Laurah e Porshia conversam sobre Amy e Sophie

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Laurah

O que uma mãe não faz por seus filhos? Eu nunca engoli a Porshia, mas ali estava eu oferecendo um cafezinho a ela na sala de estar da minha editora.

- Então, Porshia... Sou toda ouvidos

- Obrigada! - Porshia apanhou a xicara da minha mão, depositando na mesinha a frente. - Suas filhas tem talento, Laurah! Mas Sophie é o que meu cliente quer para vestir a marca e desfilar. Não preciso dizer que Sophie tem uma elegância natural que Amy ainda não tem. ela é jovem demais... Não que não vá ter trabalho para ela, mas meu cliente não a aprovou. Foi uma surpresa para mim em ver Sophie na agência, pedindo para revogar sua desistência. E não sabe o quanto isso me deixou feliz.

- Não sabe o quanto isso me deixa preocupada! - esbocei. - Mas, não serei eu a burlar os sonhos da minha filha, mas é claro que tenho as minhas ressalvas

- Então as faça! sou toda ouvidos. - Porshia não se intimidou, me encarando impetuosa.

- Pode desmanchar a pose de durona pra cima de mim. - ela assumiu uma expressão até engraçada. - As minhas exigências são referentes a escola da Sophie, não quero que a carreira interfira no seu rendimento escolar e também quanto as viagens, quero que a minha filha sempre viaje acompanhada.

- Sem problemas... Quando aos estudos, ela terá acompanhamento enquanto estiver fora do país. Rick me parece ser um ótimo segurança e os dois se dão muito bem! - Ela deu de ombro. - Estou Aberta a negociações.

- As negociações irão ocorrer com o pai dela! - notei um certo brilho no olhar de Porshia e resolvi frear logo a sua imaginação. - Venha jantar conosco hoje a noite, Porshia! E definimos todos os detalhes, se tudo correr bem assinamos o contrato hoje mesmo.

- Muito bem... - ela se levantou estendendo a mão para mim. - Nos vemos mais tarde.

- Até mais, Porshia!

Porshia saiu de minha sala sorrindo elegante fechando a porta.

- Filha de uma puta, oferecida! - suspirei para mim mesma e liguei no celular do Chris que atendeu depois de alguma insistência minha. - Olá, Sr. Carpenter!

- Quando me liga assim... Tem algo de errado acontecendo! - Ele soou divertido.

- Sim, algo de muito errado, aproximadamente 1,75 de altura, cabelos castanho claros, olhos escuros, curvas sinuosas e irá jantar conosco hoje a noite.

- Do que você está falando? - Chris Abriu a porta da minha sala desligando o celular. - Você deveria ter me perguntado aonde eu estava. - Ele me puxou pela cintura me beijando. - Agora me conte direito.

- Amo as suas surpresinhas! Não sabia que tinha vindo para a Carpenter.

- Maurice me ligou... Tem coisas que ainda tenho que eu mesmo resolver. - Chris se sentou me encarando. - Então!? quem é esse que vai jantar em casa?

- Essa! - revirei os olhos -A sua ex-namorada que jamais te esqueceu!

Chris gargalhou.

- Porshia esteve aqui?

- Acabou de sair! Precisava ver os olhinhos da moça brilharem quando eu disse que você ia negociar sobre o contrato da Sophie! Tenho certeza que já se imaginou sozinha com o meu marido. Nem quero imaginar quais foram os delírios românticos.

- Laurah! Porque você faz isso? - Chris me olhou com reprimenda.

- Por que eu sou mulher e reconheço um olhar malicioso quando vejo um. - sorri o encarando. - Por que acha que a Porshia nunca se casou?

- Ela se casou e teve um filho... Que está com o pai agora. - Chris torceu a boca. - Você anda malandrinha.

- Ela se casou e se separou na velocidade da luz, o filho dela tem a idade dos nossos trigêmeos, aliás é mais velho... É muito tempo pra uma mulher ficar solteira. Ela ainda tem esperanças, Chris!

- Não entre nisso, Laurah! Por favor! - Chris se levantou indo até a janela do escritório. - E vai alimentar as esperanças dela por quê? Porque não resolveu isso?

 - Não estou alimentando esperanças de ninguém, Sophie voltou atrás na decisão de ser modelo e como seus responsáveis precisamos analisar e assinar o seu contrato, por isso o jantar, a Porshia iria mesmo procurá-lo, então que seja na nossa casa onde eu estou de olho nela.

 - Ah! - Chris riu entendendo. - Então você quer ficar de olho nela, porque tem medo que me ataque?

- Ela não seria louca!

Chris cruzou os braços me encarando com aquele sorriso fazendo seus olhos ficarem pequenos.

- Você ainda me desconcentra, sabia?

E eu adoro quando fica com esses olhos gulosos. - ele piscou para mim.

- E como eu não ficaria quando tenho o cinquentão mais gostoso de Nova York como marido? Meu turco safado... - Me aproximei e o puxei pra mim, beijando sua boca. - Meu tornado.

- Minha Laurah furacão! - Ele segurou a minha nuca e me beijou apaixonado como sempre.

- Sempre sua! - sussurrei entre seus lábios

 - Eu preciso subir, Laurah! Depois eu cuido desse seu fogo. - Ele puxou meus cabelos me fazendo olhar para ele.

Chris me olhou de um jeito cafajeste, sorriu de lado e me beijou mais uma vez. - Se comporte até eu voltar.

- Dê um beijo no Maurice por mim. - Me afastei e ajeitei a minha saia que estava levemente erguida. - Até mais tarde, meu tornado.

- Até mais! - Chris passou por mim me dando um tapa na bunda e saiu tranquilo.



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