39. Acabou, Kihyun.

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Me perdoem por esse capítulo e não desistam de mim. Vocês se lembram do que * significa, certo? Esse capítulo será basicamente isso... Caso alguém realmente pule essas partes, não se preocupe, isso não prejudicará o entendimento do restante da história.

Dêem amor à "I Miss You", eu postei hoje e ela ta carente 😔✊

Boa leitura!¡

*
Meu pai acertou o rosto de Changkyun com um soco e o empurrou, ele tentou tocar em mim, mas Changkyun o impediu, se colocando entre eu e ele novamente.

— Sai da minha casa.

— Eu não vou deixar você encostar nele. — meu pai segurou os pulsos dele, tentando o puxar, mas ele resistiu.

— Vai embora, Changkyun. — eu disse em meio ao meu choro e ele me olhou, ainda tentando evitar que meu pai o puxasse, mas eu acabei o distraindo e ele foi jogado no chão.

— Não.

— Você só vai piorar as coisas. Vai embora, por favor.

— Não escutou? Vai embora. — meu pai gritou o puxando pelo braço, ele não resistiu mais, apenas deixou que o mesmo o colocasse para fora do quarto.

Meu pai se virou já começando a retirar seu cinto e se aproximou de mim devagar. Eu conseguia ver a raiva em seus olhos, meu coração batia de forma acelerada e eu tremia de medo.

— P-Pai, me desc... — eu comecei a dizer entre o choro, mas parei assim que ele começou a tentar retirar minha blusa com apenas uma mão — O que o senhor está fazendo?

— Eu quero te atingir, tire essa merda. — ele me respondeu em um tom alto, bruto e frio. Retirou minha blusa de forma agressiva e logo fez o mesmo com minha calça, me deixando apenas com minha peça íntima. Ele me puxou pelo braço, me levantando com força e eu senti uma dor absurda na região do meu ombro. Ele me jogou no chão, eu logo senti um chute em minha cintura e outro em meu estômago — Eu vou te ensinar a ser homem, Kihyun. — ele praticamente gritou antes que eu sentisse o primeiro choque do cinto contra o meu corpo.

Ele me golpeava com o cinto com toda força e vontade que tinha, parando apenas para me acertar com chutes e socos em cada canto do meu corpo, até mesmo em meu rosto, mas logo voltando a utilizá-lo enquanto gritava xingamentos absurdos, me chamando de diversos nomes. Meu corpo inteiro tremia a cada golpe, todo ele ardia e queimava, eu gritava involuntariamente e chorava sem parar. Eu pensei que fosse morrer.

Apanhei por quase vinte minutos, até que meu pai finalmente parou e se agachou ao meu lado, levou sua mão até meu pescoço e começou a aperta-lo. Eu não resisti, não teria força alguma para tentar, então apenas o encarei, implorando com o olhar para que ele me soltasse.

— Se você tiver algo com um garoto mais uma vez — ele disse e apertou ainda mais sua mão em meu pescoço — eu mato você. — seus olhos encontravam os meus e seu olhar passava raiva e ameaça, enquanto o meu, apenas medo e desespero. Ele soltou me soltou e continuou alí, agachado ao meu lado — De onde aquele garoto é? Onde você o conheceu? — eu não conseguia o responder, meu corpo inteiro doía, eu estava fraco, sequer tinha voz depois de ter gritado tanto. Senti um soco em meu braço, o que doeu muito mais do que deveria, já que qualquer mínimo toque em mim naquele momento, me causaria uma dor absurda. — Me responda!

— C-Curso... — eu menti, em um tom baixo, quase impossível de escutar, mas o máximo que eu conseguia.

— Qual?

— Mate... — engoli seco — Matemática — o tom saiu ainda mais baixo.

— A porta da frente estava trancada, por onde ele entrou?

— V-Varanda. — eu o respondi e ele se levantou.

— Você só tem curso uma vez por semana — pegou meu celular na mesinha de cabeceira e o olhou — É por aqui que vocês se falavam, não é? — eu não o respondi e nem assenti, apenas o encarei, ele se aproximou da janela e jogou meu celular longe, para o lado de fora — Acabou, Kihyun. Esse foi o meu primeiro e último aviso em relação a isso. — ele disse e se retirou do quarto, me deixando alí, jogado no chão, deitado. Eu estava acordado, mas era como se eu não estivesse, eu não me mexia, nada passava pela minha cabeça. Eu não conseguia me mexer, cada canto do meu corpo ardia e doía, então eu apenas fiquei alí, estático, olhando para o nada. De todas as surras que eu já havia levado, aquela foi, sem dúvida alguma, a pior.
*

Continuei deitado no chão por um bom tempo, até que eu resolvi me levantar devagar, eu soltava um gemido de dor a cada movimento. Me sentei em minha cama e logo depois me deitei. Tudo doía, eu sequer conseguia respirar fundo sem sentir uma dor absurda. Me ajeitei na cama com dificuldade e comecei a chorar. Eu chorei por longos minutos, até adormecer.

A Bad Life [Changki; 2won]Onde histórias criam vida. Descubra agora