Vallentine.
Estranhei aquele pedido do meu pai e o acompanhei para o jardim de casa, eu me sentia pesada e sabia que a qualquer momento o Brandon poderia nascer.
- Algo de errado, pai?
- Sente-se. - Ele pediu já se sentando.
Me acomodei no banco ao lado do meu pai o encarando curiosa
- Então?
- Está ficando dificil para você cuidar sozinha de Bruce e me parece que ele é bem teimoso para tirar todos da cama as 5:40 da manhã. - Papai apanhou a minha mão. - Tem que me deixar chamar um enfermeiro para ajudar... e vou mandar por barras no banheiro e no chuveiro, você não vai dar conta de um bebê e um marido convalescendo, Vallentine.
- Ele não quer, pai! E estamos há dois passos de casa. Eu sempre posso interfonar pra vocês ou pra um segurança. Essa casa nunca está vazia mesmo!
- Não é a mesma coisa... chega... vai ter um enfermeiro 24 horas e não quero discutir com você... As coisas andam malucas nesta casa... sua mãe querendo ir embora porque os filhos não a escutam... você tem ignorado tudo o que ela quer fazer por vocês... Já percebeu que nem aqui ela vem? - Papai disse chateado. - Você não vai dar conta, Vallentine! Escute seu pai.
Baixei a cabeça frustrado, meu pai tinha mania de controle e achava natural decidir a minha vida.
-Tudo bem, pai!
- Vallentine... - Papai pegou em meu queixo. - Eu não gosto quando faz as coisas contrariada. Eu não quero forçar você a aceitar, mas não posso deixar você se matando e tendo condições para facilitar a sua vida. O nascimento de Brandon está perto... pode ser a qualquer momento e não dá pra você cuidar de um bebê e cuidar de um homem que nem andar consegue... É só até você se reorganizar com tudo... ele começar a andar. vai ver que tudo ficará mais fácil.
- Eu sei, pai! Eu só quero que o Bruce se sinta confortável e não se julgue um peso. Eu estou exausta, admito! Mas não quero fazer com que o Bruce se sinta mais dependente e deprimido
- Seja honesta com o homem que você escolheu. - Ele se levantou. - Vou ligar para seu avô e pedir um enfermeiro.
Papai se inclinou e me deu um beijo em minha testa. - Te amo!
- Também te amo! Minha mãe está acordada?
- Está... Nervosa e esperando pelo meu retorno. Vai falar com ela! Seria bom.
- Sim! - sorri amável e beijei seu rosto
Papai me abraçou e me acompanhou até dentro da mansão, subimos a escada e entramos no quarto de meus pais.
- Mãe! - minha mãe estava sentada na cama e depois de muitos dias eu me dei conta do quanto ela parecia cansada. - Tudo bem com você?
-Tudo bem, filha!- me sentei ao seu lado e ela beijou meus cabelos. -Como está se sentindo?
- Enorme! - ri e busquei sua mão. - Você parece cansada, mãe!
- Só um pouco! Eu alimentei a ilusão de que a vida seria mais fácil quando vocês crescessem.
- E não é?
- Nenhum pouco! Depois que vocês crescem querem tomar suas próprias decisões, cometer seus próprios erros e as vezes não nos escutam mais.
- Eu tenho sido uma filha horrível, não é?
- Não! De modo algum, mas eu diria que você está entre as minhas maiores preocupações no momento. Logo você vai parir, o Bruce nessa situação e você quer fazer tudo sozinha.
- Desculpa, mãe! Eu só não queria ser um fardo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Amor, Por Emergência!
RomanceBruce sofreu um acidente quando faziam a transferência de armamento para outra cidade. Vallentine está prestes a dar a luz e não se da por vencida, Bruce iria voltar para ela e para seu filho. Samantha abriu mão de Caleb para que ele possa ser feli...