43. You're So Beautiful

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Dançamos, bebemos e nos divertimos pelo resto da noite. Em um certo ponto, Ally conversava com Nay, sobre de onde veio e onde aprendeu a cantar. Quando olhou para o outro lado da mesa, distraída, eu segurava um copo de uísque e a olhava, esperando que ela notasse. Quando ela o fez, pisquei e fiz um sinal para que ela me acompanhasse. Ela assentiu discretamente com a cabeça, levantou e deu a volta na mesa, eu fiz o mesmo.

"Então..." disse, segurando a mão dela, enquanto colocava o copo em cima da mesa. "Me concede uma dança?"

Já estava um pouco bêbada e rindo, respondeu: "certamente, Senhor Reedus."

A puxei até a pista de dança que agora estava vazia e com as luzes apagadas. A única luz que iluminava vinha do fundo do palco, causando uma iluminação alaranjada bem pálida. As pequenas lâmpadas que cercavam o palco também estavam acesas, mas mal iluminavam ao redor de onde estavam. Lembro que puxei o corpo dela mais perto do meu, e estalei os dedos olhando para trás.

"Cherry, por favor, põe aquela música que te falei?"

A moça loira com Victorian Rolls no cabelo sorriu.

Um acorde mais puxado para o blues tocou, e ela olhou para mim, os olhos arregalados.

"Theres no words i can say or anyway to explain why your beautiful.

and when i close my eyes i see you're face in my mind,

you're so beautiful.

its from the inside.... its from the inside.... and its from the inside...."

Cantava baixinho, olhando a de cima para baixo. A beijei levemente e continuava cantando baixinho junto da música.

"the way you smile,

the way you laugh,

and the kind words you say to me. "

Passando um braço por trás, apoiando a mão em suas costas e segurando a mão dela com sua outra mão, girei junto com ela, duas, três vezes, e depois apenas a embalava num balanço acompanhando a música...beijei a pontinha do nariz dela, enquanto colocava a mão dela em meu peito.

Ela apenas fechava os olhos, curtindo cada segundo.

"your sweet touch,

you never hide,

always saving your love for me.

your voice i long to hear and your friendship i will dear,

your so beautiful.

and when i dream at night, you'll always be by my side

your so beautiful. "

Quando a música terminou a abrecei, sem dizer uma palavra. Sentia a respiração dela subir e descer.

Então beijei-a, segurando o queixo dela entre o polegar e o indicador e sussurrou: "amo você, Alessandra. Amo mesmo."

Sorriu e respondeu.

"Amo você. Norman Mark Reedus. Amo você."

Ali continuamos, apenas os dois. Mal dançavamos, tudo não passava de um leve balanço dos dois enquanto conversavamos baixinho e riamos um para o outro.

Na mesa, Sean, Nay, Sebastian, Sven e Cherry conversavam animadamente, até que Cherry percebeu que a música acabou e se virou para perguntar qual música queriamos agora.

Ninguém perguntou nada, e então percebemos que todos na mesa estava em silêncio enquanto nos observavam.

"Acho que dessa vez, o Norm não tá se enganando. Ele deve amar mesmo essa mulher.", Sean comentou.

"Como assim?" perguntou Sven.

Sean riu. "Eu trabalho com o Norman faz muito tempo. Eu nunca, NUNCA vi ele criar coragem e fazer algo como ele fez hoje. Ele é o cara mais divertido, mas ao mesmo tempo, é muito tímido. Ele disse que ia pedir uma música e pensava em pedir ela em casamento, mas...não pensei que ele faria algo assim. "

"Deu pra perceber que ele não estava muito confortável, mesmo" respondeu Sebastian.

"Espero que seja tão legal quanto parece." Nay comentou. "Eles fazem um casal bonitinho."

"Fazem mesmo..." respondeu Sean, e todos estavam em silêncio. Podíamos ouvir a conversa inteira deles, mas concordamos em fingir que não estávamos ouvindo.

De repente a música acabou e nenhuma outra tocou em seguida.

"Não olhe agora, mas ainda estamos sendo observados" disse com a voz embargada. Ela olhou por trás de mim e seu rosto também enrusbeceu.

"Acho melhor a gente ir embora agora, não?"

Mas Sean gritou, sentado na mesa com o braço em volta de Nay. "Não, caras, por favor...não parem por nossa causa!" e aplaudiu, e todos na mesa o acompanhou.

Abracei ela, rindo alto mas totalmente constrangido. "Desculpe, eu não esperava por essa..."

Ela riu e disse "melhor a gente ir pra lá. Se continuarmos assim a gente nunca mais sai daqui..."

Segurando sua mão, voltamos para a mesa, ambos olhando para baixo, rindo constrangidos.

"Ah, cara...não comigo, né...não acredito que vocês estão sem graça!"

Ally sentou ao meu lado, escondendo o rosto debaixo de seu pescoço.

"Caras, não tive a oportunidade de dizer um 'parabéns' decente, então...bem...parabéns!" disse Sven, levantando sua garrafa em um brinde. Todos o acompanharam. Sean bateu na própria garrafa com uma colher.

"Pessoal! Pessoal! Se tem alguém aqui que deve falar algo, sou eu! Primeiramente, bem-vinda ao nosso país, Ally, e obrigada por cuidar do meu amigo. Eu nunca achei que alguém cuidaria tão bem dele quanto eu, mas obviamente eu estava errado. Mas enfim, ele achou alguém para amar mais do que a mim, e não só eu como a Nay-Nay estamos muito gratos por isso.

Só quero dizer que...bem...passamos algum tempo aqui admirando a vocês de longe, e honestamente...vocês tem a minha bênção. Que vocês sejam felizes como estão agora todos os dias que estão por vir. Parabéns, crianças!"

Me levantei ao mesmo tempo que ele e o abracei. Era o melhor amigo que poderia ter, e Ally deu mais um gole de cerveja.

"Obrigada, Sean. Pelas boas vindas, pelo discurso, pela companhia de vocês dois. Á Nay por emprestar o marido dela para dançar. vocês todos são demais, gente, eu nem sei o que dizer!"

"E quanto á você, Ally....que caixinha de surpresas! Onde você aprendeu a cantar assim?" Sean perguntou.

"Realmente, você mandou bem ali no palco. Quando você me chamou e disse que queria fazer aquele dueto, fiquei preocupado, é difícil. Mas você mandou muito bem!" respondeu Sven.

"Eu tive banda, umas 3 ou 4 nos últimos anos. Mas não conseguia ficar muito tempo. Mas aprendi a cantar aos 12 ou 13 anos, e mesmo sem banda sempre treinei um pouco de vez em quando, só pra não enferrujar."

Norman olhou para ela admirado. "Você realmente cantou super bem...." e puxou sua mão com a dele...

"Bem...foi tudo muito bacana, mas está tão tarde....vamos nessa?"

Quando era por volta de 4 da manhã, depois de todo o bar esvaziar e passarem um tempo bebendo e conversando com Nay e Sean, e os caras da banda também, era hora de ir.

As Cartas da ProblemáticaOnde histórias criam vida. Descubra agora