Dr. Kent Kennedy
Depois de uma cirurgia cansativa e perder o paciente na mesa, eu agora só precisava de uma coisa, o abraço da minha filha, um banho e ir para casa com ela.
Segui direto para a creche do hospital, passei por alguns colegas, conversei rapidamente e segui meu destino até o local onde Manú estava.
Assim que entrei vi uma jovem que eu conhecia muito bem brincando com a minha filha e ela estava com um aparelho eletrônico sobre a mesinha colorida.
Cruzei os braços atrás de Samantha, as duas conversavam sobre o que mexiam.
- Papai! - Manú deu um pulo da cadeira e eu a peguei no colo.
- Resolveu virar professora e desistiu da carreira médica? - Perguntei achando graça e um pouco sarcástico.
- Ela é minha amiga, shan! - Manú segurou meu rosto.
- Ah! Então a Shan existe? - Perguntei dando um peidinho de boca em seu pescoço. ela riu gostoso segurando meu rosto.
- Pois é! Eu existo! - Samantha levantou um pouco sem-graça, ajeitando sua roupa. - Eu só vim trazer um presente de aniversário atrasado pra Manu.
- Aniversário? - A encarei franzindo o senho. - Desde quando sabia do aniversário da Manú?
- Eu contei pá ela! - Manú deitou a cabeça no meu ombro.
- Há! Agora entendi! - Sorri puxando uma cadeira. - Sente-se, Dra. Samantha! Vamos ver como funciona esse brinquedo caro...
- Não é caro! E não me olhe com essa cara de que é uma futilidade. A moça da loja me disse que é perfeito para crianças em idade pré-escolar. Ela pode aprender as cores, os nomes e sons dos animais, a contar... entre outras coisinhas.
- Não estou reclamando... apenas não entendo porque Emannuelle!? - Dei de ombros. - Você deveria... Sei lá... Estudando, azarando os carinhas por aí...
- Estudando e azarando carinhas por aí? É o que acha de mim? - ela suspirou. - Conheci a Manu passeando por aqui e me apaixonei por ela. É uma menina inteligente, doce, meiga e adorável... Bem se vê que saiu a mãe!
Suspendi uma das sobrancelhas, Manú me olhou e eu a ela.
- Minha mamãe não era assim? - Ela me perguntou de uma forma tão engraçada.
- Há! Sim! ela era tudo isso e um pouco mais.
- Então minha mamãe era eu?
- Não, Manú! Você nasceu de dentro da barriguinha dela, só que o papai do céu a chamou antes de você conhecê-la... Então você é parecida com ela.
Samantha sorriu e tomou as mãos de minha filha.
-Você é uma criança incrível, Manu!
- Vem brincar comigo em casa, Shan! - Manu fez bico. - O papai é bonzinho, ele faz papa pá mim!
- Eu brinco com você aqui, meu amor!- Ela beijou o rosto de Manu e levantou-se.
- Vou indo! Tenho uma reuniãozinha com meu pai e talvez aproveite o tempo livre depois para "azarar uns carinhas"
- O convite está de pé... - disse sem olhar para ela, Manú bateu palmas. - Afinal de contas precisamos agradecer o presente.
- Mesmo? - ela me encarou sobre o ombro, antes de cruzar totalmente a porta.
- Mesmo... - Dei um beijo em minha filha. - papai volta pra te buscar.
- Tchau, Shan! - Ela abanou a mão enquanto eu ia atrás de Samantha.
- Tchau, princesa!
- Então... Amanhã a noite os pais da... Os avós maternos da Manú irão em casa... Como é minha folga, farei um bolo, nada de especial, algumas coleguinhas do prédio irão... seria legal se fosse, ela gosta muito de você e gosto da referencia feminina se dando tão bem com ela. - A olhei assim que paramos em frente ao elevador. - Manú não se dá bem com todo mundo... E com você pelo jeito foi uma amizade sincera, isso é bom... E tem mais uma coisa, sei que está procurando um apartamento bom, barato e próximo aqui do hospital... tem um vago ao lado do meu... Se lhe interessar, posso pedir ao porteiro qe me deixe a chave, assim você visita e faz a sua escolha.
- Tudo bem! - ela sorriu. - Estarei lá! E estou até estranhando tanta boa vontade comigo. Não vai me atirar do parapeito não é?
Torci a boca cruzando os braços.
- Não... Só não quero mais que se atrase para o estágio. - A porta do elevador se abriu e ela entrou. - Vou deixar meu endereço... Não!! o convite da Manú na recepção da enfermaria... ela fez questão de que comprasse os convitinhos para dar a suas amiguinhas.
- Ela é uma fofa! - Samantha riu e acenou um tchauzinho pra mim.
Acenei de volta.
Assim que a porta se fechou fiz um bico e me voltei para a creche, agora era pegar a minha filha, deixar o convitinho de sua festinha na recepção assim que descesse e ir para casa e descansar. estava exausto e ainda tínhamos 4 quadras para percorrer a pé.
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Um Amor, Por Emergência!
RomanceBruce sofreu um acidente quando faziam a transferência de armamento para outra cidade. Vallentine está prestes a dar a luz e não se da por vencida, Bruce iria voltar para ela e para seu filho. Samantha abriu mão de Caleb para que ele possa ser feli...