap. 40 - The place to lose your fears...

51 7 0
                                    

16/01/2018

Querido Charlie,

Hoje voltei para Atlanta. Enquanto eu estava viajando, Josh foi buscar o meu carro. Enfrentei a viagem de quase duas horas até a minha cidade natal e fui em direção a universidade. Precisava ver logo qual era o meu dormitório. As aulas deveriam ter começado há uma semana, mas os quartos ainda estavam em reforma. Só foram liberados hoje e nós finalmente podemos morar na Universidade de Atlanta. O meu quarto é o 092. Quando eu cheguei lá, não tinha ninguém. Eu só esperava que a minha colega de quarto fosse alguém legal.

Enfim, liguei para a Mel na esperança de encontrá-la naquele campus imenso e ela me disse que estaria na biblioteca. Fui até lá e a encontrei. Ela me recebeu com um sorriso tão lindo.

— Eu disse que ia passar rápido — falei enquanto ela me abraçava como se não tivesse me visto há anos.

— Um dia sem te ver é como se fosse um ano. — Eu a apertei um pouco mais.

— Agora nós vamos poder nos ver mais vezes.

— Finalmente, não aguentava mais essa distância.

Nós duas rimos e nos afastamos daquele abraço. Olhei nos olhos dela e estavam até brilhando. Eu estava com tanta saudade daqueles olhos cor de mel.

— Qual é o seu quarto? — ela perguntou.

— É o 92. E o seu?

— 48.

— São meio longes, né? — Ri de nervoso.

— Sim, mas podemos ficar uma no quarto da outra. Você sabe, né?

— Sei sim.

— Vantagens de namorar uma mulher. — Ela piscou e riu, o que me fez rir também.

Nós nos aproximamos e ela me deu um selinho. Eu queria muito mais que isso.

— Mel, sabe aquela ideia de inaugurar o meu carro? — falei sem nenhuma inocência.

— Sei. — Ela com certeza entendeu as minhas intenções de primeira.

— Até hoje não fizemos. — Mexi no cabelo.

— E quer agora? — Melissa deu uma rápida mordida em seu lábio inferior.

— O que você acha? — perguntei e fui me aproximando de sua boca.

— Acho que sim.

— Acertou. — Sorri e a beijei rapidamente.

Senti o meu rosto ficar quente. Sim, eu ainda fico envergonhada quando falamos essas coisas. Melissa apertou a minha bochecha.

— Eu amo esse seu jeitinho tímido, sabia? — minha namorada disse.

— E eu odeio, você sabe disso.

— Desculpa, amor. — A Mel me puxou pela cintura e sussurrou no meu ouvido: — Eu sei que tem momentos em que você não é nada tímida e eu amo mais ainda.

Ela sabe como me provocar, Charlie. Sério, só ouvindo ela falando essas coisas para entender. Eu fico fraca.

— Vamos pro carro? — perguntei e tentei controlar toda a vontade que eu estava de me entregar para ela ali mesmo.

Melissa assentiu e andamos de mãos dadas até o meu carro.

— Posso dirigir? — ela perguntou. — Conheço um lugar isolado.

— Claro, amor. Como conhece? — Fiquei muito curiosa.

Minha namorada riu e eu semicerrei os olhos.

O Diário de Amelia HastingsOnde histórias criam vida. Descubra agora