Ryan chega para levar Bruce para casa

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Vallentine

Era desolador ver o meu Bruce naquele estado, todo machucado e restrito aquela cama, mas ele estava vivo e é o que importa.

O processo de recuperação seria lento e complicado, mas eu estava ali por ele e pronta para ajudá-lo.

Assim que o Dr. Kennedy assinou a alta, liguei pra casa e pedi a papai que mandasse o Henry ir nos buscar e que levasse a cadeira de rodas especial de Bruce pra lá, sabia que ele não estava gostando nenhum pouco daquela idéia de imobilidade, então eu queria ao menos que ele pudesse sair dali de pé, ainda que não fosse andando.

Pra minha grata surpresa quem foi nos buscar foi Ryan.

- Olá cunhado, como se sente?

- Pela metade! - Ele deu a mão direita a Ryan. - Parabéns... Vai ser pai também?

- Pois é! - Ryan coçou a cabeça

- Obrigada por ter vindo, maninho! - abracei meu irmão, era importante pra mim contar com o apoio deles.

- Cara o que você fez com a Vallentine! Tem noção do quanto era difícil tirar um abraço dessa garota?

Ele riu.

- Filhos! eles mudam tudo nas nossas vidas... Vai mudar você também, Ryan! Espere para ver! Isso se não vier gêmeos!

- Caramba! É todo mundo dizendo a mesma coisa. Um só tá de ótimo tamanho

Eu trouxe o trambolho, Vall!- Ryan riu. - Dei umas voltinhas nela, é irada!

Bruce gargalhou vendo a minha cara para meu irmão.

- Definitivamente, você é idiota!

- Sou nada! Cara, a tal cadeira de rodas chega a 20 km/h e tem até porta copos, descanso pra notebook. Dá pra você correr por aí tomando uma cerveja gelada.

- Por favor... Me tire deste hospital. - Bruce pediu ainda rindo.

- Vou chamar um enfermeiro pra me ajudar a te botar no óvni. - Ryan deixou o quarto e eu não pude deixar de rir.

- Dá pra acreditar que esse moleque tenha se casado?

- Cuidado com o carrinho de bebê na mão deste rapaz!

- Espero que ele não queira apostar uma corrida! - eu ri e logo meu irmão voltou com um enfermeiro e empurrando a cadeira.

- Pronto pra embarcar na nave alienígena?

- Vamos lá! Com calma, eu ainda sou quase um zumbi... - Bruce disse temeroso para ser transferido da cama para a cadeira.

Ryan seguiu as instruções do enfermeiro e os dois ajudaram Bruce a deixar a cama para a cadeira de rodas, Ryan ajudou meu marido com o cinto e lhe mostrou os controles, ensinando-o a manusear.

-Acho que já podemos ir agora. O carro foi adaptado, então vai dar pra entrar com a cadeira sem muito esforço.

- Meu Deus, Vall... Não precisava disso tudo... Era só uma ambulância, do resto me virava. - Ele pareceu chateado.

- E acha que vamos ficar enclausurados dentro de casa? Quero passear com meu marido e meu filho, não há nenhuma restrição quanto a isso. Sem contar que você terá de vir ao hospital para ser avaliado, isso se o vovô não resolver cuidar de tudo. Mas de um modo ou de outro, por seis meses pelo menos você está restrito a essa cadeira e quero que a sua vida seja o mais fácil possível! - soei autoritária

- Caramba!!! Você fala! - Bruce sorriu de lado. - Não vou ficar seis meses dependendo de cadeira. Você vai ver que logo vou estar correndo.

- Ótimo! Mantenha esse ânimo e logo estará de pé. Vamos pra casa?

Seguimos para o carro um Renault adaptado para cadeirantes. Ryan parecia brincar com os botões para baixar a rampa para a cadeira.

- Acho que você adoraria que existissem os Transformers. - Bruce brincou ao ser colocado dentro do carro.

- Seria um sonho, Cara! Imagina só.

- Cresce Ryan!

- Pra que? A vaga de chata rabugenta da casa já foi ocupada por você

- Prometo mantê-la ocupada, Ryan. - Bruce me deu a mão. - Vamos embora.


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