Um Amor, Por Emergência!

Sophie conversa com a mãe

Sophie

Passei por papai pelo corredor, ele me deu um beijo e seguiu seu caminho até o elevador.

Entrei na sala de minha mãe e me sentei mostrando para ela os 5 livros que peguei.

- Essa autora de Fantasia, Loreta Garnyer me parece muito boa! - Passei a mão pela capa. - E que capa, adorei.

Olhei para mamãe que me encarava séria.

- Cinco? Achei que tinha te dito pra escolher um! - ela sorriu. - Mas, tudo bem! Semana que vem teremos novos lançamentos... - mamãe suspirou. - Filha, exatamente o que houve entre você e sua irmã?

Pisquei várias vezes pensando no que deveria falar, mas já estava na hora de mamãe saber como Amy agia.

- Ela não gostou de saber do meu namoro com o Noah... Me chamou de vagabunda e que eu ficava me esfregando por aí com ele... Disse que era apaixonada por ele, que eu o roubei dela. - Falei olhando para as minhas mãos. - A questão é que a um bom tempo venho abrindo mão do que quero para beneficia-la... Como a vaga de modelo, pois fui eu quem foi convidada a ir a agência e tirar fotos, ela quis ir comigo e eu burra, levei. Ela insistiu em tirar fotos para ser chamada... Porshia mentiu para ela que ela tinha ficado em segundo lugar, mas não tinha vaga pra nós duas... - Olhei para minha mãe. - No banheiro ela surtou, falando que era o sonho dela em ser modelo, foi tão convincente que eu desisti da vaga e pedi a Porshia colocá-la no meu lugar. Só que com a briga, eu disse a ela que não podia ter as duas coisas, Noah e a carreira de modelo. ela escolheu Noah...

- Meu Deus! - mamãe levantou-se, levando as mãos aos cabelos. - Onde eu errei pra vocês rivalizarem tanto, Sophie? Todos vocês tiveram as mesmas chances na vida, a mesma taxa de carinho e disciplina. Eu realmente não entendo como as minhas caçulas puderam se tornar rivais. - mamãe sentou-se, tomando minhas mãos e me encarou. - Noah é um garoto, filha! Não um brinquedo, você e a Amy não podem simplesmente decidir que uma fica com a carreira e a outra com ele, sem contar que a sua irmã ainda é uma criança! A Amy não tem a sua maturidade ou o seu discernimento.

- Noah me decepcionou... sou apaixonada por ele. Mas... Eu preciso dessa chance, mãe! Amy fez a escolha dela, ela terá que correr atrás dele... A senhora não errou. Como irmã mais velha, eu sempre procurei entender Amy, mas desta vez ela extrapolou e eu não quero mais ficar perto dela. E Amy precisa aprender que nem tudo que ela quer, ela pode ter. - Segurei firme a mão de mamãe. - Eu fui a escolhida para a grife... Quero tentar... Amanhã se Noah e eu tivermos que ficar juntos, vamos ficar, se não... Cada um segue seu rumo.

- Tudo bem! - mamãe apertou minha mão. - Nós vamos jantar com a Porshia hoje, vamos analisar o seu contrato, mas sabe que a decisão está nas mãos do seu pai, não é?

- Eu sei! - Sorri.

- E pretende seguir carreira, minha filha?

- Se eu gostar... Sim, pretendo. Caso eu não me sinta a vontade, aí volto e venho trabalhar com o papai e o Maurice.

- Maurice vai ficar com ciúmes de ser o plano B! - minha mãe sorriu. - Quando chegarmos em casa, eu, você e a Amy vamos conversar!

- não quero conversar com ela... Estou muito magoada. Desculpa, Mãe! mas não force a barra entre nós duas. - Pedi em súplica.

- Não posso forçá-la a reatar a amizade com sua irmã, mas não posso aceitar as duas de mal dentro de casa. Nós três vamos conversar e esclarecer as coisas, estou farta dessas picuinhas entre as minhas caçulas. Seu pai e eu tivemos uma família grande pra que sempre possamos contar uns com os outros

Torci a boca chateada, concordei.

- Vou para casa... - Me levantei dando um beijo em seu rosto. - Quer que eu de instruções a Bither para o jantar?

-Já que o jantar é graças a você, vou deixar que escolha o que vamos comer. Não esqueça de avisar a Vallentine e ao Bruce

- Está bem. - Sorri. - Ah! Bruce está escrevendo uma biografia de sua vivência no Iraque... Eu li escondido, deveria ler também. - Corri para a porta acenando para ela. - Tchau, mãe!

Mamãe soltou um beijo no ar pra mim e fechou a porta depois que eu saí

Acenei para algumas pessoas conhecidas e segui para o elevador, logo estava na garagem, Rick abriu a porta do carro para mim.

- Ganhou livros em vez de bronca? - Ele me olhou pelo retrovisor. - Ganhei livros e a bronca ficou para mais tarde, tenho certeza.

- Para onde? - Rick saiu lentamente da garagem.

- Para casa... Tenho muita coisa para ler. - Levantei dois livros.

Rimos.