A Bad Life [Changki; 2won]

46. Chegou o dia

CHANGKYUN POV

Já haviam se passado cinco meses desde o ocorrido com o pai de Kihyun e eu ainda não havia conseguido me acostumar novamente com a ausência dele. Vê-lo todos os dias e não poder me aproximar, não poder toca-lo ou beija-lo, aquilo era horrível. Meu quarto se tornou um lugar desconfortável e triste pra mim, enquanto eu estava lá, só conseguia me lembrar das tardes que eu e Kihyun passamos juntos por dois meses. Hoseok reclamava todos os dias, dizendo que eu não era o mesmo e eu concordava, toda vez que eu via Kihyun era como se eu levasse um golpe em uma ferida aberta, todas as vezes, na mesma ferida, isso fazia com que eu me sentisse cada vez pior e ficasse diferente.

Faltando mais ou menos dois meses para o aniversário do Kihyun, eu já estava começando a pensar no que eu faria quando o dia chegasse. Eu fiquei um mês inteiro perturbando o Hoseok com várias ideias, até finalmente decidir e por causa disso, fiquei ansioso até a data.

— Pra quem não conseguia sorrir direito a meses, você parece bem feliz hoje. — Hyungwon disse enquanto se sentava no colo de Hoseok e tinha sua cintura abraçada pelo mesmo.

— Chegou o dia — eu o respondi sorrindo e continuei terminando de preparar minha surpresa para Kihyun — O Kihyun vai voltar a ser meu, eu vou ajudar ele a diária daquela casa, nós vamos finalmente ser felizes juntos e eu nunca mais vou deixar ele se afastar de mim.

— Você não está se precipitando Changkyun? Digo, vocês não se falam a meses, não é melhor você conversar com ele antes de planejar tudo assim?

— O Kihyun me ama, Hoseok. Você sabe muito bem o porquê de nós estarmos afastados, eu tenho certeza de que ele está tão animado e ansioso quanto eu.

— Eu acho lindo o que vocês sentem um pelo outro, mas toma cuidado com isso, tudo bem? Kihyun é complicado demais.

— Eu sei que ele é, mas eu o amo mesmo assim.

— Sim, você o ama muito, é isso que me preocupa.

— Por quê?

— Você tem sofrido por causa dele desde aquele dia na boate, desde a primeira vez que vocês se viram e só tem sofrido cada vez mais desde então.

— Isso vai mudar a partir de hoje, nós conversamos sobre isso antes de tudo aquilo acontecer. Vai ficar tudo bem agora. — eu disse sorrindo e peguei as coisas — Está quase na hora que ele geralmente chega, preciso esperar na porta.

— Nós também vamos, você preparou bem tudo isso, eu não perderia por nada. Espero que der tudo certo.

— Vai dar. — o respondi e me retirei da sala.

Andei até um local próximo à entrada da escola, ignorando os olhares sobre mim, que com certeza era por causa do que eu segurava: um buquê e um origame de coração enorme, que eu fiz com cartolina e deu muito, muito trabalho, mas eu sabia que valeria a pena.

Eu estava nervoso e ansioso, minhas mãos soavam e tremiam um pouco. Esperei aquele dia por meses, meus sentimentos por Kihyun ainda eram os mesmos e eu tinha certeza de que os dele também permaneciam intactos.

Observei diversas pessoas passarem pela porta e toda vez que alguém aparecia e eu via que não era Kihyun, eu ficava ainda mais nervoso.

Ele apareceu alguns minutos depois e assim que me viu, começou reduziu a velocidade com que andava e se aproximar devagar, com uma expressão séria e aparentemente triste no rosto, aquela definitivamente estava longe de ser a reação que eu esperava.