Laurah
Eu dava o melhor pela minha família e eles queriam me ver pelas costas. Eu só queria facilitar a vida do Maurice e da Chloe, mas era mal-interpretada, Alexia não me procurava mais, Vallentine recusava a minha ajuda e até as minhas caçulas agora tinham segredos pra mim.
Me senti frustrada e quando me dei conta já estava com uma mala aberta sobre a cama, enfiando roupas e acessórios nela. Eu precisava de um tempo.
Christopher adentrou o quarto e eu continuei a tarefa de enfiar roupas na mala.
- Mas... Que merda você está fazendo, Laurah!? - Ele me segurou. - Para...
- Por que? Eu não estou acertando como mãe mesmo. Meus filhos estão muito bem sem mim, então vou dar a eles o que eles querem, um tempo longe de mim.
- Laurah! O que está acontecendo com você? - Ele me virou para ficar a sua frente. - Você acaba de dizer a sua filha que vai ser presente na vida dela, que vai acompanha-la para Paris... e agora foge? Aí eu diria que você realmente está com problemas.
- Eu vou com ela pra Paris, vou resolver o que ela precisa... Mas, fora daqui! Quer saber, eu preciso dar um tempo dos meus filhos. Estou exausta!
Christopher se afastou, olhar decepcionado.
- Acho que deveria procurar um psicólogo e conversar, acho que está sofrendo da Síndrome do ninho vazio... Só que está esquecendo que tem duas garotinhas que precisam de você. - Ele abriu os braços. - Quer ir! Então vai...
Suspirei e fechei a mala.
- Viu só! Nem você faz questão que eu fique aqui.
- Me parte o coração é você não olhando para mim e perguntando como eu me sinto com tudo isso... não é só você que se sente fracassado. Eu também e é um dos motivos que estou deixando tudo na mão de Maurice... E você não percebe que... - Chris deixou os ombros caírem. - Desfaça essa mala... Deixe Chloe e Maurice voltar de viagem que vamos para Turquia e ficaremos uns dias por lá, levamos as meninas. já estaremos perto de Paris.
Abracei meu marido o apertando forte.
- Eu sinto tanta falta de quando eles eram pequeninos correndo por esse jardim. Eu estou apavorada! Eles cresceram e não precisam mais de mim
- Há! Laurah! eu também estou me sentindo assim... Vendo todos crescerem e quererem ir embora. o único que parece não querer sair de perto de nós é Ryan e Annie... eles parecem confortáveis com a gente. Os demais me apavora vê-los sair, mas essa é a lei da vida, fizemos isso com as nossas mães... - Chris puxou o meu rosto e me beijou. - Vamos trabalhar... preparar tudo para viajarmos.
- Eu sempre vou ter você, não é, meu turco marrento?
- Sempre minha Laurah furacão! - Rimos e nos abraçamos. - Vamos! ânimo! logo nossos netos vão acrescer e ficarão com a gente todas as vezes que seus pais se cansarem e precisarem de alguém pra cuidar.
- Eu tinha me esquecido dessa vantagem! - o beijei. - O que vai fazer hoje o dia todo? Não entendo porque se afastou da empresa
- Por sua causa... - ele acariciou meus cabelos e meu rosto, me dando outro beijo. - Porque eu quero ficar mais com você, aproveitar mais o nosso tempo.
- Espero que o Bruce fique logo bem, pra que chegue a minha vez de fazer o mesmo. Entregar o posto a Vallentine e sair da editora.
- Vai dar tudo certo, Minha Laurah! O que não pode fazer é isso. - ele apontou para a mala. - Sair correndo querendo dar um foda-se a todos.
- A todos não! Só aos meus filhos ingratos que aprenderam a caminhar com as próprias pernas.
Christopher começou a rir fraco e me puxou para ele me abraçando forte.
- Eu sou o seu Bebê mais chato que você tem e queria me deixar!?
- Desculpa não ter pensado em você, meu amor! É que... No fim das contas é tão difícil ver todos crescerem, principalmente o Maurice. Engraçado que eu me empenhei tanto em prepara-lo e mostrar ao mundo que o meu filho podia ser o que quisesse que esqueci de me preparar pra isso. Eu não posso culpá-lo, não é? Ele só quer viver a própria vida
- Não pode... E ele veio morar aqui. Então paciência.
Me senti confortável e segura naquele abraço. Cheirei o seu pescoço e beijei
- Mais calma!?
- Você tem esse dom de me fazer esquecer os problemas!
- Eu sei! - Chris disse manhoso me levando para a cama. - Quer fugir um pouco? Eu sei o lugar perfeito para ficarmos na nossa bolha.
- Nassau?
- Não!... O apartamento em Manhattan... O duplex em que eu vivia... Nosso refugio.
- Vamos sumir essa noite e deixar essas crianças afoitas! - eu ri. - Vai me buscar na editora?
- Eu trabalho no mesmo prédio, esqueceu? - Ele piscou para mim e me beijou.
- Achei que não voltaria mais a empresa. Vou aceitar a carona do meu marido e a noite seremos só nós dois.
- Isso... Quero muito ter você só para mim... sem choro de crianças, brigas... merecemos. - Ele me beijou e me deitou na cama, se deitando sobre mim.
- Sim... Merecemos!
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Por hoje é só!
amanhã postarei mais capitulos que estão prontinhos na fila para ser lidos.Bjokas
21/07/2018.
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Um Amor, Por Emergência!
Lãng mạnBruce sofreu um acidente quando faziam a transferência de armamento para outra cidade. Vallentine está prestes a dar a luz e não se da por vencida, Bruce iria voltar para ela e para seu filho. Samantha abriu mão de Caleb para que ele possa ser feli...