A noite caiu fria, o mês de agosto estava ainda na metade, Caio adentrou a cozinha, abraçando ela pelas costas.
__ A ferinha pegou no sono lá no sofá. Posso o levar para o quarto se quiser.
__ Pode deixar, eu mesma faço isso. - se virou ficando cara a cara com ele.
__ Vai terminar o que começou hoje pela manhã? - enfiou a mão por baixo de seus cabelo, segurando sua nuca, deixando suas bocas ainda mais próximas.
__ Cobrando dívidas, Caio Santelli?- indagou em voz baixa.
__ Sempre as cobro, sou um homem de negócios. - a mão que estava em sua cintura a segurou mais forte para que o corpo dela colasse ao seu.
__ Senti um tom de ameaça nessas suas palavras...- brincou, o sorriso lascivo nos lábios.
__ Garanto que me pagará e ainda ficará querendo dever mais... Até hoje, ninguém reclamou de mim por fazer essas cobranças....
Enquanto falava suas mãos subiam por suas costas, indo em direção a um dos seios.
Adriane gemeu, seu corpo derretia a cada toque dele. O calor do beijo, a habilidade das mãos para lhe excitar, o jeito que a beijava.
Sabia que estava perdida, quando tudo acabasse, sofreria demais, mas como resistir a ele?
O fato de terem um filho, tornava as coisas mais difíceis, no entanto, agora, era tarde, pra fugir de tudo isso. Estava, loucamente, apaixonada por Caio.
Se desvencilhou devagar.
__ Você sobe ou eu desço?- indagou, dando uma mordida no lóbulo da orelha dele.
__ Subimos. Eu te espero no quarto. - declarou, a voz baixa perto do seu ouvido, causando ondas de arrepios em sua espinha.
Fez com que a mão dela pousasse sobre o membro duro sob a calça, mostrando o tamanho seu desejo.
Adriane deu a volta na mesa retangular e foi à sala. Heitor dormia tranquilo, o rostinho vermelho afundado na almofada macia.
Caio se adiantou, pegando ele no colo, que abriu os olhos devagar, sonolento, sorriu.
Adriane subiu as escadas; a sua frente as duas pessoas que amava.
Ele depositou o garoto na cama o cobrindo com a coberta grossa, imediatamente, ele retirou os braços para fora.
Adriane olhou para Caio explicando.
__ Não gosta de dormir com os braços cobertos, desde bebê é assim. - sussurrou.
Lembrou que Caio também tinha o mesmo hábito; ficou na esperança que ele se desse conta do quanto tinham em comum.
__ Não tiro a razão dele, também não gosto.
__ Eu sei. Cada vez que dorme comigo eu te cubro.- disse apagando a luz.
Saíram em silêncio, a última coisa que queriam naquele momento, era que Heitor despertasse.
Adriane abriu a porta do quarto dando passagem para ele; fechou e se encostou nela, com as mãos para trás, esperando uma iniciativa dele.
Caio se aproximou lentamente, a esmagando com seu corpo; ela sentiu seus músculos apertarem os seios, sua boca sendo tomada por um beijo nada delicado.
Num impulso ele a levantou, fazendo com que suas pernas se enrolassem nele.
Caminhou até a cama, sem desgrudar de seus lábios que ardiam, tamanha a fúria com que eram beijados. Todo o desejo de Caio foi expresso naquele beijo; sua língua invadindo a boca de Adriane a deixando quase sem respiração.
Ele a deitou na cama e rapidamente, tirou a calça jeans que ela usava, junto, a calcinha minúscula. Ela se encarregou de tirar seu próprio blusão. Era urgente, não queria esperar nada.
Ele deitou ao seu lado, passando as mãos em desespero sobre suas coxas lisas, as afastando para que se abrissem e dessem passagem para seus dedos acariciarem sua intimidade.
Adriane gemeu ao sentir o dedo de Caio ser introduzido dentro dela, molhando ainda mais seu sexo que fervia de tanto desejo.
Ela se derretia toda com os movimentos firmes dentro dela, quase a levando a gozar.
Caio era um amante experiente, sabia interpretar cada a movimento do seu corpo. Ele retirou o dedo e desceu, abrindo ainda mais suas pernas, lambendo delicadamente cada parte de sua intimidade, se concentrando no clitóris entumescido, que pulsava de prazer a cada passada de língua.
Não era hora dela gozar ainda, queria prolongar aquele momento. Acalmando um pouco, seus movimentos, subiu, beijando sua barriga, chegando até seus seios, redondos, firmes e com os bicos duros, esperando para serem acariciados.
A língua de Caio, circulou um mamilo e depois o outro e um gemido de êxtase escapou da garganta dela. A mão desceu novamente, até seu sexo, agora, em movimentos circulares sincronizados com o movimento de sua língua em um dos bicos do seio.
Não demorou muito e o prazer explodiu, balançando o corpo de Adriane involuntariamente, a fazendo gemer alto, mordendo o lábios, atirando cabeça para trás.
Ainda com seu corpo tremendo foi penetrada, com força, numa estocada só e Adriane soltou um grito abafado.
Caio mexia com movimentos fortes de vai e vem, acelerando e parando, observando as reações do rosto de Adriane.
A conexão entre eles, não se revelava naquele olhar como apenas sexual. A conexão era de sentimentos, porém, ambos procuravam ignorar isso, temendo a reação um do outro.
Os olhos fixaram-se nos dela enquanto a penetrava mais forte e mais rápido; sentiu quando as paredes apertadas dela se contraíram fortemente, ao redor de seu membro e ela gemeu palavras desconexas, o corpo estremecendo de prazer.
Caio acelerou mais e gozou, as ondas de prazer subindo por todo seu corpo, liberando seu líquido quente dentro dela. Ele respirava ofegante, afundando o rosto em seu pescoço, os cabelos dela se emaranhado nele.
Caio levantou a cabeça e observou o rosto de Adriane, afogueado, a respiração acelerada.
Sorriu e depositou um beijo carinhoso em seus lábios, caindo para o lado, a puxando de encontro ao seu corpo.
Adriane podia ouvir as batidas de seu coração, enquanto beijava seu pescoço levemente.
__ E então, paguei minha dívida? - gracejou ela, se referindo a conversa da cozinha.
__ Com juros e tudo o mais que o mercado financeiro exige. sorriu, lânguido.
Ficaram um tempo assim, assimilando a confusão de emoções que sentiam, mas que temiam em expressar com palavras.
Caio quebrou o silêncio após aqueles minutos.
__ Você me disse que precisa conversar ... quer falar sobre isso agora?
Adriane levantou o corpo, escorada no cotovelo pra poder o encarar.
__ Quero muito te contar algo, Caio. O assunto é sério, prefiro que seja numa hora em que não estejamos assim... - mostrou a nudez deles.
__ Falando assim, nem posso imaginar o que seja. Eu também quero conversar, falar das minhas prioridades daqui pra frente...falar de futuro... Quanto ao que tem pra me contar, saiba que nada do que me disser vai mudar nossa relação. Esse assunto sério é do seu passado, né?
Ela assentiu com a cabeça.
__ Eu sei que você vai entender... Nestes últimos dias, eu senti que posso confiar em você.
Ela passou a mão pelo rosto dele.
__ Agora, eu também fiquei curiosa. Fala em futuro. Por acaso, quer me dizer que vai se casar e me quer como sua amante?- ela brincou, mas no fundo tinha medo que tudo acabasse de uma hora para outra, talvez ele pudesse se apaixonar de verdade por alguém. Era um risco que corria: perder Caio.
Adriane não conseguiu discernir o que ele queria dizer com aquilo.
__ Tem algo a ver comigo esse assunto? - perguntou, agora séria, os olhos assustados.
__ Em parte sim.
Adriane deitou a cabeça no travesseiro, pensou em quais poderiam ser essas tais prioridades dele e os planos que tinha em mente em relação ao futuro.
Amanhã conversariam. - pensou procurando se acalmar. Não queria sofrer por antecipação.
Rolou na cama, levantando e indo até ao banheiro.
Quinze minutos mais tarde, foi ao quarto de Heitor, deixando a porta entreaberta. Precisava escutar se ele a chamasse. Voltou deitando ao lado de Caio, que a abraçou, para que se recostasse nele.
Amava ficar com ela assim, era quase tão bom quanto fazer amor ... sim amor. - concluiu em pensamento Caio. Era tudo tão diferente que isso o assustava e estar assim, frágil, diante de uma mulher nunca tinha acontecido, todas que já tinham passado por sua vida, nunca conseguiram despertar esse sentimento nele.
Ela tinha qualidades que lhe atraíam, até mais do que fisicamente. Dizer que seu filho sempre estaria em primeiro lugar, era algo muito familiar, que ele admirava.
Adriane era uma mulher simples, não ligava pra coisas materiais ou futilidades.
Apesar de estar fragilizada com a morte da irmã, procurava se manter em pé. Qualquer outra pessoa teria desmoronado com todo esse acontecimento trágico. Ela não. Sofria, isso ele sabia, melhor do que ninguém. Por vezes, a pegou olhando para o nada. Guardava a dor em algum lugar dentro dela.
__Caio...?- a voz baixa dela o tirou de seus pensamentos.
__O que é? - sussurrou com os olhos fechados.
__ Nenhuma das vezes, usamos preservativo.
Ele abriu os olhos, se virando para ficar de frente para ela.
A luz de cabeceira iluminando seu rosto anguloso.
__Não usei porque não quis. Esqueci da primeira vez em Madri, você também não lembrou..Sei que está limpa.
__ Não tem medo? Sei lá, que engravide só porque você é rico?
__ Sei que se cuida. Você só lembrou disso agora? Você não faria isso comigo, sabe que criar um filho sozinha não é fácil! Já tem essa experiência.
__ Sim, claro.
Pelas palavras dele, soube que se engravidasse, isso seria um problema só dela, então, resolveu falar que tomava precaução e que uma gravidez não fazia parte dos seus planos para o futuro.
__ Caio, tomo anticoncepcional, jamais engravidaria por interesse. Só perguntei porque nunca me indagou sobre isso e como não usamos nenhuma vez, preservativo, achei estranho que não ficasse com medo .
__ Quero que saiba que não corre risco nenhum comigo, sempre uso preservativo em todas as minhas relações, só que com você é diferente... Confio, só isso!
__ Obrigada por confiar em mim... Eu também confio em você. - ela aproximou mais o rosto do dele, beijando de leve seus lábios. __ A gente ficou quatro anos sem se ver e de repente ... virei sua secretária, sua amante...
__ E minha amiga... - afastou o cabelo que caía sobre a testa dela, a mão deslizando suave , fazendo o contorno delicado do rosto dela.
__ Você é diferente de todas. Eu disse que todas as mulheres são especiais quando estão comigo, mas você é mais... Acho que é essa relação de confiança entre a gente que faz tudo ser diferente.
Adriane sorriu e ele a beijou .
__ Cada vez que sorri não resisto.
__ Eu sei, já me disse isso, chefe...- disse e fechou os olhos, o sono chegando.Caio acordou, a claridade da manhã de domingo entrando pela venezianas da janela. Adriane dormia, os cabelos caindo por cima do rosto, impedindo a visão dele.
Ele retirou as mechas delicadamente, para não acorda-la, chegando mais perto para sentir o perfume dos seus cabelos.
Desceu a mão por baixo do edredom, acariciando um dos seios, ela gemeu baixinho ao toque suave.
Caio puxou a coberta, liberando os seios para que ele pudesse acariciar, admirando o quanto eles se excitavam sob seus dedos.
__ Caio...- resmungou, sonolenta.
__ Eu te quero tanto, Adri... Impossível ficar ao teu lado e manter o controle.
Pegou sua mão guiando até seu membro duro sob a cueca e Adriane o afagou devagar abaixando um pouco sua boxer, fazendo com que ele a ajudasse a tirá-la.
Apertou massageando em movimentos de vai e vem. Ele gemeu, procurando seus lábios, a mão livre brincando com o mamilo dela.
Num gesto único e rápido, ela subiu por cima dele, roçando seu sexo na quentura de seu membro, o sentindo pulsar na entrada de sua vagina.
O ajeitou em sua entrada e introduziu devagar, soltando um gemido de prazer, sentindo todo o seu tamanho a preenchendo.
Adriane movimentava-se devagar, sentindo-se poderosa , tendo o controle da situação, subindo e descendo lentamente, enquanto Caio gemia e acariciava seu corpo inteiro, dando mais atenção aos mamilos rosados, apertando os bicos entre os dedos delicadamente. Adriane agora, cavalgava mais rápido, sentia o prazer chegando.
Explodiu em êxtase. Caio gozou em seguida no mesmo ritmo dela.
Adriane tentava acalmar seu coração, que batia descompassado, sobre o peito de Caio.
Ele riu da sua agitação.
__ Que gulosa, desse jeito vai acabar comigo! Me atacou sem dó!
Ela não pode deixar de rir junto com ele, o rosto afogueado pelo esforço.
__ Já deveria me conhecer ... se provocar, vai ter que aguentar!
__ Você é maravilhosa! Faz tudo na maior competência! -desceu a mão dando um tapa em sua bunda.
Adriane saiu de cima dele, caindo ao seu lado no colchão.
__ Esse é o melhor jeito de começar uma manhã. - virou o rosto para encará-lo.
Caio desceu a mão por sua barriga lisa, parando em seu ventre, onde a fina linha da cicatriz de sua cesárea aparecia.
Passou os dedos pela extensão dela.
__ Dói?
__ Não, não tenho sensibilidade aí. Acha feio isso?-indagou, observando sua reação.
__ Não, em absoluto!
__ Tenho orgulho dela, me mostra todo dia por quem eu devo lutar nessa vida. Gerar um filho é algo maravilhoso!
__ Inacreditável...- continuava a acariciar seu ventre. __ que um bebê consiga sair daqui. A vida é um milagre divino e algumas pessoas nunca chegam a conhecer essa sensação.
A beijou suavemente nos lábios, rolou na cama e se dirigiu ao banheiro.
Adriane teve a impressão de sentir uma certa amargura na sua voz, não entendeu o porquê.
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Palavras Não Ditas 🔞 Proibido Para Menores 🔞.
RomanceAdriane conhece Caio, um homem bonito, charmoso e e extremamente sedutor, numa balada em Madri. Assim que seus olhos se cruzam, o desejo entre eles explode e então transam desvairadamente, sem medir as consequências de seus atos. Ao amanhecer, Caio...