39. With a Little Help From My Friends

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- Ela veio mesmo, então? - perguntou Sean. - É mais sério do que eu pensava.

- É sim. - respondi enquanto tomava um gole de cerveja.

- E ela está aonde agora?

- Eles estão em casa. Ela quis se adiantar no trabalho um pouco e eu também tinha algumas coisas para fazer.

- Eles?

- Ela e o Ian. O filho dela.

- Olha só, quem diria...já são praticamente uma família!

- Acho que sim...mas não é tão difícil. Quando você conhecer o garoto vai entender...é mais fácil de amar ele do que ela mesma até.

- E como vamos fazer isso? - perguntou a Nay, que até o momento estava apenas ouvindo eu contar toda a epopéia até que ela enfim viesse para cá, ouvia a tudo com um sorriso largo no rosto. Eu sabia que ela tinha gostado da Ally naquele primeiro dia na Con em São Paulo.

- Sabendo agora as coisas que ela gosta...tem um lugar que eu acho que ela vai gostar. - respondeu Sean. O resto das coordenadas você já me passou.

- Sim. Ela vai gostar.

- E como ficará o Ian? Ele vai junto para uma balada?

- Não, né Sean! Mas não se preocupe com isso, tenho uma aliada forte nessa parte da história. Ela já se prontificou a ajudar, aliás, está lá em casa com ela e o Ian nesse exato momento.

- Quem?

- A minha mãe. Quem mais poderia ajudar a cuidar de um bebê de 3 anos?

- Poderia ser a Helena, ora! - respondeu Sean como se fosse muito óbvio.

- Ela ainda não a conheceu. E de qualquer forma, pedir pra ela deixar o filho com a minha ex-mulher assim logo de cara, ia ser estranho.

- Eu não deixaria. Desculpa, Norm, nada contra a Helena. Mas no lugar da Ally eu levaria anos para confiar em deixar meu filho com a ex do atual. - Nay respondeu. - Achei ótima a ideia. Vamos pôr em prática quando?

- Amanhã à noite. - respondeu Sean. - Podemos ir naquele bar, com aquela banda....ela vai gostar.

- Então estamos de acordo. Amanhã por volta das 14:00 eu te ligo e a gente segue com o plano.

- Fechado. - respondi. - Obrigado por essa, Sean. Nay, vocês são demais!

- Imagina, mande lembranças nossas para a Ally.

Saí do pequeno bar na esquina da Galeria. Subi para terminar alguns ajustes finais para um contrato de um filme que ia produzir e voltei para casa.

As Cartas da ProblemáticaOnde histórias criam vida. Descubra agora