32. Pecado

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— Changkyun!

— Calma, não custava nada tentar... — ele riu e eu acabei rindo também — Toma, vista — ele me jogou outro conjunto de moletom e eu arqueei uma sobrancelha.

— Para que isso?

— Para vestir. Essa é uma das vantagens de ficar aqui e não na biblioteca, aqui você não precisa continuar com esse uniforme horrível.

— Eu não acho ele tão ruim assim... — eu disse em um tom baixo e ele riu

— Claro que não! É bem a sua cara gostar desse tipo de roupa.

— Você acha isso engraçado?

— Eu gosto, é o seu jeito, é único e eu gosto disso. — eu sorri e ele também — Se você ainda estiver vestindo isso quando eu sair do banho, eu mesmo arranco de você.

— Chang... — eu o chamei e ele me olhou — Eu... acho um pouco anti-higiênico usar roupas limpas sem tomar banho antes.

— Anti-higiênico é uma palavra engraçada... — ele riu e eu desviei o olhar — Mas eu concordo com você. Quer ir primeiro?

— Não, eu... Quer dizer, não acha melhor fazermos isso juntos? — um sorriso largo se formou em seus lábios, o que me deixou ainda mais envergonhado

— Pensei que você não quisesse.

— Foi você que ofereceu primeiro — ele riu e apontou para o banheiro com a cabeça, andou até o mesmo e eu o acompanhei.

Nós entramos no banheiro e Changkyun logo começou a retirar o uniforme, vi que ele estava com dificuldade para tirar a gravata e ri enquanto terminava de tirar a minha.

— Eu sempre me atrapalho pra tirar esse negócio.

— Quer ajuda? — ele assentiu, eu me aproximei e comecei a desfazer o nó de sua gravata

— Você faz isso parecer tão fácil...

— E é. — retirei a gravata dele e comecei a desabotoar sua camisa

— A sensação de depender de você é muito boa.

— É só uma gravata... — eu disse rindo e ele me puxou pela cintura

— Eu não referi somente à gravata Kihyun, eu me referi à mim por inteiro. — eu fiquei feliz em ouvir aquilo, era bom saber que eu não era o único entre nós dois que se tornou dependente do outro. Acariciei o rosto de Changkyun e o deu um selar demorado

— Vamos tomar banho logo, hm? — ele assentiu e nós logos terminamos de nós despir e entramos no box.

Me posicionei embaixo do chuveiro e quando Changkyun o ligou, me assustei ao sentir a água cair sobre mim de repente, o que o fez rir. Ele se aproximou de mim e me puxou pela cintura fazendo com que nossos corpos ficassem colados e os dois ficassem posicionados de baixo do chuveiro.

— Não podemos ficar parados assim com o chuveiro ligado. É pecado jogar água fora, Chang.

— Pecado é você ficar nú perto de mim e não me deixar te tocar.

— Mas você está me tocando.

— Você entendeu o que eu quis dizer, Kihyun. — ele disse e aproximou o rosto do meu, eu abracei o pescoço dele e o beijei. Changkyun me preensou contra a parede e eu grunhi quando minhas costas foram de encontro ao piso frio. Ele interrompeu o beijo, depositando um beijo no meu queijo e outro em meu pescoço. Ele encarou meu corpo por alguns instantes enquanto deslizava os dedos por algumas partes dele.

— O que foi?

— Seu corpo... existem cicatrizes e marcas em cada canto dele... — ele disse e eu desviei o olhar, me senti envergonhado — Seu pai faz isso com você, não é? O Minhyuk me contou, você pode se abrir para mim, Kihyun. — eu não o respondi, apenas assenti — Eu posso evitar que isso aconteça de alguma forma? — ele perguntou enquanto acariciava meu cabelo.

— Você pode evitar que piore se afastando de mim.

— Você sabe que eu jamais farei isso, tem que ter outro jeito.

— Não, não tem, mas... você pode me distrair e fazer com que eu esqueça de tudo isso, pelo menos por um tempo. — ele sorriu e me beijou novamente, senti suas deslizarem até minhas nádegas e as apertarem com vontade.

A Bad Life [Changki; 2won]Onde histórias criam vida. Descubra agora