meu sogro não parava quieto, entrando e saindo do quarto.
- Lincoln... Vá tomar um café... Isso aqui vai demorar. - Coloquei a mão em seu ombro o fazendo parar.
- Café? é! eu vou tomar um café e já volto.
- Preciso sentar um pouco! -Ela praticamente largou-se na cama da maternidade. - Já eu estarei pronta para os procedimentos padrões, tá bom?
- San!? me diz o que está sentindo? - Puxei o medidor de pressão, apanhei a sinta de ausculta para gestante, passei em sua barriga e o liguei no monitor cardíaco. o medidor de pressão também liguei na máquina e passei a monitorar.
- Náusea! - ela riu.
Acho que exagerei no bolinho de bacalhau e na salada de camarão. Mas, estava tão bom!
- Eu falei para não comer tanto! - Sorri de lado. - vou pegar o cesto de lixo caso quiser vomitar mais.
entrei no banheiro, apanhei o cesto e coloquei ao seu lado.
- Vou te ajudar a tirar essa roupa. - Peguei o avental coloquei embaixo do braço e a ajudei a se despir.
- Kent... - ela não concluiu o que ia dizer e me abraçou depressa. - Segunda contração! Veio mais forte
- Isso!!!... - Acariciei suas costas até ela me soltar.
- Vamos dançar? - ela sussurrou baixinho. - Eu já ouvi dizer que ajuda
- Primeiro tenho que fazer o exame de toque, sinto muito. - Torci a boca. - Deite-se... Vamos ver como está sua dilatação e depois danço com você. - Puxei o celular e lhe entreguei assim que se deitou. - Escolhe uma música bem legal!
- Macarena! - ela riu.
Coloquei a luva enquanto ela colocava a música para tocar.
- Vamos ver... - Fiz o exame de toque. - Delícia... adoro enfiar meus dedos em você!!! - Pisquei para ela, rimos!
- Infelizmente a sensação não é tão boa pra mim hoje! Isso dói!
- Está com 4 dedos... Vamos ter que dançar bastante. - Tirei a luva. - tem certeza que quer normal?
- A menos que não seja possível! - ela riu.
- Está bem... - Dei a mão para ela. - Vamos por você para dançar.
Sam sorriu e se levantou, apoiando-se em mim.
-Quem vai fazer o meu parto?
- Sua médica, Evelyn. Ela está de folga, seu pai deve ter ligado para ela.
Começamos a dançar no ritmo da música.
- Você não tem ritmo, sabia? - ela riu.
- Eu não quero pegar pesado.
- Sei! - ela debochou
- Não me teste... Eu tenho um gingado melhor que o seu!
- Quero só ver, Dr. Kennedy
- Solta o som... - Passei a dançar com ela como se fosse Fox trote.
San ria por que não conseguia me acompanhar, eu me diverti com ela por alguns minutos até vir outra contração. e assim foi o final de tarde, que até não demorou muito. Ao escurecer, San Uivava de dor, as contrações já não lhe davam folga. Chegando a morder o meu braço.
- Bem! Vamos lá... Está na hora. - Avisou Evelyn depois do ultimo exame de toque. - apoie seus pés na barra...
A ajudei a apoiar, segurei seu joelho.
- Força amor! Você consegue... - A encorajei.
- Samantha... - A médica nos olhou. - Força assim que vier a contração, ok?
- Ok! - ela concordou e ao fechar a boca já foi fazendo uma força, ela respirou longamente e apertou minha mão antes da segunda. - Deus, como isso dói!
- Isso vai passar... - Beijei sua testa. - Vamos lá...
- Mais uma vez, já estou vendo a cabeça... - disse a médica.
Samantha suspirou, travou os dentes e fez força mais uma vez, expulsando o corpinho do nosso filho pra fora. O choro de Yan ecoou no ambiente e ela sorria mesmo tão exausta
- Ah!!! Pronto! - Apertei a sua mão.
Samantha arfava entre lágrimas, eles o colocaram sobre Samantha que o segurou, peguei a tesoura e cortei o cordão que os unia.
Yan chorava forte, era bem cabeludinho.
- Olha só... quanto cabelo. - Limpei com o pano dado a mim. minhas lágrimas desciam de emoção.
- Ele é lindo! Lindo! - Sam sorriu.
- É sim! - Abracei San me recostando a ela para olhar melhor o nosso menino.
- Ei? não precisa mais chorar!!! A mamãe vai dar o que você precisa. - Ajudei San a baixar o avental, o coloquei no peito dela, San não tinha mais forças, estava exausta. A beijei ao ver o nosso menino a abocanhar o peito, chegando a estalar a boca. - Esse já nasceu com fome.
todos riram dentro daquele quarto.
- Vai dar prejuízo! - Disse a Dra. Evelyn.
- O papai ganha bem! - Sam riu. - Estou exausta!
- Vai descansar... Eu seguro ele aqui para você. - apoiei a mão embaixo do bebê, San nem deve ter percebido, mas simplesmente ela desmaiou de cansada, procurei olhar os monitores e tudo estava dentro da normalidade.
Evelyn terminou o seu trabalho, a pediatra levou Yan para fazer exames, depois o traria de volta.
Deixei San dormindo e nas mãos das enfermeiras que limpavam o quarto e a acomodava melhor na cama.
- O papai veio te dar uma notícia muito boa! - Peguei Manú nos braços assim que entrei na creche.
- Você compou um cachorro pra mim? - Ela riu.
- O seu irmãozinho nasceu!
- Eba!!! - ela bateu palmas. - quero ver ele!
Vamos lá! - Peguei sua mochila e a levei na maternidade, ficamos de olho no vidro para ver o nosso pequeno, a enfermeira o trouxe já enroladinho na coberta e com uma toquinha azul na cabeça. Manú fez um bico desgostosa.
- ele é feio...
Gargalhei alto, crianças nessa idade eram tão sinceras.
- É que ele ainda está inchado, logo vai ficar bonito.
- Eu não quero esse não... quero aquela alí! - Ela apontou para outro cesto.
- Só que não dá para trocar, a mamãe daquela ali vai chorar ao receber um menino, sendo que deu a luz a uma menina.
- Mas ele é feio, todo enrugado.
Dei risada novamente.
- Vamos cuidar bem dele para ficar bem bonito, o que acha?
- Quero ver a tia Shan! - ela me olhou.
- Vamos lá. - A coloquei no chão, sabia que dentro de alguns minutos Yan estaria no quarto com a gente.
Lincoln estava a nossa espera, ansioso para ver o neto, nos abraçamos em cumprimento. e foi a festa quando o menino chegou no quarto, Manú se sentou no sofá e emburrou, não queria ver o irmão, sabia que isso era birra e logo ela iria começar a gostar dele.
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Um Amor, Por Emergência!
RomansaBruce sofreu um acidente quando faziam a transferência de armamento para outra cidade. Vallentine está prestes a dar a luz e não se da por vencida, Bruce iria voltar para ela e para seu filho. Samantha abriu mão de Caleb para que ele possa ser feli...