Capítulo 10

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Adriane apareceu na sala.
__ O jantar está pronto. - anunciou. __ Se não se importarem, o banheiro é a esquerda, podem ir lavar as mãos. Heitor, mostra pro tio Caio, como é que se lava bem a mão.  Aposto que ele não sabe! - Adri piscou para Caio. 
__ Vem, tio Caio! Vamos lá no banheiro. Eu aprendi na escola.
Caio foi puxado pela minúscula mão. Levantou do tapete e acompanhou o garoto.
Da sala, ela ouvia, Heitor falando com Caio. Sorriu e voltou a cozinha. 
Heitor atravessou a sala correndo, estava mais disposto e Caio o seguia. 
Adriane pôs o menino sentado numa cadeira um pouco mais alta.
__ Senta Caio, por favor! - pediu, apontando uma cadeira para ele.
__ O cheiro está bom, acho que fiz bem em ficar para jantar.
Adriane abriu a terrina de sopa, o líquido fumegava, exalando o aroma no ar.
Pegou o prato de Caio e o serviu e em seguida, pôs um pouco para o filho, que torceu o nariz.
__ Nem vem, mocinho, precisa comer. - ordenou Adriane. __Fiz com carinho... vamos, prova!
__ Está uma delícia, Heitor! Vou comer e repetir.
Heitor observou Caio tomando a sopa e aceitou uma colherada do líquido. E assim foi, de colherada em colherada, ele tomou toda.
__ Muito bem, garotão! Você tinha razão, sua mãe cozinha muito bem! 
__ É, cozinha ... mas faz bagunça! - Heitor fazia referência a tia que sempre reclamava disso.
Caio não conteve a gargalhada e olhou para a pia, cheia de louça.
__ Acho que sua mãe não é muito organizada na cozinha, mas isso não tira o mérito dela. A sopa estava muito gostosa! 
Olhou para ela, agora, sério.
__ Estou sendo sincero. Precisa me convidar mais vezes para vir aqui!
__ Minha casa está aberta pra receber visitas, é só aparecer. Também estou sendo sincera, acredite.
Acabaram o jantar e Heitor foi para sala assistir desenho animado, deitado no sofá.
Caio olhou para a pia. 
__  Acho que terei que lavar a louça, pelo menos foi assim que me ensinaram. Se alguém cozinha, o outro tem que lavar. - disse pegando a esponja e o detergente.
__ Imagina, Caio, eu dou um jeito nisso depois, enquanto espero minha irmã chegar. Não vai lavar a louça na primeira vez que vem a minha casa !
__ Claro que vou! - disse jogando um pano de pratos pra ela, que agarrou no ar.
__ Eu lavo e você seca!
__ Está bem. - concordou.
Adri espiou pela porta.
__ Graças a Deus a febre foi embora. Se persistisse teria que levar ele ao PS.
__ Adriane, desculpa minha intromissão, sei que estou sendo chato pra caramba, mas porque insiste em criar o garoto sem o pai saber que ele existe? É notório que Heitor sente falta de um.
Adriane se surpreendeu com a pergunta, mas manteve  a calma.
__ Eu sei que estou sendo egoísta, porém tenho medo de fazer ele sofrer, caso conte e seja rejeitado. Não saberia explicar isso ao meu filho. É um modo de proteção.
__ Vai chegar um momento que vai querer saber quem é  o pai dele. Os filhos crescem no final da história, sabia disso, moça? Conta primeiro, ao pai, dependendo da reação, conta depois, a Heitor.
Adriane não tinha muito o que dizer. Cortou o assunto.
__ Estou pensando nessa possibilidade. Vamos acabar logo com essa louça, estou começando a congelar aqui.
__ Ok. Não vou tocar mais nesse assunto. Percebo que isso te aborrece, não quero que me interprete mal. - falou, desligando a torneira e secando as mãos no pano que ela oferecia a ele.
Quando chegaram a sala, Heitor dormia.
__ Vou levá-lo para o meu  quarto. Fico mais tranquila, com ele dormindo ao meu lado quando está doente. 
__ Eu levo. Só me mostrar onde fica. - pediu, já com Heitor no colo.
Adriane passou na frente, Caio a seguiu.
Ela tirou a colcha da cama, puxando o edredom para que ele depositasse o menino num dos lados, o cobrindo e  ajeitando os travesseiros.
Saíram em silêncio. Adriane estava incomodada com a cena, típica de um pai e filho. Se sentiu culpada por estar escondendo a verdade, no entanto precisava primeiro conhecer bem Caio para poder revelar a verdade. Não queria fazer seu filho sofrer.
Caio puxou o celular e olhou as horas.
__ Está tarde. Vai esperar sua irmã acordada? 
__ Sim. Gosto de conversar com ela. Sempre fazemos isso. 
__Posso te fazer companhia até ela chegar?- indagou ele.
__ Claro. Daqui a pouco, estará aí.
Ele afundou no sofá. Adri sentou em frente, puxando as pernas para cima. Um costume que tinha para esquentar os pés.
Ele a contemplou e riu.
__ Qual o motivo da graça?- indagou curiosa.
__ O jeito como você age em casa... diferente. No escritório tem uma postura impecável.
__ Está falando porque sentei desse jeito? - sorriu. __Lá, sou uma profissional, em casa, sou a mãe, a dona de casa...Ando só de meias, camisetão ... Esta sou eu, mãe do Heitor! 
Ele levantou e sentou ao seu lado. 
__ Em casa é uma mulher de verdade, é isso?
Ela sorriu, formando as covinhas no rosto.
__Sim, é isso. Tenho meu lado profissional e tenho meu lado case....
Não conseguiu terminar a frase. Caio se aproximou mais e a beijou, agarrando seu rosto com as duas mãos. Um beijo leve, suave.
Adriane não ofereceu resistência à língua dele quando o beijo se tornou mais sensual. Um  desejo insano, que há muito vinha guardando dentro dela, explodiu. Ele a puxou para mais perto, descendo uma das mãos para as costas, acariciando... subindo até os cabelos, os  soltou para que caíssem sobre seus ombros. Desceu a boca quente pelo pescoço, provocando arrepios e fazendo com que um gemido involuntário saísse de sua garganta.
Subiu novamente, procurando os lábios dela, agora com mais força. Uma das mãos entrou por baixo do blusão largo, acariciando um dos seios, circulando delicadamente, o polegar no bico.
Ela estremeceu e gemeu baixo em sua boca. 
Caio sorriu, a puxando para cima dele, fazendo com que seu sexo roçasse em seu pau, para demonstrar o quanto ele a queria.
A língua dele, exigia uma rendição, o beijo ficou ainda mais quente. Caio ergueu o blusão,  tirando do corpo dela. 
Ficou extasiado quando se deparou com seus seios firmes, os bicos entumescidos pelas carícias dele.

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