Kent é eleito o novo presidente do hospital

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Kent

Faltavam praticamente vinte dias para o natal, estava ansioso também pela chegada de Yan, Samantha estava linda grávida, era só sorrisos pelo hospital. Emmanuelle grudava a orelha na barriga dela para tentar escutar o bebê, passava um tempo conversando e Samantha adorava aquele momento.

As vezes a pegava falando com sua bonecas que a mamãe San iria dar um irmãozinho para ela. Por enquanto ela não dizia na frente de nós dois, mas tinha certeza que logo quando Yan vier ao mundo essa realidade iria mudar.

Samantha insistia em trabalhar até o ultimo dia da gravidez, confesso que não estava nada contente com isso e apavorado se caso acontecesse algo de errado.

Deixamos Manú na creche do hospital, dei um beijo em Samantha e segui para a emergência, oje as 15 horas teria uma reunião com Lincoln, ele apresentaria quem ocuparia seu cargo dentro de dois meses. Pois ele e Alice decidiram se casar e terem uma vida mais tranquila. Eu e Samantha os apoiamos, já que agora éramos uma grande família Estava feliz por essa oportunidade.

Por outro lado, Samantha conversava comigo para que eu chamasse minha mãe para passar o natal conosco, para que ela pudessem se conhecer.

Não era fácil para mim, mesmo sabendo que foi meu pai quem a afastou de nós depois da traição. não sei se no meu intimo a condeno por ter levado o meu pai a morte, querendo provar a ela que podia fazer fortuna lutando Box.

As 15 horas deixei a emergência e segui para a sala de reunião. Palloma já estava lá, San entrou, nos beijamos e sentamos um de frente para o outro.

Praticamente ficamos conversando com os olhos, eu perguntando se ela estava bem, e ela me respondia com um sorriso de que tudo estava perfeitamente bem.

- Boa tarde. - Lincoln entrou e se sentou na ponta da mesa, ocupando a cadeira da presidência.

todos nós respondemos a ele.

- Bem! eu decidi me aposentar... E fizemos uma votação a uma semana atrás. Então conforme o apurado, Kent Kennedy será o novo presidente do hospital.

- Mas!? - Palloma se mostrou surpresa e arredia. - Eu achei que tinha deixado claro que não deveria ter a cadeira de presidente para o genro, isso deixaria as coisas como estão!

- Palloma! O hospital está andando muito bem da forma que está, claro que vamos ter algumas melhorias, isso eu vou analisar assim que assumir. - Encarei a todos. - Foi feito justamente uma votação para que não houvesse esse tipo de acusação. O cargo não foi passado para mim porque Lincoln quis, mas a maioria dos acionistas e chefes de plantão.

- A Senhora com certeza não será prejudicada, Dra. Paloma! - Sam acrescentou em minha defesa. - Tenho certeza que ninguém está cogitando destituí-la do seu cargo.

- Ao contrário. - Lincoln disse sorrindo. - Nomeio a chefe da Emergência, ficará responsável pelos residentes. Tendo a ajuda do Dr. Emerson, que já faz parte da equipe.

- Ah! muito obrigada! - Disse ela torcendo a boca.

- É um ótimo trabalho... - disse calmo.

Olhei para San e falei com os olhos, "ela queria tanto o meu lugar na emergência, que agora conseguiu e está descontente."

sacudi a cabeça.

Sam piscou pra mim e encarou Paloma como se dissesse

"Ela queria você e o cargo"

"Tá bom!?", Tapei a boca pra não rir, Lincoln discursava remanejando os cargos do hospital. San e eu tentávamos não rir, estreitei os olhos para ela ficar quieta.

Até que ela deu um pulo da cadeira, assustando a todos nós. colocou as mãos na barriga.

- Ah! Merda! - me levantei correndo indo para o seu lado, puxei a cadeira. - É uma contração? - Puxei o estetoscópio para escutar o meu bebê.

- Não! Por enquanto é só fluido amniótico- ela apontou a cadeira- A bolsa estourou

- Vamos pra maternidade. - Sorri entre tremedeira. - Por favor! se a médica disser que é cesariana, vai ser cesariana! entendeu?

- Aqui está uma cadeira de rodas. - Lincoln trouxe uma, posicionando próximo de San.

- Vocês querem parar? Eu estou bem! - Ela nos encarou sisuda e seguiu caminhando contrariando a mim e ao pai

- Sua maluca... melhor se sentar. - pedi indo com a cadeira atrás dela. meu sogro ligava para a ala da maternidade.

Samantha seguia, andando depressa me ignorando totalmente.

- Caminhar faz bem, acelera o trabalho de parto, não sabia?

Deixei a cadeira de lado e me coloquei ao seu lado.

- Quer andar teimosa, então você vai andar. - segurei a sua mão e não a deixei pegar o elevador. indo em direção a rampa. - Vamos por esse moleque pra fora o mais rápido possível.

Ela me mostrou a língua e riu, parou um instante e suspirou

- Primeira contração! - ela apertou meu braço

- vamos monitorar... - Olhei no relógio e esperei ela dizer que passou.

Ela abanou a cabeça e sorriu me beijando.

- Acho que em poucas horas teremos o nosso pequeno rebento nos braços

- Não farei seu parto... quero ser espectador deste momento. - Sorri e a lacei pela cintura, a beijei. - Você fica tão linda grávida, San! que acho que farei outro filho em você em menos de um ano!

- E quem disse que eu concordo com isso?

Dei risada.

- Não discuta comigo na emergência do seu parto. - A puxei para andar.

- Não estou discutindo! - ela riu.

- Sei... - A olhei de lado enquanto subíamos a rampa. - Você adora discutir comigo... Kent, não coloque a toalha molhada sobre a cama, mas que droga, eu já te falei milhares de vezes. Kent, seu prato pode ir para a lava louças. Amor... quero frango assado, mas tem que ser do MArk... - A olhei. - O Mark é aqui perto, não perto da nossa casa. - San mantinha o riso entre os lábios enquanto me via a imitar. - eu vivi sozinho por anos e minha cama nunca ficou molhada por causa de uma toalha. eu já acordei com a cama mijada, já tomei banho de leite de mamadeira... Mas molhada por causa da toalha, nunca!

- Pare de ser resmungão! Sua cama também nunca foi tão macia, gostosa e quentinha não é? E você esqueceu de... Kent, use o descanso de copos, está manchando a mesa de mogno.

- Ah! tem razão... A mesa de mogno... - Fiz um bico e começamos a subir o segundo lance da rampa. - Mas se é a Manú que deixa o copo entornar... ela é uma boneca, a San vai limpar, não chora meu anjo!

Fui provocando enquanto caminhávamos, a fazendo rir.

- Ela é a minha bebê! - San riu. - Não vai me amar se eu ralhar com ela

- Vai te amar do mesmo jeito. ela tem 3 anos e precisa saber o que é certo e o que é errado. - Finalmente saímos na maternidade.

- Vocês dois são dois malucos. - Lincoln veio correndo em nossa direção. - Eu achando que estariam aqui a muito tempo.

- Relaxa, Lincoln, a primeira contração aconteceu a dez minutos. Andar vai fazer bem, acelerar ao parto.

- Estou enjoada! - Sam mordiscou o lábio inferior e apertou o meu braço, se curvou um pouco e largou o jato no chão. - Me desculpem!

- tudo bem!!! - Fiz sinal para uma das enfermeiras chamar o pessoal da limpeza. - Vamos para o quarto... Tirar essa roupa e ficar mais confortável.

- Isso é horrível - ela apertou o meu braço mais forte

- É... Mas você comeu demais hoje... - A levei para o quarto.




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