31. Meu namorado

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Nós fizemos como o combinado, eu fui para a biblioteca e Changkyun apareceu poucos minutos depois. Eu ainda estava inseguro em relação a isso, pensei em desistir o tempo todo, mas assim que entrei no táxi, não tive mais essa opção.

Não demoramos para chegar na casa de Changkyun, ele não morava perto da escola, mas também não tão longe. Nós saímos do carro e ele segurou minha mão, me guiando para dentro da casa. Assim que entramos, encontramos uma mulher, ela era bonita e muito elegante, eu simplesmente gelei. Não esperava encontrar alguém alí, sequer pensei nessa possibilidade.

— Já chegou? O que houve? — a mulher perguntou ao se aproximar e dar um beijo na testa de Changkyun, eu soltei a mão dele e desviei o olhar.

— Eu preferi vir para casa hoje...

— Você eu não conheço... — ela disse me olhando e eu fiquei sem reação, não fazia ideia do que dizer.

— Eu sou amig...

— Meu namorado. — arregalei os olhos e encarei Changkyun, meu coração começou a acelerar imediatamente.

— Ora ora, quando foi que você me parou de contar as coisas?

— Eu estou contando agora, não estou? — ela riu e deu uma rápida acariciada em meu cabelo

— É um prazer conhecer — eu apenas assenti e forcei um sorriso, achei mal educado da minha parte, mas não consegui agir de outra forma

— Não está atrasada? — Changkyun perguntou e a mulher olhou para o relógio em seu pulso.

— Sim, muito. Preciso ir. — ela saiu da casa praticamente correndo e Changkyun gargalhou, segurou minha mão novamente e me guiou até a cozinha.

— Está com sede? — ele disse ao abrir a geladeira e eu assenti

— Por que disse pra sua mãe que eu sou seu namorado?

— Por que não diria? Eu pensei que fosse sério dessa vez.

— É, mas... Eles não se importam?

— Com o que? Se eu namoro? — ele me entregou um copo de suco.

— Não exatamente, quer dizer...

— Se eu namoro um... garoto? — eu assenti e ele deu uma risadinha baixa — Para minha mãe isso é irrelevante e meu pai diz que eu tenho sorte.

— Sorte?

— Sim, ele diz que mulheres são muito complicadas, então acha que eu tenho sorte em preferir me relacionar com outros homens — ele riu e se aproximou de mim — Isso é porque ele ainda não te conheceu. — dei um sorriso fraco e desviei o olhar, aquilo havia me deixado um pouco chateado, eu não gostava de ser complicado — Tudo bem? — ele perguntou em um tom preocupado e eu assenti.

— Eu... preciso estudar, tenho prova semana que vem.

— Está bem, vamos? — ele me estendeu a mão e eu a aceitei.

Changkyun me levou até seu quarto, ele estava certo, eu sentia falta daquele lugar. Olhei para a cama e não pude segurar uma risadinha baixa.

— Do que está rindo? — eu neguei com a cabeça e me aproximei dele, o dando um selar demorado e o arrancando um sorriso largo — Eu estudo alí — ele apontou para uma mesa perto da cama — Tem alguns livros que meu pai me deu também, pode dar uma olhada neles e ver se algum ajuda você... — eu assenti e andei até a mesa, coloquei minha mochila sobre ela e me sentei.

— E você?

— Só tem uma cadeira aí, então vou ficar por aqui mesmo —  ele pegou um conjunto de moletom e sorriu — Eu vou tomar banho, quer vir também?

A Bad Life [Changki; 2won]Onde histórias criam vida. Descubra agora