Dr. Kennedy
Foram 5 horas de cirurgia para remover estilhaços do corpo do genro do Sr. Carpenter. Bruce havia chegado com o lado esquerdo completamente disforme, nunca tinha visto algo tão aterrorizante como aquilo.
Ele estava vivo por pura sorte e por estar a uma distância boa para não ter sido perfurado com mais intensidade.
Saí da sala de cirurgia e segui com Samantha ao meu lado para dar as boas noticias a esposa e familiares.
Assim que entrei Vallentine se colocou de pé rapidamente, Sr. Carpenter a segurou.
- Como foi? - O Sr. Carpenter perguntou aflito.
- Como está o meu marido, doutor?- Vallentine apertou a mão do pai.
Apoiei a mão em seu ombro e sorri.
- Ele vai ficar bem... Demos mais atenção ao rosto, pescoço. O cirurgião plástico garantiu que não vai haver marcas profundas. Tiramos equivalente a 102 pregos do corpo. localizado a maior parte na perna e quadril... ele teve muita sorte. Pelo modo que foi atingido, acho que ele chegou a proteger com o braço a região das costelas e uma parte do rosto. Deixamos ele em coma induzido por 24 h pra não acordar com dor, são muitos pontos. - Sorri amável. - Logo vai para o quarto e poderá ficar com ele, já pedi para que disponibilizasse uma cama mais confortável já que insiste em ficar aqui.
- Eu ainda acho isso uma loucura Vallentine... - Sr. Carpenter a virou para ele. - Você está entrando no oitavo mês... Devia descansar.
- Vou descansar, meu pai! Mas, não vou deixa-lo. - ela o abraçou apertado. - Obrigada por traze-lo em segurança, pai!
- Ele é um membro da família. E eu não quero ver você sofrendo.
- Bem! Meu trabalho aqui terminou, assim que ele for para o quarto podem entrar para visita-lo, 15 minutos, acompanhante pode ficar. - Acenei para todos.
Puxei Samantha para sair comigo, a olhei.
- Estou exausto. Vou descansar no dormitório dos residentes... Qualquer coisa pode me chamar, está bem?
- Tudo bem, Dr. Kent! Algo mais? Um cafezinho, talvez?
- Me acorde em vinte minutos com um café. - Pisquei para ela. - Agora vá para o seu plantão.
Tomamos caminhos diferentes, mas em vez de ir para o dormitório fui para a creche ver a minha filha.
- Papai! - Ela esticou os bracinhos assim que me viu passar pela porta, a peguei no colo e a abracei.
Aquele empenho do pai de Vallentine me deixou comovido, ele era um pai exemplar, amável e mostrou que faria de tudo para a felicidade de seus filhos. E eu tinha apenas uma. Eu morreria por ela.
- Meu anjinho está se comportando? - A coloquei no chão e me sentei no tapete de E.V.A. para brincar com ela.
- Eu tomei chá com a minha amiga.
- Hul! Chá? - Apanhei a xícara de plástico que ela me passou. - E como se chama essa sua amiga?
- Shan... - Ela enrolou a língua. Gargalhei e provavelmente era uma de suas amiguinhas imaginárias que ela vivia conversando.
- Papai vai tomar o chá e vai voltar ao trabalho.
- Você vai salvar mais pessoas? - Ela me olhou com aqueles olhos verdes grandes, curiosa.
- Sim! Papai vai salvar mais pessoas
Levei a xicara a boca, tomei o liquido imaginário e devolvi o utensilio para ela.
- Me da um beijinho... Papai volta pra te pegar pra irmos embora.
Mannuelle esticou-se nos pezinhos e me deu um beijo no rosto. Eu a abracei e a deixei brincando.
Assim que cheguei ao quarto, caí na cama e apaguei, nem tive o trabalho de tirar os sapatos, estava cansado demais para fazer isso.
Acordei com o beliche sendo chacoalhado, abri os olhos, Zayha estava descendo.
- Te acordei? - Ela se colocou de pé ao meu lado calçando os sapatos.
- Não... - bocejei me sentando na cama, olhei no relógio. - Acho que alguém se esqueceu de me acordar. - Esfreguei o rosto.
- Eu tenho uma cirurgia dentro de quarenta minutos... - Informou a médica ajeitando os cabelos ondulados.
Ela era uma negra muito bonita, fazia jus a sua cor usando seus cabelos cacheados muito bem cuidados, seu corpo era bem moldado e gostava de se exercitar. Frequentávamos a mesa academia, pena que era casada.
- Até mais! - Zayha saiu do quarto, me levantei, fui ao banheiro para jogar água no rosto, sem querer deixei a porta entre aberta, levantei a tampa da privada, escorei a mão livre na parede e fechei os olhos enquanto fazia xixi.
- Desculpe o atraso!- Ouvi a voz de Samantha atrás de mim, da porta do banheiro. - Teve bons sonhos?
- Caralho!!! - Travei com ela entrando no banheiro. - Que susto que me deu... E que merda faz aqui no banheiro!?
- Não estou no banheiro, estou na porta! - Ela riu e puxou a porta, fechando-a. - Eu vejo pênis todos os dias, Kent! Não há nada de extraordinário no seu!- eu podia ouvi-la gargalhar.
- Vai a Merda! Dra. Samantha! - Eu continuei a gargalhar. - Dei descarga, me recompus e abri a porta, a encarei.
- Como está a emergência?
- Lotada! - ela riu. - Bem dotado, hein Dr. Kent! - ela não conseguia parar de rir
- Qual o problema? - Olhei para Baixo. - Nunca viu um homem mijando?
- Na verdade, só em sondas! Vamos, Dr. Kennedy, temos uma cirurgia em quarenta minutos!
- Meu Deus! Diz que eu estou sonhando? - Tapei o rosto e a acompanhei.
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Um Amor, Por Emergência!
RomansaBruce sofreu um acidente quando faziam a transferência de armamento para outra cidade. Vallentine está prestes a dar a luz e não se da por vencida, Bruce iria voltar para ela e para seu filho. Samantha abriu mão de Caleb para que ele possa ser feli...