Decidindo o futuro

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Kent

Na manhã seguinte levei o notebook para a mesa enquanto Samantha fazia o nosso café da manhã. Entrei nos classificados de imóveis para procurar um para alugar.

Manú estava sentada em seu cadeirão, com as duas mãozinhas segurando o copo com sei leite. levava a boca com calma dando um gole generoso.

- O que acha de uma casa? - Perguntei para as duas.

Samantha trazia o bule de café e outro de leite. Olhei para ela que se sentou ao meu lado curiosa pelo que estava vendo.

- Eu gosto! - Sam deu de ombros. - Apesar se sempre ter vivido em apartamento.

A encarei.

- Esta casa está tanto para alugar como para venda. Podemos dar os dois apartamento por ela.

- Você diz, se mudar permanentemente?

- Pensei nisso quando vi essa casa. Me parece uma boa ideia. Pelo menos as crianças teriam espaço para correr, brincar... Fazer pic nic no jardim... também temos a praia e piscina... - Peguei a xícara de café que San me serviu. - Ao menos que realmente não vá deixar o hospital... aí não tem o porque sairmos daqui para gastar mais tempo no transito.

- Eu gosto da casa! É ampla, bonita... Resta saber se é aconchegante!

- Temos que marcar uma visita... - Sorri. - Quando é a sua próxima folga?

- No fim de semana!

- Temos que ir antes... - Torci a boca. - Consigo algumas horas hoje a tarde com seu pai.

-Tudo bem! - Ela deu de ombros.

- Eu posso ter um cachorro? - Manú nos fez olhar para ela.

- Um cachorro? - Fiz um bico pensando no assunto.

- Acho que agora com uma casa e eu tendo tempo pra cuidar, não vejo porque não! - Sam apoiou minha filha.

- E grávida... - Ergui uma das sobrancelhas. - Bebês não são fáceis... Bem, podemos pensar sobre isso. - Sorri para a minha filha. - Tudo bem Manú, terá seu cachorro.

- êhhhhhhhhhh... - Manú bateu palmas.

- Vamos tentar um sem pêlos e de baixo porte! Assim evita que as crianças tenham alergia! Eu também sempre quis um cachorro

- Eles fazem muita sujeira... Mas se querem um, eu não vou recusar. - Puxei San para um beijo. - Vou me trocar, já mandei uma mensagem para o corretor... vamos ver se ele tem um tempo para nós. - Me levantei indo para o quarto.

- Kent, pare de ser rabugento!

- Não estou sendo... - Respondi do quarto pegando uma camisa do armário. - Mas vai ser bom ter um cão...

- Olha só quem está concordando comigo! - Ela riu.

San entrou no quarto me abraçando por trás, deslizando suas mãos no meu peito me impedindo de abotoar a camisa.

- Seremos uma família... Agora tenho que ouvir a mãe dos meus filhos... e eu fui voto vencido, dois contra um. - segurei a sua mão no meu peito e a olhei pelo meu ombro. - Assim que chegarmos no hospital, vou passar uma bateria de exames para fazer.

- Kent! Eu estou me cuidando! Já fiz a primeira ultrassom e já marquei o morfológico, também já estou tomando as vitaminas, o nível de glicose está ótimo e a pressão regular! Só relaxe, meu amor!

- Quero todos os exames... - Fui firme. - Não estou pedindo nada demais. não quero só glicose. quero colesterol, trigliceris...

- Tudo bem, Dr. Kent!

Sorri pegando em sua mão e levando a boca, depositei um beijo em sua palma e a fechei.

- Vamos nos arrumar... Ou vamos chegar tarde.

- Vou só dar um jeito no cabelo e já volto.

Me arrumei e deixei o quarto para arrumar a mochila de Manú, tive que ir para o meu apartamento e nessa hora vi o quanto precisava resolver aquela cituação de moradia, partes das roupas minhas e de Manú estavam divididas nos dois apartamentos, mas o lanche dela ainda estava no meu.

Com calma arrumei sua mochila, coloquei mudas de roupa, chupeta, lanche, biscoitos. O almoço era dado no hospital e eu não precisava me preocupar com isso.

Pensei que nos mudando teria que contratar uma empregava, não podia deixar aquela casa enorme nas mãos de Samantha, ela não daria conta de tudo.

Voltei para o apartamento de San, as duas já estavam prontas.

- Temos que comprar um carro para você. - Disse pegando Manú no colo.

- Já estou providenciando! Uma minivan, carro de mãe!

A olhei sorrindo de lado.

- Perfeito... Vamos ver uma Toyota ou... sei lá... - Fechei a porta do apartamento assim que saímos. - No que tem em mente?

- Um carro grande, espaçoso!

Entramos no elevador.

- Vamos pegar um táxi ou vamos andando?

- Vamos andar! É bom eu começar a me acostumar com exercícios

- Certo... - Saímos do edifício. o dia estava tranquilo e as ruas começavam a ficar cheias.

Manú, eu e San íamos conversando no caminho e não era muito longe o hospital. apenas 4 quadras longas. Assim que chegamos, deixamos Manú na creche e seguimos para os nossos setores de trabalho.

O corretor me ligou e teria apenas amanhã o dia livre para nos mostrar a casa, já que ela tinha entrado no anuncio essa manhã, ainda estavam dando os últimos ajustes na decoração para ficar apresentável.



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