A Bad Life [Changki; 2won]

53. Me ajude a tirar

Não demorou para que chegássemos à casa de Hyungwon e assim que o carro parou, nós nos retiramos do mesmo. Eu estava extremamente nervoso, não sabia se tremia por isso ou pelo frio que sentia por ainda estar com o cabelo e roupas completamente molhados.

O motorista retirou minha mala e minha mochila do porta-malas e me entregou, quando me virei, Minhyuk e Jooheon já estavam na porta da casa, essa que logo foi aberta por Hyungwon, que desfez o sorriso assim que me viu.

- O que esse garoto está fazendo aqui? - ele perguntou.

- Hyungwon, acho que já passou da hora de você esquecer esse rancor que sente do Kihyun por um erro que sequer foi com você. - Minhyuk o respondeu sério e Hyungwon suspirou, parecia ainda estar incomodado com a minha presença, mas abriu um pouco mais a porta e deu passagem para que entrássemos.

Adentrei a casa e olhei ao redor, esperando encontrar Changkyun, mas a única coisa que vi, foi Wonho sentado no sofá e me olhando surpreso.

- Hyungwon, eu não achei as taças que... - Changkyun dizia enquanto entrava na sala, mas parou assim que reparou que eu estava alí.

- Leva o Kihyun lá pra cima e o ajude a tirar essa roupa molhada. - Hyungwon disse e continuei encarando Changkyun, eu tinha vontade de correr até ele e abraça-lo, mas eu não conseguia, e pelo que parecia, ele também não.

Changkyun se aproximou de mim e pegou minha mala, andou até as escadas, começou a subir e eu o segui. Assim que chegamos no quarto, ele abriu a porta e eu entrei, ele entrou logo em seguida e fechou a porta.

- Comece a tirar a blusa, tudo bem? - eu assenti e comecei a retirar, ele andou até o banheiro, pegou um toalha e voltou.

Ele começou a secar meu cabelo e eu fechei meus olhos. Comecei a me lembrar de todas as vezes em que Changkyun havia feito aquilo e de como eu gostava de seus cuidados, de todas as vezes em que tomamos banho juntos e das transas e carícias que tinhamos e trocávamos de baixo do chuveiro, senti meu coração apertar pela saudade que sentia de tudo aquilo e por ter Changkyun tão perto e ao mesmo tempo, tão longe de mim. Era óbvio que as coisas não se resolveria assim que nos víssemos, como aconteceria em filmes e em meus sonhos, eu sequer sabia se tudo voltariam a ser como antes.

Senti as mãos de Changkyun cobertas pela toalha descerem pelo meu corpo e deslizarem pelos meus braços e em seguida por meu abdômen, logo depois, senti a toalha de afastar e uma das mãos dele deslizarem do meu peitoral, até minha barriga. Abri os olhos devagar, olhei para o lado, encontrando a toalha jogada no chão e assim que desvivei meu olhar para frente, meus olhos encontraram o de Changkyun. Nós nos encaramos por longos segundos, era muito bom poder vê-lo tão de perto novamente, sentir seus toques e sua respiração que batia em minha pele por causa da nossa aproximação, essa que ficava cada vez maior.

Me surpreendi quando Changkyun colou seus lábios nos meus, eu imediatamente senti uma vontade absurda de chorar, pela primeira vez em muito, mas muito tempo, minha vontade de chorar não vinha de dor ou tristeza, mas sim de felicidade e alívio.

- Kihyun, você sabe que nós dois temos muito o que conversar, certo? - ele sussurrou ofegante, com os lábios rentes aos meus assim que separamos nossos lábios e depois me deu um selar demorado.

- Sim, mas eu não acho que agora seja uma boa hora. - ele tocou minha cintura e aproximou nossos corpos um pouco mais.

- E por que não?

- Porque minha calça ainda está molhada e eu posso pegar um resfriado se continuar com ela assim.

- Eu não quero que isso aconteça.

- Então me ajude a tirar. - eu respondi e ele deu uma risadinha, que me fez dar um sorriso largo antes de atacar seus lábios novamente.