Uma breve - and silly - história sobre o amor

16 4 16
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


A criatura, querendo viver o amor, saiu a gritar pelas ruas:

-Me ame! Me ame! Alguém, por favor me ame!

Um homem que passava por ali, ao ver a criatura, sentiu amor e disse:

-Vem comigo, eu te amo.

E juntos foram viver desse amor. Um tempo se passou, e foi bom, até que acordou um dia e pensou:

-É bom sentir -me amada, mas como será amar alguém?

E essa angústia aumentou com os dias até que correu ao homem e disse:

-Quero amar! Quero amar!

O homem sofreu, pois que se cria já amado. Sofreu também porque via sofrer a criatura que amava. Mas por ela nada podia fazer, o amor nasce em cada um e ninguém pode força -lo no outro.

Ao ver que o amor do homem não supria o seu querer, a criatura foi ao mundo em busca de sentir ela também aquilo que o homem sentia. Quanto mais queria, menos conseguia.

Até que um dia, já exausta e se achando incapaz, olhou para um pássaro e sentiu o coração bater muito forte.

Era amor.

Disse ao pássaro : -Eu te amo, eu te amo! Venha comigo porque eu te amo!

O pássaro pois que não conhecia a criatura e do amor o sabia apenas aos céus, dela fugiu ligeiro. Foi voar em outras paragens que a liberdade mais lhe apetecia que o amor que desconhecia.

A criatura ao ver o pássaro que amava partir, sentiu dor e só então se compadeceu do homem que deixara.

Sem ter amor e sem ter a quem amar, perambulou sua solidão por dias a fio. Um dia a criatura que vivia sem buscar o amor, nele tropeçou sem querer em uma esquina qualquer. Foi totalmente acidental e na hora ela nem mesmo percebeu. Seguiu com o amor por algumas horas sem notar, achando ter carregado do tombo apenas cicatrizes poucas. Mas foi quando em frente ao espelho contabilizava do tombo o estrago que visualizou o amor.

Estava bem ali, nos seus olhos doridos olhando para ela cupidamente. Era um amor pequeno ainda e frágil, mas que perseverara através do descaso e da inconsciência. Daria trabalho, mas a criatura aceitou o desafio e finalmente de forma recíproca viveu o amor. E novamente lembrou do homem e quis contar a ele de sua felicidade. Mas teve medo: e se o amor dele já não existisse? E se ele em troca desse amor exigisse um pagamento?

Decidiu deixar estar e por anos seguiu assim.

Era feliz e se sabia assim.

Mas o destino que não gosta de pontas soltas, decidiu que terminaria essa história de um jeito costumeiro.

Certo dia a criatura, ao se levar para o parque em um passeio romântico, observou em um banco não muito longe um homem. Ao se aproximar o reconheceu. A ele e ao pássaro que comia em sua mão. Pareciam felizes, o homem e o pássaro e a criatura quis juntar a deles a sua própria felicidade. Foi bem recebida.

O homem ficou feliz ao ver feliz a criatura que amara um dia. O pássaro que já teve medo da criatura, agora sentiu - se tranquilo pois não lhe era mais ameaça. A criatura curiosa quis saber desse encontro e então o homem contou.

Desde que ela fora embora, disse o homem, todo dia ele olhava pela janela na esperança de seu retorno. E quando a esperança se foi, e se acostumou com a saudade que entrara ligeiro, continuou indo à janela pois que gostava da vista.

O pássaro disse que depois de fugir da criatura, foi pelo mundo viver sua liberdade. Numa dessas uma tempestade o desviou da rota e se viu perdido em uma rua qualquer. Em busca de refúgio, percebeu una janela aberta. Entrou e se escondeu ali.

O homem viu o pássaro e ficou surpreso. Pela janela, desde a saudade, nunca nada mais entrara.

O pássaro viu o homem e sentiu medo, imagina se ele o quisesse pôr numa gaiola.

Mas o tempo astuto interferiu entre os dois.

O homem sentiu o amor primeiro, mas continuou a deixar a janela aberta mesmo com o risco o pássaro partir. Aprendera com a partida da criatura a amar diferente.

O pássaro ao saber que poderia sair se quisesse, quis ficar. Devia ser amor aquilo que sentiu e quis explorar.

Eis que agora eram isso: um amor livre, mas que preenche e que traz em si espaço para mais um. 

------

Aquelas histórias bobinhas que adoro rabiskar. Abraços, pessoas <3

P.S.: A imagem é de uma página no Instagram maravilhosa, que o S. me apresentou: theofficialsadghostclub. 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
RabiskosOnde histórias criam vida. Descubra agora