Epílogo

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Caleb

- Mãe!? - A ri a porta da mansão dos Heigths numa euforia tremenda.

Spot passou por entre minhas pernas correndo indo direto ao sofá, passou a esfregar o focinho no tecido, mais eufórico que eu.

Mamãe saiu da cozinha e me encarou assustada. Levantei o envelope de um exame para ela. Então gritei

- Estamos grávidos!!!

- Grávidos? - Mamãe me encarou com uma expressão de suspeita.

- Um milagre... O tratamento deu certo... - A puxei para o sofá. - Lembra da viagem a Dubai a três semanas?

- Caleb! Me explica isso!- mamãe me abraçou.

- Fiquei sabendo de um tratamento novo... Experimental. Nos inscrevemos e fizemos o tratamento. - Abri o exame em lágrimas, tremendo. - O ultrassom confirmou que dois embriões sobreviveram. - Entreguei a ela a imagem dos dois pontinhos ainda pequenos. - Meus filhos.

Apontei para o papel e caí em lagrimas

- Gêmeos? Teremos mais gêmeos na família?

- Só que esses foram criados em laboratório. São de placentas separadas... - A encarei sorrindo. - poderia ser quíntuplos!

- Vocês implantaram cinco óvulos fecundados? - Mamãe estava muito curiosa. - Quem doou os óvulos? Já que sabemos que Audrey não os tinha amadurecidos .

- Banco de óvulos... Procuramos alguém o mais parecida possível com Audrey. - A abracei. - Agora preciso da sua ajuda e da tia Jess...

- E como a Audrey está com a novidade?

- Não para de chorar... Por dois motivos... Repouso absoluto até entrada do quarto mês... E por estar grávida. - Abracei minha mãe bem forte.

- preciso de ajuda em casa. Ela só vai sair da cama pra banho rápido e ir ao banheiro. Aquela escada está proibida.

- Eu vou se avó! Meu Deus...- ela me abraçou tão apertado que chegou a doer as costelas. -Vamos cuidar dela. O difícil vai ser fazer a Audrey esquecer a mulher de negócios um pouco.

- ZACHARY! - mamãe berrou.

- ISSO NÃO É O MÁXIMO? - rimos alto.

- Eu escutei vem? - Papai estava parado no topo da escada.

- Vem aqui dar um abraço no futuro paizão.

Abri os braços e meu pai desceu as escadas choroso e sorridente ao mesmo tempo. Me abraçou tão apertado.

- Meus parabéns, Caleb! Estou orgulhoso de você.

Papai me soltou olhando nos meus olhos. Ele puxou minha mãe para um abraço coletivo.

- Netos!!! Isso é demais.

Papai beijou meu rosto e o de mamãe.

- Finalmente terão crianças correndo pela casa. - Falei orgulho secando os olhos

- Vou ser a vovó mais babona do mundo. Minhas crianças vão ter crianças, isso é incrível!

- E onde está a nossa grávida? Temos de mimá-la!

- Em casa... Vamos para lá. Acho que Tia Jess e o tio John já estejam a caminho. - olhei para o sofá. - Spot?! Vamos para casa.

- Vou chamar as meninas! E vamos passar no Tim, ele tem que comemorar conosco.

O cão deu um pulo do sofá e veio toda saltitante para o nosso lado. Papai o acariciou.

- Vou chamar as meninas! E vamos passar no Tim, ele tem que comemorar conosco.

- Ótima rodeia.

Papai correu pra um lado e mamãe para outro para pegar as meninas e se arrumarem.

Aquela casa se tornou uma falação que só, aproveitei e fui para o jardim com Spot para ele fazer suas necessidades.

Logo estávamos na estrada, indo para minha casa para ver e comemorar conosco.

Estacionei em frente de casa, o carro de John estava parado na garagem atrás do carro de Audrey.

- Vamos entrar! - Convidei a todos assim que abri a porta, Amélia e Julia entraram calmamente, papai e mamãe já foram subindo a escada e eu os segui.

- Olá? - Papai entrou no quarto, Jess e John estavam sentados na beirada da cama e assim que nos viram se levantaram.

- Caleb! - Jess passou por todos, seus olhos estavam marejados, o sorriso era enorme em seu rosto. - Parabéns! Estou tão feliz por vocês!!!

- Obrigado, Tia! - A abracei e olhei para Audrey, ela sorria.

Seu nariz estava vermelho de quem tinha chorado bastante.

- Mamãe me fez derramar algumas lágrimas. - Audrey justificou com um sorriso tímido.

- Eu estou tão feliz! - Jess a olhou. - Vou ter dois netos ou netas... - Ela bateu palmas e se juntou a tio John.

- Eu vou matá-lo com requinte de crueldade se aborrecer minha princesa! -só pra variar tio John me ameaçou.

Dei risada abrindo os braços indo até ele.

- Jeito maravilhoso para dar os parabéns! - o abracei com força. - Não se preocupe, não aborrece-la de forma alguma, depois desta ameaça... Melhor eu me comportar.

Todos riram.

- Meu pai sempre exagera. Eu só estou gravida, pai! - Audrey sorriu.

- E ele tem razão... - Me sentei ao seu lado na cama, a puxei para mim.

Olhei para todos que estavam ao nosso redor, eu e Audrey sorriamos ainda em êxtase, felizes pelo milagre que a medicina avançada tinha nos dado.

Acariciei os cabelos de Audrey e vi aquele quarto girar e girar e o tempo passar com os cuidados, pré-natal, choros, comilanças, mais choros, a arrumação do quarto para os gêmeos que não queriam mostrar o sexo para nós pais de primeira viagem e avós alvoroçados para saber o sexo dos netos.

Os três primeiros meses foram difíceis para Audrey, cansada de ficar na cama, um principio de aborto pela ansiedade vivida. E graças a Deus tudo deu certo. Agora estávamos todos reunidos novamente, na sala de espera do hospital, Audrey estava linda completando 38 semanas de gestação, dando um até mais. ela iria para a sala de cirurgia, estava deitada na maca.

- Estaremos aqui a espera de vocês. - disse papai segurando a sua mãe.

- Eu vou estar bem aqui... não vou sair de perto daquele vidro até ver meus netos. - Tia Jess beijou a testa de Audrey - Que nossa senhora do bom parto esteja com vocês.

- Caleb! - Audrey tomou a minha mão. - Eu estou com medo.

- Não Fique... - Me abaixei para ficar bem pertinho do seu rosto. - Correu tudo bem até agora... Relaxa, eu vou estar ao seu lado e não vou deixar que nada aconteça de errado... - A beijei. - Você quer os nossos filhos? - Sorri pertinho da sua boca, a beijando mais uma vez.

- É claro que sim! - Ela sorriu boba. - Eles já preencheram o meu coração e agora tudo o que quero é ver os dois rostinhos mais esperados de Nova York!

- Então vamos por essa criançada no mundo... - A beijei. - Amo você!

- Eu também amo você! Promete que vai estar do meu lado o tempo todo.

- Prometo, não perco esse momento por nada neste mundo! - Dei mais um beijo e nos despedimos de todos, agora era hora de trazer nossos filhos ou filhas para o fora.



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