Vallentine pede ajuda para o pai

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Vallentine.

Eu não quis demonstrar, mas aquela revelação do Bruce me deixou muito abalada. Eu tremia só de imaginar que ele poderia ter se afogado e nos deixado pra sempre.

Beijei o seu rosto e levantei da cama, apanhei Brandon do seu bercinho e acarinhei os seus cabelos escuros, sentei na cama e lhe dei o peito, observando os seus traços tão marcantes quanto os do pai.

Depois de amamentar e banhar Brandon, ele voltou a dormir e eu o coloquei na cama com o pai, fazendo uma mureta com travesseiros pra evitar que ele caísse, nenhum dos dois acordou, mas aninharam-se um ao outro, sorri e deixei o quarto.

Tomei um rápido café na cozinha e segui para a casa dos meus pais.

- Olá Bither! - A cumprimentei. - Meu pai está em casa? - ela assentiu com um abano de cabeça e me indicou o escritório, segui para lá e ele estava sentado com o olhar saudoso e um álbum de fotografias sobre a mesa. - Matando as saudades da nossa infância, Pai? - me aproximei e sentei em seu colo.

- sinto a falta de ter vocês agarrado a mim quando criança. - Papai me abraçou apertado. - algum problema?

- Preciso ter um problema pra procurar o meu pai? - papai estreitou os olhos, do modo que mamãe dizia que a desconcentrava e eu ri. - Estou preocupada, é só isso!

- Me conte... Quem sabe posso ajudar? - Papai se recostou na cadeira para me olhar melhor.

- Olha só! - me deixei levar por uma foto de mim e Alexia no colo de papai, Ryan no chão com Maurice e Amy ainda bebê no colo de mamãe, enquanto Sophie pedia colo. - Somos uma família muito bonita, não é, pai? - acarinhei a sua barba- Preferia que não tivéssemos crescido, né? -ele sorriu. - Ah pai! Eu não sei o que fazer com o Bruce!

- O que está acontecendo, Vallentine? - Papai estava com o cenho franzido.

- Ele está deprimindo, pai! Eu quero que ele converse com alguém, com um psicólogo, mas não sei se ele vai aceitar

- Ligue para a Terapeuta de sua mãe, converse com ela para saber como agir... Tente marcar um horário para Bruce e o leve.

- E se ele não quiser?

- Leve assim mesmo...

Apoiei a cabeça em seu ombro e beijei seu rosto.

- Não se sente decepcionado comigo, pai? - perguntei temendo a resposta. - Eu me uni ao segurança, não me casei... E mesmo assim tive um filho.

Papai não disse nada no momento, acariciava meus cabelos como fazia quando era criança.

- Quem é que manda no coração? E sobre o casamento até fiquei decepcionado, mas ele nem estava aqui... Como fazer um casamento.

- Eu não sou a mais romântica da família, né? - eu ri. - Eu sinto falta da Lex, as vezes.

- Todos nós sentimos... Está feliz e a cada 15dias ela vem nos ver... Logo vai estar aqui pra conhecer Brandon. - Papai sorriu. - tudo vai ficar bem... E se precisar de ajuda, sabe que pode contar conosco.

- Você é o melhor pai do mundo.

- Eu amo vocês... Tento ser o pai que merecem que eu seja.

- Você é mais do que a gente merece, pai! E por isso eu sei que você vai entender quando nos mudarmos pra New Jersey

- Não... Não posso aceitar... Mas se isso ajuda, tem a casa de sua avó... É em New Jersey, mas é no bairro nobre próximo a ponte. Se não for deste jeito, Vallentine, não deixo sair daqui para ir morar na casa de Bruce, ou é isso... - Ele deu de ombros. - Ele vai sozinho, porque não sairá desta casa.

- Pai! - suspirei impaciente. - Bruce e eu só queremos alcançar juntos os nossos objetivos, um lugar onde nós dois possamos arcar. A minha mãe cresceu no Queens,  você nos subúrbios de Los Angeles

- Eu faço uma troca justa... Eu fico com a casa na periferia e você pagam o restante do valor da casa... Sebastian e Amber serão seus vizinhos, isso não é bom?!

- Vou pensar, papai! - beijei o seu rosto. - Eu nunca vou deixar de ser a sua filhinha, meu pai!

- Eu sei que não! - Papai riu deixando seus olhos pequenos.

- Tem mais uma coisa, pai!

- Fala, meu anjo!

- Eu não sei exatamente, o que houve ontem a noite entre a Amy e a Sophie, mas acho que devia conversar com a caçula, pai! A Amy está tão mimada que chega a ser intransigente.

- Me conte o que está sabendo?

- Não sei muito, meu pai! Apenas que a Amy xingou a Sophie e ela está muito magoada.

- Vou conversar com as duas... Pode deixar.

- Você é ótimo, meu pai! - Me levantei e beijei sua testa. - Vou ver o meu pequeno, até mais!

- Até... - Papai manteve o sorriso no rosto me vendo sair do escritório.

-Te amo... - Sussurrei antes de fechar a porta.



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