38. Eu preciso de você

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Quando eu acordei no dia seguinte, Changkyun não estava mais em meu quarto, mas havia deixado o cheiro do seu perfume alí, o que me ajudou a ter certeza de que o dia anterior não havia sido um sonho.

Nós dois ficamos juntos na escola, ele passou o dia inteiro insistindo para que eu voltasse para sua casa naquele dia e eu aceitei, não havia dado problema no dia anterior, então eu tomei coragem de arriscar novamente.

- Eu já te ensinei tudo o que você não sabia, certo? - Changkyun perguntou enquanto eu terminava de vestir a blusa que dessa vez, eu havia levado - Então nós podemos fazer outra coisa hoje... - ele se aproximou de mim e tocou minha cintura.

- Eu preciso praticar, Changkyun.

- A prova é só semana que vem, descanse um pouco. - eu suspirei e dei um sorriso sem mostrar os dentes enquanto assentia. Ele me beijou, nosso beijo era lento, nós brincávamos com a língua um do outro e às vezes soltavamos um sorriso ou uma risadinha entre ele.

Changkyun me pegou no colo e me levou até a cama, me deitando lentamente na mesma, nós não estávamos eufóricos, estávamos calmos e concentrados, deitei minha cabeça no travesseiro macio e Changkyun se deitou ao meu lado, me puxou pela cintura e me virou para ele, coloquei minha perna em cima de sua cintura e ele voltou a me beijar.

Nós ficamos alí, nos beijando e trocando carícias por horas, nós conversávamos sobre coisas aleatórias às vezes, mas logo voltavamos a nos agarrar, sequer percebemos as horas passarem.

- Lembra da primeira vez que nos beijamos? Você não fazia ideia do que estava fazendo - ele riu e eu acabei por rir também - Agora você faz isso tão bem... - eu neguei com a cabeça e ajeitei a franja dele.

- Você que se acostumou... - eu disse e o encarei, seu cabelo estava completamente bagunçado e seus lábios inchados e vermelhos, eu tinha certeza de que também estava do mesmo jeito.

- Não acho que seja isso, você tem praticado bastante... - eu ri novamente e dei um tapa leve em seu braço.

- Eu preciso ir, tenho que chegar antes das seis na biblioteca, você sabe... - ele me abraçou e apoiou a cabeça no meu pescoço.

- Não. - eu ri e dei tapinhas em suas costas

- Eu preciso ir, amanhã eu volto.

- Sem eu precisar pedir? - ele perguntou sorrindo e eu assenti.

- Mas só se você prometer continuar me ajudando em matemática.

- Eu te ajudo no que você quiser - ele disse e distribuiu beijos por todo o meu rosto e pescoço, o que me fez rir.

- Tudo bem, então eu volto.

E eu voltei, todos os dias, por dois meses e meu pai não descobriu em momento algum. Passávamos a tarde inteira juntos, estudando, conversando, nos agarrando ou até fazendo algo a mais.

-

Changgie: Chegou bem?
Changgie: Já comeu?

Yoo Kihyun: Sim e sim!!

Changgie: Eu odeio sexta-feira à noite

Yoo Kihyun: Por quê?

Changgie: Porque você vai embora e no dia seguinte eu não te vejo
Changgie: Nem no outro
Changgie: Só segunda

Yoo Kihyun: Meu pai não está em casa
Yoo Kihyun: Avisou que voltaria bem tarde hoje, talvez só daqui a umas quatro ou cinco horas...
Yoo Kihyun: Você está na casa do Wonho, certo?

Changgie: Deixe a porta da varanda aberta.

Yoo Kihyun: Acho que não precisa ser pela varanda

Changgie: Pela porta da frente é arriscado
Changgie: E pela varanda é mais emocionante

Yoo Kihyun: kkkkkk tudo bem
Yoo Kihyun: Já está aberta, tome cuidado.

Changgie: Sim senhor!

-

Não demorou para que Changkyun aparecesse em meu quarto e eu logo corresse para os braços dele. O a abraço de Changkyun era o meu lugar favorito, por mim eu ficaria nele, para sempre.

- Chang... - eu o chamei e me sentei na cama.

- O que foi? - ele se sentou ao meu lado e me selou

- Você promete que nunca vai desistir de mim?

- Por que essa pergunta agora?

- Apenas... prometa.

- O único jeito de fazer com que eu desista de você, seria você mesmo me olhar nos olhos e dizer que quer que eu faça isso, se você dissesse que o que nós temos não é real.

- Isso nunca vai acontecer.

- Por isso eu nunca vou desistir de você.

- Eu preciso de você, Changkyun.

- Eu também preciso de você. - eu sorri e ele aproximou nossos lábios devagar, me dando um selar e depois um beijo carinhoso e lento. Não foi a falta de ar que nos interrompeu, mas sim o barulho da porta abrindo.

Olhei para a porta e então eu gelei, uma sensação de desespero tomou conta de mim. Meu pai estava alí, com os olhos arregalados.

Changkyun se levantou e se pôs em minha frente em um movimento rápido quando meu pai começou a andar em minha direção.

A Bad Life [Changki; 2won]Onde histórias criam vida. Descubra agora