Samantha preocupada

1.8K 243 8
                                    

Samantha

Eu me sentia insegura, não queria admitir mas estava apavorada com a idéia de que Kent pudesse me deixar a qualquer momento.

Encerrei o meu plantão e subi até a creche para apanhar o meu pequeno raio de sol.

- Vamos pra casa, minha pequena? - tentei soar animada quando a vi.

Manú parecia sonolenta estendendo os braços para mim.

- Ela quase não dormiu hoje a tarde... - Disse uma das tias me entregando a mochila de Manú.

- Algum problema? - indaguei preocupada já buscando o termômetro na minha bolsa

- Não... - A moça riu. - ela estava apenas agitada... ela está bem, o dr. Kent já a examinou e está tudo bem.

Suspirei aliviada e sorri.

- Ela está crescendo! Pelo visto as sonecas da tarde estão ficando pra trás.

- Sim... - A moça acariciou os cabelos de Manú. - Até amanhã Emmanuelle.

Manú manteve a cabeça no meu ombro e só acenou para ela, se aninhando mais ao meu colo, fechou os olhos.

- Não vai ter jeito...ela vai dormir... - a moça se virou rapidamente procurando algo. - Quer um carrinho emprestado? Geralmente o dr. Kent pega porque vai a pé para casa.

- Eu vou tomar um táxi! - sorri. - Não tenho a disposição do Dr. Kent! Sou uma médica sedentária!- confidenciei rindo.

- Tudo bem! tenham uma boa noite. - Ela se afastou para cuidar das outras crianças e eu e Manú saímos daquele hospital rumo a nossa casa.

A aninhei no meu colo e tomei a direção da saída do hospital, logo tomei um táxi e segui acarinhando os cabelos de Manu e pensando na minha relação com Kent.

Mal vi o trajeto e fui alertada pelo motorista, paguei a corrida e o rapaz me ajudou com Manu até a entrada do prédio, paguei a corrida e subi com minha pequena.

Abri a porta do seu quarto no meu apartamento e a acomodei na cama nova que eu havia encomendado especialmente pra ela. Queria tanto que ela visse e fizesse aquela farra na sua carruagem em formato de abóbora, mas teria que ver a sua reação pela manhã.

Deixei o quarto e segui para o banheiro, tirei a roupa e me encarei no espelho, logo Kent perceberia aquele voluminho acentuado no meu abdômen e eu teria que parar de protelar e contar a ele que estava esperando um filho seu.

Tomei um banho rápido e vesti uma camisola folgada. Eu estava evitando roupas justas pra disfarçar a barriga. Fui para a cozinha e fritei dois ovos. Mal comi uma pequena porção e senti o embrulho no estômago, larguei o prato e me sentei à mesa, levando as mãos a cabeça.

- Eu devia ter sido mais prudente!- deixei as lágrimas correrem soltas e acarinhei a minha barriga- Eu vou dar um jeito, meu filho! Prometo.

Deixei a cozinha desanimada e me larguei no sofá, não me preocupei em ficar acordada porque Kent tinha as minhas chaves, em meio a pensamentos, adormeci.

- Ei? - Escutei a voz de Kent bem longe e aos poucos fui despertando com os beijos que ele me dava no rosto, pescoço e braço. - Devia estar na cama... - ele disse assim que abri os olhos.

- Oi Amor! - eu ri e o puxei pra mim. - Que horas são?

- Duas da manhã... - nos beijamos. - Vem? vou te por na cama.

Kent me pegou no colo e me levou para o quarto, me colocando deitada. e se sentou na beirada da cama, passou as mãos no rosto, parecia cansado.

- O plantão se estendeu hoje, né?

- Sim... tivemos uma confusão tremenda... - Kent bufou pegando minha mão e levando a boca. - Uma mulher deu entrada se queixando de dores nas costas... começamos o atendimento como suspeita de pneumonia, já que ela tossia e dizia que doía... E... num segundo que saí para atender outro paciente mais grave, a mulher veio a óbito. Estão investigando se foi negligência, mas acredito que o caso era uma embolia pulmonar. Vamos esperar a autópsia.

Suspirei e me sentei as suas costas, massageando seus ombros.

- Eu confio na sua competência, Kent! Sei que não foi sua culpa.

- O marido está inconsolável... Eu me senti tão... Incapaz. Mas ou eu atendia o paciente que chegou de ambulância ou... - olhei para San sobre meu ombro. - Estou exausto...

Kent se virou para mim, me puxando para um beijo guloso, ansioso me levando para me deitar na cama.

Sua atitude era de urgência e ele precisava daquele momento para extravasar, rapidamente tirou a roupa e a minha calcinha. Deitou sobre mim me penetrando devagar, em estocadas leves.

- Saudades... do seu corpo.

- Eu também, meu amor!

Arranhei suas costas, Kent jogava todo o seu peso sobre mim, ele me amava de um modo diferente, urgente, beijando meu pescoço e minha boca, não parou um segundo de se mover dentro de mim. me fazendo gozar intensamente, no seu ritmo, sentindo-o completamente duro até se esvair dentro de mim e rugidos baixos no meu ouvido, eu agarrei em seus cabelos, puxando com o êxtase que me proporcionava.

Kent desabou ao meu lado arfando, suado e me puxou para ele. levou o braço livre para cobrir os olhos e ficou em silêncio, respirando rápido.



Um Amor, Por Emergência!Onde histórias criam vida. Descubra agora