3 de julho de 2017
14:54hrs
DanteE seu quadril vai de um lado para o outro em um balanço único e fascinante, e pensar que eu já o vi sem essas roupas...quanto privilégio. Ainda tenho sonhos com aquele dia. Tenho foto também para recordação, não que ela sequer desconfie.
Na verdade tenho uma pasta só com fotos dela que eu tiro todos os dias que estou em casa. Ela não sabe mas passo a noite em seu quarto a vendo dormir.
Fazem quase três meses que estamos morando sob o mesmo teto. Daisy se mostrou um excelente profissional, perfeita aluna nas aulas de culinária vegetariana e jardinagem, e ótima antagonista quando o assunto são minhas ordens. E um fruto proibido pra mim...seu carcereiro. Mas eu a desejo e a quero pra mim sempre...adoro sua barulhenta companhia, adoro sua voz, seu cheiro, seu corpo e suas implicâncias.
Ela resmunga todas as vezes que a mando fazer algo que não faz parte da sua área de serviço, me desafia com seu narizinho empinado, me fascina com seu jeito sincero e espontâneo, ela não tem máscaras nem é hipócrita como a maioria das pessoas que conheço, até mesmo eu sou hipócrita...
Finjo que não a suporto quando na verdade tudo o que eu mais quero é cobrir o seu corpo com o meu, beijar seus lábios e me perder nela, no entanto eu reprimo esses sentimentos estranhos que vem me atormentando e tento dizer a mim mesmo que ela não significa nada pra mim, que a repudio...tudo isso sem sucesso.
Nesse tempo eu pude observá-la com muito mais atenção, traçar seu perfil qualitativo. Sua essência é a aura de uma inocente mocinha decidida e segura de si. Ela não me teme, mas fica triste e calada quando eu saio para executar um novo serviço, o que está acontecendo com muita frequência. Até já me perguntou certa vez com uma voz baixinha, enquanto jantávamos, se eu gostava do que fazia e eu lhe disse a verdade, eu gosto muito do que faço, do que aprendi fazer...
Mas brigamos que tudo e a cada nova discussão eu tenho uma enorme vontade de calar a sua boca com a minha. Daisy quebrou quase todas as regras que não eram para serem quebradas. Shem a conheceu mês passado já que eu o proibi de cruzar a porta dessa casa e ficou colérico quando a viu e ousou dizer a mim que enlouqueci. Dei uma boa e correta surra nele e o puni tirando-o do seu trabalho por uma semana. Ninguém que não tenha doutorado em psiquiatria pode dizer isso de mim...
Ela, teimosamente, fala com os seguranças quando não estou por perto e como eles são uns idiotas babões dão a ela atenção e tempo mesmo eu tendo lhes dito para não fazer.
Aperto minha mão direita só de lembrar em quantos deles eu já surrei só esse mês. E tudo por culpa dessa criaturinha com olhos cor de jujuba e cheiro viciante que está limpando meu escritório agora.
__Ainda está sujo ali.
Aponto para a quina da parede de vidro que não está realmente suja, faço isso só para ver o seu rosto ficar vermelho de raiva e ela começar a resmungar. É hilário demais e fica ainda mais linda quando se irrita. Ouço-a bufar fazendo uma mecha de seu belo cabelo se soltar desse coque que ela usa. Me ajeito na cadeira giratória. Que situação.
__É só vir limpar, seu maníaco...quem ele pensa que é? Só faltei lamber esse vidro e ele me diz que ainda está sujo? Ah! Vontade de esganá-lo agora...babaca.
Sorrio ao vê-la se inclinar pondo seu belo traseiro em uma ótima posição. Deixo-a xingar a vontade só para apreciar um pouco mais a fantástica vista da sua grande e palpável bunda redonda. Sinto a frente da minha calça se expandir...de novo.
__Não vá quebrar o vidro, baby...sabe que ainda está pagando a televisão que você quebrou semana passada.
Respirando fundo a vejo pôr mais força nos braços enquanto esfrega a parede. Semana passada, em uma manhã fria de junho fazia eu algumas ligações quando um preocupante barulho estridente veio da sala. Caminhei calmamente pelo corredor e parei na sala onde minha tv de 50' estava no chão de carvalho envelhecido e uma estática Daisy se encontrava parada ali com as mãos no ar e os olhos apertados.
Não fiz outra coisa que não pedir que me contasse sua versão dos fatos.Segundo ela disse, queria limpar o suporte que mantinha a televisão acoplada na parede. Sua voz ficou mansa e doce quando ela se desculpou, tive vontade de enforcá-la mas aquela voz me desarmou. A declarei culpada e disse que descontaria o prejuízo do salário dela. É claro que eu não fiz isso, continuei depositando mensalmente seus dez mil. Fiz o mesmo quanto ao filtro da piscina, a janela, uma das minhas obras de Salvador Dali e a vinda do médico para ver a mordida que meu cachorro deixou no antebraço direito dela por querer dar banho nele.
Sempre digo que descontarei todos os prejuízos dela do seu salário, ela apenas pede suas sinceras desculpas e promete ser mais cuidadosa, coisa que eu sei que ela não vai realmente fazer...
Minha diarista é um enigma atraente e perigoso, uma vez desvendada ela te prende pra sempre naqueles olhos verdes translúcidos e brilhantes.
__Blá blá blá...Joga isso na minha cara toda vez. Help God.
Ela tem mania de usar esse bordão a cada vez que a irrito. A vejo se erguer e ajeitar os cabelos em um coque bem sexy no alto da cabeça. Daisy está um espetáculo, como está se alimentando adequadamente nesses últimos meses ela ganhou massa corporal nos lugares certos, a pele está sedosa e voltou a sua aparência juvenil e atraente. Não está mais com aquele aspecto de fadiga e exaustão, apesar de tudo eu estou cuidando bem da minha baby.
Mas confesso que tudo isso só está me deixando mais louco de desejo por essa garotinha, penso nessa ordinária o tempo todo, sonho com ela todas as malditas noites e nem sequer sei se ela ao menos me acha bonito ou atraente...isso me deixa frustrado e inseguro. Mas eu vou resolver nosso caso hoje.
__O que disse?
Pergunto para atazanar mais.
__Nada, senhor Bryan...nada.
Ainda acha que meu nome é esse.
__Sei...bem, baby, quer jantar comigo hoje?
Pergunto para não ter que ordenar que vamos jantar juntos. Ela para de tentar arredar a mesinha de centro feita de rocha vulcânica.
__Jantar? Mas nós jantamos juntos todos os dias, senhor...
Me ergo ficando atrás dela, seu cheiro de lavanda se mistura ao cheiro do desinfetante e sabão, mas ainda assim é fascinante. Vejo seus pelos da nuca arrepiarem-se.
_Santo Deus...
__Eu sei, mas hoje quero que seja diferente...
Sussuro em seu ouvido direito e desço as mãos pelos seus braços até alcançar a flanela.
_Vai jantar comigo sim...prometo que tentarei ser um cavalheiro.
A viro pra mim fazendo seu olhar verde escuro se encontrar com o meu. Tinha que ser tão bonita?
__Aham...
Sua resposta foi vaga e meio insegura, mas muito satisfatória. Sorri de lado e beijei sua testa. Minha baby suspira fechando os olhos.
__Me encontre na sala as oito. Não se atrase.
Me afasto dela, do calor incendiário de seu lindo corpo, e saio do escritório para só então ajeitar a calça que está desconfortável e respirar de verdade.
Não sei o que ela fez ou que está fazendo, mas seu feitiço está me envolvendo e me levando para um caminho sem volta...está me corrompendo.
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Dante : A história de um assassino (CONCLUÍDO)
RomanceEla só queria chegar em seu bloquinho de alvenaria do outro lado da cidade e descansar ouvindo um bom jazz, e teria feito se não fosse presenciar a morte de três pessoas no ponto de ônibus que ela senta toda semana para poder ir pra casa... se torna...