Bruce comemora

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Vallentine sentou-se atrás de sua mesa e abriu uma gaveta, sem tirar os olhos de mim.

- Eu queria ir pra casa agora com você e passar o resto da tarde sendo sua, mas... - ela tirou um envelope pardo de dentro da gaveta e pôs sobre a mesa. - É o seu contrato com a editora! Você pode levar ao seu advogado antes de assinar, mudar alguma cláusula que não concorde.

Coloquei as mãos na cintura e a encarei sério, ainda tentando entender o que estava diante de mim.

 - Você está me falando que irá publicar... - Apontei para o notebook. - Meu livro? é isso? - Dei risada, meu pensamento foi de indecisão e orgulho. - Ele é bom mesmo?

- Ele é tão bom que a minha mãe tomou a liberdade de mandar pra um amigo produtor e ele está vindo pra Nova York te conhecer. Eu estou apostando num best-seller.

- Você está brincando comigo?! - levei a mão ao peito me fazendo de enfartado.

Comecei a rir emocionado.

- Não! - ela me estendeu o envelope. - O seu livro tem potencial, Bruce! E como eu tenho certeza que você vai assinar esse contrato já me adiantei e mandei fazer a primeira tiragem, a equipe de marketing está organizando algumas entrevistas e exposição da sua obra em alguns jornais e revistas de Nova York e a nossa maior aposta é esse produtor. Minha mãe disse que ele ficou muito empolgado e quer te conhecer pessoalmente. A sua história pode render além do livro, um filme ou uma série. E claro que como sua esposa, preocupada com a sua ingenuidade, mandei registrar o seu livro.

- Vall?! - Tapei a boca maravilhado. - Você... - não conseguia dizer. - Eu não tenho palavras pra descrever o que estou sentindo. Acho que nem um obrigado seria o suficiente para agradecer... - Abri os braços engolindo o choro. - Vem aqui!?

Vallentine levantou-se e veio me abraçar

- Vai ter que me deixar bem satisfeita e molinha a noite toda! - ela gemeu no meu ouvido, estava tarada

- Vale a pena! eu pago com bastante sexo!!! - Disse choroso a abraçando. - Obrigado meu pavio curto! você é tudo na minha vida!

- Pavio curto? - ela riu. - Eu sempre me achei tão ponderada

- Muitoooo... - Brinquei a beijando. - Onde eu assino?

- Não vai ler o contrato?

- Não... eu confio em você e na Editora... eu sei que vocês são sérios e não estou falando porque estou casado com você... Sua mãe e você fizeram um ótimo trabalho e a transformaram numa ótima editora.

- Amor...Seja profissional e leia o contrato -ela riu. - Nós temos todo o tempo

- Está bem, está bem!!! - Me sentei puxando o envelope pardo, abri e a olhei. - Vou ler aqui mesmo.

- Vou pedir o nosso almoço, ta bom?

- Não... Vamos fazer melhor... vamos ao restaurante daqui. - me levantei segurando o contrato. - Tem uma parmegiana deliciosa.

- Vamos lá, meu amor! Estou faminta.

Segurei a sua mão e saímos da sala indo em direção ao elevador. o restaurante ficava no terraço e era magnifico ver nova York de lá de cima.

Acomodei minha esposa numa das mesas próximo a grande vidraça, fizemos nossos pedidos e aproveitei para ler o contrato, o que não sabia, ela me explicava.

Uma hora depois estava pegando a caneta do bolso do garçom que passava e assinei o contrato, devolvendo para Vallentine depois de tirarmos uma foto do fechamento do lançamento do meu livro.

- Você já viu a capa? - Perguntei levando o ultimo pedaço da parmegiana a boca.

- A equipe de edição estava acabando de confeccionar, eu gostei! Agora só falta o nosso autor aprovar.

Abri um grande sorriso.

- Estou ao seu dispor. - Abri os braços para ela.

- Você também precisa escrever uma dedicatória e agradecimentos, do prefácio e sinopse eu pedi a Alexia para fazer e você só precisa aprovar.

- Como se faz isso? - Fiquei confuso. - Agradecimentos é fácil... Mas sinopse... eu não tenho a mínima ideia.

- Você tem de fazer a dedicatória e os agradecimentos. A sinopse e o prefácio minha irmã se encarregou. Você só tem de dizer se gostou, se não gostar alteramos.

 - Certo... - Fiz um bico pensando. - Eu vou para casa pensar nisso... Está bem?

- Te vejo em casa, meu amor!

Leve as provas das capas para eu ver? - Pisquei para ela, me levantando. Dei a mão para ela se levantar. - Vou te deixar em seu andar.

Vallentine tomou minha mão e levantou-se.

- Meu autor favorito.

- Repete? - Pedi deslizando a mão por sua nuca, grudando meu corpo no dela.

- Meu autor favorito! - seu riso foi matreiro.

- Eu sou um escritor? - Perguntei colado na sua boca, preparado para um beijo em público, coisa que nunca fizemos e eu morria de vontade de mostrar a todos que ela era minha.

- Sim, até que você decida pelo contrário! - Ela acariciou minha nuca. - Meu marido. - ela já mordiscava o meu lábio

A beijei apaixonado, burburinhos foram escutados por nós, ela laçou o meu pescoço entendendo a provocação, sorrimos com as bocas coladas.

- Vamos embora antes que eu te coma sobre uma dessas mesas. - A beijei várias vezes e a soltei puxando para a saída do restaurante parando de frente para o elevador.



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