Vallentine e Bruce

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Quarenta minutos depois eu e Vallentine estávamos saindo de casa, depois de dar muitos beijos em nossos filhos.

- Eu espero que todos se comportem. - Disse para Vall, preocupado com os gêmeos.

- Tenho que tirar um tempinho só para o Brandon! Ele está com ciúmes dos irmãos e como ele é mais independente acaba ficando pra segundo plano

- Isso é... - olhei sorrindo para Vall. - Comigo ele não tem sido rebelde, mas já percebi que se não ficarmos de olho nele. Os gêmeos não dormem.

-Sei bem como ele se sente e não quero que nosso primogênito se sinta preterido.

Vou tirar uma hora só pra nós dois e deixar os gêmeos com o papai. E você pode fazer o mesmo!

- Eu já faço. - peguei em sua mão levando a boca, beijei demoradamente. - Levo ele para o jardim, jogamos bola, caímos na piscina desastrosamente... Essas coisas que só o nosso filho de pé esquerdo faz.

- Entendo porque ele está rebelde só comigo! - ela fez um bico. - Eu tenho sido uma mãe terrível!

- Você tem dois peitos para dois moleques muito gulosos... E quando não está amamentando, tem que descansar, ler e tirar leite. - A olhei. - Vai passar essa fase. Logo os dois vão estar num horário bom de mamada e você mais fortalecida para render com o Brandon. Quem sabe nas horas de descanso você não o chama para ver desenho.

- Acho que vou deixar a academia. Seriam duas horas a mais com ele!

- Não! continue, vai achar uma brecha em seu horário. Quanto isso vou suprindo o lado carente dele.

- Já decidi! Você vai ter que se acostumar a meus quadris enormes!- ela riu

- Temos a garagem que mal usamos para por os carros. mais fácil transforma-la em uma mini academia. E fazer como seu tio. correr pelas manhãs.

- Hum, isso é bom! Colocar uns aparelhos e malhar com o Brandon!

- Ele vai se divertir. - Rimos um para o outro.

Estava tão feliz, tão realizado. Aquelas cicatrizes no meu corpo agora eram tão insignificante perto do que Vallentine e nossos filhos faziam em minha vida. Aquelas desconfianças de que meu sogro não ia com a minha cara se foi, caiu por terra com a chegada dos gêmeos. Nunca vi o Sr. Christopher Carpenter tão feliz em toda a minha convivência com ele.

Vallentine estava linda, madura, cara de mãe. Uma mulher incrível, incentivadora das minhas conquistas. E eu tentava retribuir ao máximo para que não achasse que eu amava menos, pois meu amor por ela é tão grande que não saberia dizer o que faria se um dia a visse em perigo.

- Amor! - ela sussurrou baixinho, colocando a cabeça em meu ombro. - Você nos imaginou assim quando começamos?

- Confesso que não! - Disse segurando a sua mão. - Eu achei que você nunca se sujeitaria a se casar com um homem como eu.

Finalmente chegamos a Broadway, o tapete estava lá para que minha esposa brilhasse ao meu lado. Descemos do carro recebidos por aplausos, juntei Vall ao meu lado para as primeiras fotos e confesso que estava muito orgulhoso aos elogios pela beleza dela.

A premiação foi outra parte muito importante da minha vida, dediquei aquele premio a ela, única e exclusiva em minha vida, meus filhos, a Sophie e aos meus sogros que também fizeram parte desta conquista.

E finalmente o baile de gala, o jantar tão bem elaborado e glamoroso. Puxei a minha esposa para dançar.

- Você está sendo admirado por todas as mulheres no salão! - Vallentine observou rindo

- E você por todos os homens! - Deslizávamos numa dança lenta naquele salão. - Só que eles podem babar a vontade, porque você é somente minha, toda minha.

- Eu digo o mesmo! - ela sorriu maliciosa e soprou levemente o meu pescoço. - Sabe o que eu mais gostava quando desafiava você?

- Me conte! - disse colando meu rosto no dela.

- Do modo como você replicava encarando os meus lábios e mordendo os seus! Eu tinha vontade de pular no seu colo e saciar aquela vontade louca de beijá-lo - Uma de suas mãos veio pra minha nuca e ela puxou suavemente meus cabelos

- Estamos sobre mais de 300 olhos... Cuidado com o que faz comigo, você sabe o que acontece quando fico excitado. - falei rouco em seu ouvido.

- Sei! Ah e a primeira vez foi uma surpresa incrível... Você me agarrando impetuoso, me beijando como se o mundo fosse acabar, arrancando a minha roupa e me tomando naquele carro... Me pergunto como você pretende descrever essa cena

- Você está curiosa? - sorri malicioso.

- Muito! Me pergunto se você vai omitir certos detalhes ou se vai contar tudo

- Ahhhhhh... - Ri sem graça. - Eu ainda não sei... Talvez eu conte em detalhes, porque o nome dos personagens são diferentes. e é só você quem sabe que estou escrevendo sobre nós!

- Não acha que seus fãs vão estranhar um romance ?É uma mudança e tanto!

- É!!! será que eu deveria parar de escrever? - A olhei sério. Depois comecei a rir. - Meus seguidores no facebook estão ansiosos pelo romance. ainda mais que tem um pouco de guerra.

- Huum! Sabia que a nova editora-chefe é exigente? - ela riu. - Já ouvi dizer que é uma tarada num autor gostoso com histórias de pós-guerra e que ela aceita favores sexuais!

- Isso vai ser um problema enorme! - Disse manhoso. - Porque esse tal autor gosta muito de sexo, ainda mais com uma gostosa como ela, não posso negar os favores.

- Ah, ela já me confidenciou que é louca na sua barba bem feita e nesse porte másculo. E a sua voz deixa a calcinha dela molhadinha!

Mordi o lábio inferior soltando um gemido baixo e a encarei, meus olhos deviam estar ardendo em brasa.

- O que eu faço com você, Vallentine!! - soltei o ar com força. - O que acha de irmos embora?

- Por que não relembramos o nosso namoro escondido e vamos pra um desses moteizinhos de beira de estrada que eu adoro.

- Tem certeza? - Pisquei para ela. - Vamos!

Um Amor, Por Emergência!Onde histórias criam vida. Descubra agora