Bruce corre atrás de Vallentine

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Bruce

Vallentine se levantou, senti de imediato que tinha ficado irritada e estava se segurando para não explodir. Resolvi ser sutil.

- Não tem nada de sexy... isso eu posso garantir. - sorri. - Muitas mulheres tem fetiche por homens de farda, mas não é fácil ser esposa de um militar... - apontei para Vallentine que se afastava de nós. - Vallentine foi muito forte, não foi fácil para ela, ainda grávida de oito meses me ver completamente retalhado... tendo que conversar comigo nesses meses todos por via web. A saudade é grande.

- Sua esposa? - ela apontou na direção da minha marrenta. - Oh meu Deus! Que gafe a minha.

- Achei que soubesse? - Me fiz de desentendido. - Ah! Claro, não nos apresentamos como casal, sinto muito... - Acho que nos pegou de surpresa, esperávamos Jofrey...

- Tudo bem! A gafe foi minha. - ela voltou a tocar o meu ombro, olhando o caminho pra se certificar que Vallentine não estava voltando- É que você é um homem irresistível, Bruce! Eu daria qualquer coisa pra testar essa virilidade.

- Ele não está disponível! - Vallentine chegou a mesa, rápido e sutil e num instante as flores que estavam no jarro sobre a mesa foram parar no chão e a água do vaso foi jogada no rosto de Megan. - Há muitos militares por aí, esse é meu! - ela apanhou a sua bolsa e saiu batendo o pé.

O espanto foi geral.

- Me desculpe, Megan! - Me levantei pegando os guardanapos que estavam sobre a mesa e lhe entreguei. - Eu preciso ir... e sinto muito... muito mesmo...

Apanhei o contrato.

- Tudo bem se eu levar isso? - Pedi contornando a mesa, dando 100 Dólares para o garçom pelo prejuízo e desconforto causado.

- Vá atrás da sua esposa! Voltaremos a falar sobre a proposta, não se preocupe comigo. Acalme a sua fera.

Sorri levantando o contrato.

- obrigado... Me ligue... - Saí correndo quase derrubando um dos garçons que entrou na minha frente. - VALLENTINE?

Gritei assim que a vi caminhando apressada pela calçada.

corri atrás dela até alcançar, segurei em seu braço.

- Eu estraguei tudo, não é? - ela estava chorosa. - Droga! Não aguentei aquela mulher te cantando.

Levantei o contrato em mãos, sorrindo.

- Relaxa... está no papo! - a abracei, tirando Vallentine do chão e rodopiei com ela, rindo.

- Desculpa, meu amor! Eu não sou de perder a cabeça assim. Você me conhece.

- Vamos para casa... ou podemos ir naquele frango frito que te levava quando era apenas um pé rapado, motorista de madame. - Bruce apertou meu queixo. - Eu estou com fome!

- Eu também! - ela sorriu.

Segurei a mão de Vallentine e assoviei em direção ao restaurante, o motorista da família veio nos buscar.

- John... Vamos para o Brooklin... Naquele frango frito.

John sorriu e saiu com calma, me virei para Vallentine.

- Não se sinta culpada... foi um instinto natural da minha pavio curto.

- Não fique tão vaidoso! - ela riu.

Me virei para ela dentro do carro, segurei seu rosto e a beijei apaixonado.

- Então breve eu terei um marido milionário?! - ela sorriu. - Quem diria, Sr. Johnson?

- Milionário? - Fiz uma careta achando aquilo um absurdo.

- Você viu o quanto estão te oferecendo pelo direito de explorar o seu livro, Bruce? Não são milhares, são milhões. Além de um percentual da bilheteria. Estão apostando fundo em você, meu amor.

Fiquei espantado, apanhei o contrato não acreditando. Folheei e meus olhos pareciam não acreditar no que lia.

- Caramba!!! Isso é muito dinheiro.

- E você merece cada centavo! Você poderia abrir a sua própria agência de seguranças se quisesse, ou simplesmente aplicar numa poupança e viver da renda pro resto da vida.

Olhei para Vallentine.

- Quem diria que tantas cicatrizes me tornaria um milionário. E acho que descobri uma nova profissão. - Dei risada com a cara de espanto de Vall.

-Então a experiência de escrever vai se prolongar

- Sim! - Dei um beijo em sua boca e a aninhei a minha. - Vai ser a nossa história... Com outro nome de personagens... e um pouco modificado. mas vou contar o que aconteceu entre nós.

- Meu Deus! - ela sorriu e me abraçou. - Isso daria uma comédia romântica.

Rimos juntos.

- Espero que agrade... - A olhei. - Faço por você... Pelo nosso Brandon.

- E pelo nosso Justin ou Hellena! - ela acarinhou a barriga

Olhei para ela e para sua barriga.

- É Sério? - Arregalei os olhos espantados.

- Sim! - Ela ficou vermelhinha. - Devíamos ter esperado mais, mas ele resolveu vir sem qualquer planejamento.

- Vallentine... isso não é perigoso? - Me apavorei. - Brandon tem apenas 5 meses...

- Meu avô disse que devíamos dar uma pausa de pelo menos um ano entre um filho e outro, mas... - Ela deu de ombros. - Não nos preocupamos com prevenção, não é?

- Seu pai vai me matar! - Tapei a boca. - Sua mãe então!

- Acontece, Amor! - Eu fui tão imprudente quanto você, mas eu estou tão feliz, você não?

- Muito... Muito! - Toquei em sua barriga. - Eu só estou preocupado com você. e Brandon não vai poder mais mamar... E a editora?

- Calma! Eu posso amamentar desde que não deixe de tomar vitaminas e se apresentar algum grau de anemia, mesmo que leve, aí sim vou ter que suspender a amamentação, e quanto a editora... - Dei de ombros. - Darei o meu jeito, se mamãe conseguiu com seis porque eu não posso com dois?

Dei risada a puxando para um beijo apaixonado, segurei seu rosto perto do meu.

- Eu te amo demais... Demais! - E a beijei.

-Também te amo demais, meu troglodita!



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