Bruce acorda com muita dor

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Bruce

" Enquanto espantava as crianças de perto dos carros do exercito, senti que tinha algo de errado... Logo a bomba explode, sou atingido por vários estilhaços, meus ouvidos agora tinham um zumbido terrível, tento me mexer e não consigo, minha pele queima levo a mão ao pescoço sinto algo quente a olhando, olhei a mão e ela estava vermelha".

- Vall... Me perdoa... - disse em tom baixo, sentindo a vida escapar de mim.

Aquele sonho se repetia e eu tinha uma nítida impressão que cheguei a escutar a voz do Sr. Carpenter e de Vallentine. As vezes sentia até a mão dela segurando a minha. Novamente mergulhei no mesmo sonho repetindo a mesma fala.

- Vall... Me perdoa...

- Vall... Me perdoa...

- Vall... Me perdoa...

- Vall... Me perdoa...

Então eu senti que estava vivo, ao longe escutava o bip do monitor cardíaco, sentia meu rosto e cabeça com faixa, meu braço e perna esquerdo imobilizado. Senti uma mão quente segurando a minha após repetir pela milésima vez - Vall... Me perdoa...

- Shiii! Não se esforce, meu amor! - Ela se inclinou e beijou o meu rosto se erguendo sem soltar minha mão. - Pai, chama o médico! Ele acordou.

- Isso é bom... - Escutei o Sr. Carpenter falar um pouco abafado, acho que estava entrando no quarto.

- Vall... Me perdoa... Me perdoa... eu amo você...

- Eu também amo você! - ela me beijou e seus olhos estavam embargados. - Não se esforce, fique calmo! Vai ficar tudo bem

- Vallentine... - Apertei a sua mão. - Estou com muita dor!

- Eu sei, vai passar! Não se agite.

Ouvi a porta se abrir e uma mulher morena de jaleco adentrou a sala, devia ser a médica, eu estava confusa.

- Olha só quem acordou? Que bom! Como se sente? - Ela aproximou-se da cama e tomou minha mão.

- Muita dor... - meus músculos tremiam. - Frio...

- Vou administrar um analgésico em você! - ela sorriu, era simpática. - A sua cabeça dói?

- Doí... Morfina, Por favor! - eu sei que com morfina a dor passava num instante. - Morfina!

- Olha só um entendido do assunto. - ela novamente sorriu e injetou algo no meu soro. - Logo você vai estar se sentindo bem.

Vou levá-lo para alguns exames e a depender do resultado, logo você poderá ir pra casa!

- Me deixa ficar aqui mais um pouco... - Abri os olhos. - Vallentine? Há! como é bom ver você! - A lágrima se insinuou nos meus olhos. - Meu anjo! Eu pensei tanto em você!

Senti a barriga de Vallentine mexer.

- Ele está dizendo "Oi papai, eu estou feliz"

- Também estou.

- Bruce... - Sr. Carpenter apareceu ao ado de Vallentine, ele sorria amável. - Que bom que acordou.

- A dor está passando... - Respirei fundo. - Onde estamos?

- Em Nova York... Consegui sua transferência para cá, não foi nada fácil, mas o importante é que está aqui em segurança e com a gente.

- Obrigado! - Agradeci pela ajuda.

- Logo nós vamos pra casa! - Vallentine acarinhou o meu rosto.

- Vallentine... deixe descansar... Você também precisa. - Meu sogro a abraçou de lado. - Sua mãe já me ligou várias vezes querendo que eu a leve pra casa para descansar.

- Vá com ele, Vallentine... Eu estou bem.

- Não! Eu quero ficar.

- Vallentine... Vá... Descanse e depois volte... Seu pai tem razão, precisa descansar e aqui não é bom...

- Você disse que queria ficar para vê-lo acordar... Assim que tomar um banho, comer e dormir um pouco, eu te trago de volta.

- Mas... - Ela abriu e fechou a boca, e fez um biquinho, natural de quando algo a contrariava, ela voltou-se para o pai, com olhar suplicante. - Eu não posso ficar?

- Não seria bom... Está aqui a quase um dia e meio. Precisa de descanso ou o stress vai te deixar cansada e pode provocar o adiantamento do parto.

- Não quero que isso aconteça... - Pedi. - Vá, eu vou fcar bem... Vou ser levado para exames e depois vou dormir novamente... Volte quando estiver descansada.

- Tá bom! - Ela suspirou resignada. - Eu vou pelo nosso Brandon!

- Isso! - Segurei a sua mão. - Descanse bastante. vou estar aqui te esperando.

- Eu te amo! - ela me beijou e abraçou o pai pela cintura. - Podemos ir, pai! Amanhã cedo eu volto.

- Amo você... Muito... - Disse a vendo abraçada com o pai.

- Bom ver você acordado, Bruce... Voltamos amanhã. - Ele segurou a minha mão para se despedir.

- Obrigado por tudo, Sr. Carpenter, não tenho como agradecer pelo que fez por mim.

- Apenas faça a minha filha feliz, isso é o que desejamos. até amanhã.

- Até... Descanse Vall... - Acenei para ela.

Ela acenou de volta e soltou um beijo no ar pra mim.

Assim que ela fechou a porta, eu comecei a gemer de dor, aquilo era insuportável, era como agulhas sendo fincadas em minha carne, agarrei na grade com a mão livre e desejei dormir e que aquele remédio fizesse efeito logo. Vinte minutos depois consegui relaxar, o efeito começou a circular no meu organismo, o cansaço do corpo bateu novamente e dormi, sendo acordado depois de um tempo para os exames.

Mas estava feliz, estava vivo e Brandon ainda me esperava na barriga de Vallentine, isso era o melhor de tudo.



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