Palavras Não Ditas 🔞 Proibido Para Menores 🔞.

Capítulo 36

A sexta feira chegou linda e ensolarada e Heitor era só alegria por causa do aniversário, já levantando agitado! Adriane amava ver ele tão feliz assim! 
Quando entrou no elevador foi logo anunciando ao casal de idosos, seus vizinhos.
__ Hoje é meu aniversário! Estou fazendo quatro anos! - mostrou nos dedinhos da mão.
__ Parabéns, Heitor! E vai ter festa?- indagou a senhora.
__ Sim, minha mãe vai buscar o bolo depois. Tem balão também!
Eles riram da felicidade do menino e olhando com carinho para Adriane.
__ Coisa boa ser criança! Estamos com saudades dos nossos netos. Moram tão longe... - disse o senhorzinho, passando a mão sobre os cabelos dourados. __ Que Deus te abençoe, Heitor!
Assim que Adriane deixou o filho na escola, rumou para o escritório. Tinha vários assuntos a resolver naquela manhã.
Entrou, ainda era cedo, na sala que agora era divida com Caio. Ele ainda não tinha chegado.
Ligou seu computador e estava concentrada em mandar alguns e-mails que tinham ficado pendentes do dia anterior quando ouviu vozes vinda da sala de Cíntia. A voz de Caio era inconfundível. Seu corpo todo entrou em alerta e respirou fundo, tentando se acalmar.
Havia sonhado com ele a noite passada. No seu sonho, eles faziam amor e tinha sido tudo tão real, que pode sentir o calor das mãos e da boca dele percorrendo sua pele nua quando despertou.
Afastou as lembranças e tentou manter o foco no trabalho.
__Bom dia, Adri! - cumprimentou ele.
Só o fato dele chamá-la assim, a desmoronava. Porque ele tinha de ser tão sensual quando mencionava seu nome?
Passou a mão pelo pescoço e esse gesto não passou despercebido por Caio.
__ Algum problema? Está passando bem, Adriane? - indagou ele a encarando preocupado.
__ Sim, nada demais. Estou ansiosa, só isso! Heitor levantou hoje, agitando o coreto!
__ Não é pra menos, hoje é o aniversário dele! Comprei um presente, tomara que ele goste! - disse Caio, sorrindo.
__ A festinha será às dezesseis horas. Ao meio dia, levarei o bolo até lá.
__ Adriane, não precisa vir à tarde. Trabalhou muito essa semana. Sei que ficou acordada até de madrugada, nesta semana, fazendo o projeto que te dei, nada mais justo que tire a tarde pra resolver a vida de Heitor.
__ Eu te agradeço, porque realmente vai ser bem corrido meu almoço.
Ele se aproximou, espalmando as mãos em cima da mesa dela. O rosto muito perto do seu .
__ Almoça e depois, você resolve tudo. Não tem comido direito. Não quero que fique doente novamente.
Adriane sentiu o perfume da loção após barba; aquele perfume a deixava ainda mais excitada.
Sorriu disfarçando.
__ Claro. Prometo que a semana que vem, entro na linha.
__Semana que vem nada! Hoje! - disse firme. __ Almoça comigo, naquele restaurante aqui perto?
Adriane levantou, ficar tão perto dele assim, não a deixava raciocinar direito.
Seguiu em direção à porta.
__ Não posso demorar mais do que uma hora no almoço! Aceito o convite!
__ Vou pedir a Cíntia que reserve uma mesa pra gente, assim ganhamos tempo.
A manhã passou rápida e alguns minutos antes do meio dia, ela e Caio saíram para almoçar sob o olhar ciumento de Cíntia.
O pequeno restaurante estava cheio. A  funcionária os levou até a mesa reservada, num canto, não muito agitado
__ Estou morrendo de fome, não comi nada pela manhã. Você tem razão, Caio, quando diz que não ando me alimentando direito.
__ Pelo menos concorda comigo em algum ponto. - disse ele, pegando o cardápio, correndo os olhos por ele.
Adriane pediu um suco de laranja, bife e salada verde.
Caio a acompanhou .
__ Tem notícias do seu pai, Adri? - indagou.
__ Sim, falei com ele ontem à noite. Ligou para dar os parabéns a Heitor. Está bem, na medida do possível. Quando fui visitá-lo levei algumas coisas de Ariane pra ele. Está demorando para superar o que aconteceu com ela.
__ Compreensível... e o namorado dela, nunca mais o viu?
__ Pessoalmente não. Falei com ele há uns dias aí...sinto tanto por ele... me disse que pretendia pedi-la em casamento... Hoje seria um dia especial pra ela... aniversário do Heitor. O tempo passa tão rápido...parece que foi ontem que ele nasceu.
__ Nunca me falou disso. Como foi? Correu tudo bem?
__ Nasceu às dez e quinze de uma quarta-feira; chovia muito. Eu internei, fazia quase uma semana, estava com pressão alta... A única pessoa que me companhou todo esse tempo foi Ariane. Sempre quis parto normal, mas devido a minha pressão elevada, Heitor nasceu por cesariana.
__ E correu tudo bem?
__ Não.  Ele teve alguns problemas respiratórios e ficou dois dias na CTI Neonatal, mas quando dei alta ele veio comigo pra casa.
Caio a mirou sério.
__ Eu sinto muito, talvez se tivéssemos nos encontrado de novo, as coisa teriam sido diferentes entre nós.
__ Você não acreditaria em mim, como não acredita agora.
__ Adri, se ponha no meu lugar... eu tenho um exame que comprova minha esterilidade. Não é que não acredite em você... - ele suspirou. __ A nossa conversa  sobre confiança aquele dia,... errei ao te dizer muitas coisas, mas depois refleti. Esse projeto, que é o meu sonho, é a prova que confio em você. Jamais deixaria ele nas mãos de uma pessoa que não me inspirasse confiança. Eu sei que se o exame der negativo, será devido a um erro de cálculos do tempo de sua gravidez.
__ Não vai dar, Caio! Ele é seu filho! E eu quero que saiba que te entendo também. Esse exame que você diz que fez está errado!
Caio bebeu um gole do suco, depositando o copo na mesa e levou a mão, passando o nó dos dedos em suas bochechas.
__ Meu irmão disse que também existe essa possibilidade... Não quero discutir com você, estou cansado disso!  Hoje é o aniversário dele, vamos pensar em Heitor, tá bem?
Ela assentiu com um sorriso.
__ Claro. - concordou.__Vamos parar com isso. Somos adultos e não dois adolescentes!
O almoço transcorreu tranquilamente.
Saíram do restaurante, indo até o estacionamento da empresa e Adriane se despediu de Caio.
__ Não esqueça é às dezesseis horas. Heitor ficará decepcionada se não for.
__ Estarei lá, não se preocupa, tá? - se aproximou e a puxou pela cintura, fazendo com que seus lábios se colassem num beijo.
A boca macia dele, movendo-se sobre seus lábios, a língua atrevida pedindo passagem. Adriane sentiu seu sexo pulsar de desejo e o empurrou com delicadeza.
__ Caio, estamos no estacionamento da empresa! - lembrou a ele.
__ Sério? Nem percebi! - sorriu. __ Não me importo!
__ Vão comentar!
__ Já disse não me importo! - reiterou. __ Daqui a pouco nos encontramos no aniversário.Girou nos calcanhares e seguiu rumo aos elevadores.
Adriane o contemplou pelas costas. Perfeito como sempre. A camisa branca contrastando com o preto da calça social, os cabelos castanhos dourados bem cortados...
O beijo dele ainda latejava em seus lábios e seu corpo todo vibrava.
Abriu a porta do seu carro e entrou
Caio estava diferente. Sempre quis manter a discrição, porém não se importou em beijá-la na frente de vários funcionários que se locomoviam por ali.