14. Um bom trocadilho

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Perdoem a demora aa
Então, esse capítulo não está revisado, então perdoem qualquer erro.
Boa leitura ❤

💘

Cheguei na escola e não avistei Minhyuk na entrada, então decidi ir direto para a sala. Assim que entrei, olhei para o lugar onde eu, Minhyuk e Hyungwon ficamos ontem e não os vi lá, olhei para o outro lado da sala e os encontrei, mas tive uma surpresa: Wonho estava sentado na carteira na frente de Hyungwon e os dois conversavam com Minhyuk, que se sentava atrás de Hyungwon e... Changkyun, que estava sentado ao lado de Wonho. "Deus, o que eu perdi?" pensei antes de começar a me aproximar devagar, senti o olhar dos quatro garotos em mim, mas não os olhei, me sentei atrás de Minhyuk e olhei para Changkyun, que me deu um sorrisinho de canto.

— Por que tão longe? Nós guardamos seu lugar aqui — ele disse e apontou para a carteira atrás dele.

— Eu estou bem aqui.

— Tudo bem. — ele sorriu e se virou para frente.

— Você deveria tratar ele melhor, Kihyun. — Minhyuk sussurrou ao se virar e olhar para mim — Talvez até dar uma chance a ele.

— Eu não posso.

— Claro que pode.

— Você está maluco? Se meu pai pensar na possibilidade de eu estar tendo algo com um garoto, eu estarei morto.

— Ele não precisa saber. — eu revirei os olhos e suspirei.

— Não se meta nisso, tá bom?

— Você que sabe. Vai na festa do Jackson?

— Quem é Jackson?

— O garoto que vai dar uma festa e chamou a gente, Changkyun não te contou?

— Ah, claro que ele contou, por mensagem, já que você passou meu número pra ele.

— Não diga que não gostou.

— Eu odeio você. — ele riu e se virou para frente, olhei para Changkyun e o observei rir de alguma coisa que Hyungwon ou Wonho haviam falado. — Vai ser uma longa semana. — sussurrei.

Passei a aula inteira observando Changkyun, ele era quieto, não perdia qualquer oportunidade de colocar os fones de ouvido e quase sempre respondia as perguntas dos professores. Vez ou outra ele me olhava e sorria, eu sempre desviava o olhar e fingia não ter visto.

Assim que o sinal para o intervalo tocou, arrumei minhas coisas e segui os meninos para fora da sala. Changkyun e Wonho foram na frente, quando chegamos ao refeitório, vi que eles estavam com os amigos deles.

— Você e o fortão ficaram amigos do nada? — Minhyuk perguntou enquanto se sentava na frente de Hyungwon.

— Nós conversamos ontem e descobrimos combinar mais do que eu imaginava. — me sentei ao lado do Minhyuk e os observei.

— Vocês parecem combinar muito mesmo, dá pra sentir o clima entre vocês de longe. — chutei a perna de Minhyuk por debaixo da mesa e ele chiou — Qual é o seu problema?

— Qual é o seu problema, né Minhyuk? Pare de ser inconveniente, o Hyungwon namora.

— Não, eu não namoro mais. — Hyungwon disse e eu o olhei boquiaberto. — Nós terminarmos ontem.

— Me desculpe, eu não sabia. Está tudo bem? — ele assentiu e começou mexer no celular, escutei Minhyuk dar uma risadinha baixa e o olhei

— Quem é incoveniente mesmo? — ele perguntou e eu o empurrei, ele não revidou, apenas riu.

— E você vai na festa de sexta? — eu perguntei a Hyungwon e ele me olhou.

— Wonho está tentando me convencer a ir, mas isso já é demais pra mim. Não quero me misturar com mais pessoas do que já me misturei até agora, vocês já são o suficiente. — eu suspirei e arregalei os olhos ao reparar que Changkyun e Wonho estavam se aproximando da nossa mesa.

— Podemos ficar aqui com vocês hoje? — Wonho perguntou enquanto se sentava ao lado de Hyungwon, que assentiu junto com Minhyuk. Changkyun se sentou ao meu lado, mas um pouco afastado, me olhando vez ou outra.

Eu fiquei comendo meu sanduíche em silêncio, enquanto Changkyun também ficava em silêncio e usava seus fones de ouvido, me dava algumas olhadas rápidas e arriscava alguns sorrisos, que eu juntava todas as minhas forças para não retribuir. Os outros três meninos conversavam e riam, enquanto nós dois ficávamos no nosso próprio mundo.

— Posso? — Changkyun disse em um tom baixo, apontando para um dos meus guardanapos que estavam sobre a mesa. Eu assenti e ele logo o pegou, começou a desdobra-lo e o dobrou novamente, mas de outro jeito.

O guardanapo foi tomando o formato de um coração e eu estava hipnotizado pelo jeito como suas mãos dobravam e desdobram o papel. Assim que ele terminou, aquele guardanapo que eu provavelmente jogaria fora depois, havia tomado forma de um coração pequeno e delicado.

— Você por acaso tem fita aí? — ele perguntou e riu, eu neguei devagar com a cabeça e ele suspirou — Meu pai me me ensinou a fazer isso, mas guardanapos são muito moles, fica estranho quando faço com eles — ele disse e riu de novo.

— Ficou bonito. — eu praticamente sussurrei e ele me olhou com um sorriso no rosto.

— Você gostou? — eu assenti devagar — Pode ficar. — ele estendeu o guardanapo para mim.

— Não precisa.

— Aceita, por favor. Eu fiz pensando em você. — eu não resisti mais, apesar de ter ficado envergonhado com o que ele havia falado, eu realmente gostei do coração. Peguei o guardanapo e observei o mesmo — Cuidado, guardanapos são moles demais — eu o olhei e ele sorriu — Cuide bem dele, é um coração frágil. — ele riu e eu acabei rindo também.

— Foi um bom trocadilho.

— Viu? Eu também sou engraçado. — eu ri e me levantei assim que o sinal tocou.

— Não exagera. — eu disse e logo me retirei do refeitório.

Os quatro meninos chegaram na sala logo depois de mim e claro, Changkyun me lançou um olhar antes de se sentar em sua carteira. Passei o restante das aulas admirando o guardanapo em forma de coração, eu já havia colado alguns pedacinhos de durex nos cantinhos que estavam soltando ou que eu achava que soltariam. Assim que o sinal tocou, saí da sala com os meninos e quando chegamos do lado de fora, meu carro já me esperava. Entrei no mesmo e como no dia anterior, não demorei para chegar na biblioteca, a escola nova era muito mais perto do que a antiga.

Meu pai me obrigava a passar as tardes na biblioteca, mesmo nos dias em que eu tinha curso a noite. Eu passava minhas tardes fazendo exercícios passados pelos professores, ou adiantando as matérias, mas como não haviam tarefas de casa e eu já havia adiantado o suficiente no dia anterior, decidi tentar fazer um coração com um papel comum, já que eu estava curioso para ver qual era o resultado dele em um papel mais firme.

Depois da quinta tentativa, eu desisti e voltei a admirar o que Changkyun havia feito. "Eu fiz pensando em você" essa frase se repetia inúmeras vezes na minha cabeça e toda vez que ela se repetia, eu sorria.

A Bad Life [Changki; 2won]Onde histórias criam vida. Descubra agora