Palavras Não Ditas 🔞 Proibido Para Menores 🔞.

Capítulo 56

Adriane parou em frente ao prédio de Caio; já tinha escurecido. Ainda dentro do carro mandou uma mensagem, dizendo que estava ali em frente. Ele respondeu e pediu ao porteiro, abrir, para ela entrar. Ao sair do escritório, naquela tarde, ela recusou seu pedido para dormir no apartamento dela.
Ele não entendeu, afinal tinham feito as pazes, mas aceitou, não queria ficar discutindo, não agora, que as coisas começavam a se ajeitar, porém ficou um pouco decepcionado.
Adriane tinha planos para aquela noite e eles incluíam Caio.
Conseguiu que D. Cândida ficasse com Heitor e antes de lhe pegar na escola, passou num shopping e comprou uma lingerie nova.
O elevador abriu e Adriane avistou Caio encostado no batente da porta do apartamento lhe esperando. Vestia apenas uma calça jeans, os pés descalços.
Enquanto ela se aproximava, ele a admirava com desejo nos olhos e um sorriso nos lábios.
Adriane caprichou ao se arrumar para lhe encontrar; o vestido preto, curto, colado ao corpo, delineava suas curvas. Sandálias de salto alto e cabelos soltos. Uma maquiagem mais marcante completava o look. Na mão, uma garrafa de champanhe.
Retribuiu o sorriso e passando os braços ao redor de sua cintura procurou os lábios para um beijo sensual; Caio a puxou para dentro e fechou a porta com o pé.
Sem desgrudar de sua boca, Adriane foi guiada até o sofá e espichou o braço, largando a garrafa na mesinha ao lado.
As mãos de Caio entraram por baixo do vestido, enquanto beijava seu pescoço, provocando arrepios em Adriane, que enterrou os dedos nos cabelos dele, inclinando o corpo, numa linguagem que os dois entendiam muito bem.
Ela sentiu sua ereção roçando sua coxa e abriu o botão da calça, enfiando a mão para lhe acariciar, sentindo seu membro quente pulsar devido a estimulação a que estava sendo submetido. Caio gemeu sob o toque e Adriane sorriu maliciosa ao notar que ele sentia prazer. O empurrou com delicadeza, ficando em pé a sua frente e o desejo dela queimava em suas entranhas.
Os olhos de Caio, agora, eram de um verde mais escuro e todo o seu desejo se refletia em seu olhar.
Ela abriu o fecho do vestido e o tirou devagar, dando tempo para que ele saboreasse sua imagem, sexy, de salto alto, com a lingerie vermelha, de renda transparente.
Caio sentado, estático, esperava o próximo passo de sedução, que não demorou muito, pois ela se aproximou puxando sua calça jeans jogando num canto qualquer da sala. Ajoelhou em meio as coxas bem definidas dele e começou com os lábios um trajeto torturante, que levava ao seu membro duro.
A boca de Adriane brincou sensualmente, perto dele, fazendo Caio gemer diante da expectativa do que viria a seguir.
Sem pudores ela o chupou com gosto, massageando em movimentos de vai e vem; os olhos cuidando suas reações a cada sugada em seu membro. Dar prazer a ele a deixava ainda mais excitada.
Caio não aguentando mais aquela deliciosa tortura, a puxou procurando com desespero seus lábios e sentindo seu gosto neles. Suas bocas se encaixaram perfeitamente, num beijo quente e sensual, enquanto ele abria seu sutiã, expondo os seios com os mamilos crescidos, a espera do toque de suas mãos hábeis.
Adriane soltou um gemido quando os dedos de Caio apertaram o bico de um deles, causando uma leve dor misturada com prazer e sua língua desceu a procura, rodeando o mamilo numa carícia enlouquecedora.
Adriane roçava seu sexo na coxa de Caio, o apertando contra seu corpo, sentindo todo seu calor.
O desejo entre eles era pura explosão e Caio afastou a minúscula calcinha para introduzir um dedo, que deslizou sem resistência para dentro dela, devido ao estado de excitação em que se encontrava. Ela ofegava enquanto era penetrada daquela forma e seu corpo todo estremeceu quando seu clitóris foi massageado e a fez perder o juízo em ondas de prazer. Ela gemeu alto, involuntariamente.
O silêncio entre eles só era quebrado pelos gemidos que ambos emitiam a cada carícia. Caio então, a trouxe para cima dele, para que fosse penetrada por seu membro, que a preencheu por completo. Adriane suspirou, esperando um momento, até que se acostumasse com o tamanho dele e então começou, se movimentando lentamente, rebolando sensual com tudo dentro dela, num sobe e desce alucinante para os dois, aumentando a velocidade, conforme o clímax chegava, primeiro pra ela e logo após para Caio. Gozaram intensamente, matando a saudade daqueles dias em que estiveram afastados.
Aos poucos, suas respirações foram voltando ao normal, enquanto se beijavam, tentando prolongar ao máximo aquele momento entre eles.
Ao final do beijo, se olharam e sorriram satisfeitos e Caio afastou os cabelos dela que caiam sobre o rosto.
__ Eu te amo, Adri! Enlouqueci todos esses dias longe de você! - confessou, ainda meio ofegante.
__ Eu também te amo! Quase morri de tristeza em pensar que, talvez, tivesse que te deixar. Adriane segurava o rosto dele entre as mãos, enquanto o mirava dentro dos olhos.
Caio deslizou a mão por suas costas a abraçando e ela chorou.
Ele se assustou.
__ Aconteceu algo que não gostou?
Ela negou com a cabeça, mordendo o lábio inferior, tentando segurar as lágrimas que insistiam em cair.
__ Não Caio, é que depois do nascimento de Heitor, hoje é o dia mais feliz da minha vida. Por noites, sonhei com você dizendo que me amar e agora, tudo virou realidade e eu não consigo acreditar.
Caio limpou suas lágrimas com os polegares e a beijou de leve.
__ Muitos dias felizes ainda virão e eu garanto que cada um deles será mais feliz do que o outro. Confia em mim. - pediu acariciando sua bochecha.
Ele se recostou no braço do sofá e a puxou para que deitasse em seu peito. Adriane podia sentir seu coração batendo forte devido a todo esforço que fizera. Ela ergueu um pouco a cabeça para que pudesse encará-lo. Ela lembrou de Heitor.
__ Caio? Vamos ter que contar a Heitor que terá um irmãozinho...
__ Ou uma irmã. Uma menina vai me dar trabalho... - brincou.
Adriane riu do comentário.
__ Acha? Terá Heitor para protegê-la depois que crescer.
Caio depositou um beijo em seus cabelos.
__E se for um menino, os dois vão praticamente, crescer juntos. Como eu e Matheus. Uma pergunta: deixou meu filho com quem para estar aqui comigo?
__ Com D. Cândida. Não vou dormir aqui com você... tenho que estar em casa antes da meia-noite. Não poderia dizer a D. Cândida que iria deixá-lo sob seus cuidados porque vinha transar com o pai dele. - sorriu.
__ Eu poderia ter ido ao seu apartamento e aí dormiríamos juntos.
Adriane juntou as sobrancelhas em dúvida.
__ Não gostou que eu tenha vindo...só quis te fazer uma surpresa e fazer amor sem nos preocuparmos. Desculpa se não gostou.
Caio riu e a apertou contra o seu peito.
__ Apressada, como sempre, em tirar conclusões. Eu amei que tenha vindo. Só fiz a pergunta porque poderia tê-lo deixado com Julio e sabe que não gosto dele. Aliás, ficou me devendo uma conversa sábado à noite sobre Julio conhecer Matheus...
Adriane suspirou.
__ Caio...Julio é meu amigo...Ele não gostaria que eu falasse de sua intimidade para os outros.
Caio se recostou melhor, puxando uma almofada para suas costas.
__ Qual o segredo, hein? Porque não posso saber? Sabe bem que já tenho uma certa implicância de vocês estarem sempre grudados e agora, meu irmão...não consigo entender nada.
Adriane, cada vez que vai almoçar com ele fico roendo as unhas. Não gosto dele perto de você!
Ela o encarou, levantando o corpo, escorando-se no cotovelo.
__ Se eu te contar, vai guardar segredo? Detestaria perdera amizade dele. Não gosto que fique pensando mal de Julio. É uma das melhores pessoas que conheci na vida e não há motivos para ter ciúmes... ele é gay.
Um sorriso largo apareceu nos lábios dele.
__ Tá me dizendo isso pra eu parar de implicar, né? - duvidou Caio.
Adriane falou com a fisionomia séria:
__ De jeito nenhum! Estou falando sério. Lembra que te disse que ele tinha um caso complicado? Ele ama outro homem!
__ Tá, deixa eu ver se entendi: ele, na empresa tem a maior pinta de macho alfa. Eu vi ele dando em cima de você!
__ Caio, ele queria te fazer ciúmes. Queria que você olhasse pra mim de um modo diferente...que você me enxergasse mais do que simplesmente um dos seus casos.
__ E você concordou? Não, porque se bem me lembro, seu olhar era de alguém que estava apaixonada por ele.
Adriane não pode segurar a gargalhada, só o fato dele lembrar, já o deixava de cara amarrada.
__ Caio... eu também queria que me enxergasse de outra forma. Parece que funcionou. - ela riu e
subiu pra cima dele, uma perna de cada lado do seu corpo.
Ele estendeu a mão e acariciou seu seio, descendo para seu ventre. Ficou passando os dedos por ali de leve.
__Ô, se funcionou! Queria esganá-lo cada vez que ele tocava em você. Eu já estava apaixonado. Até aí, tudo bem, mas aonde Matheus entra nesta história?
Adriane franziu a testa, meio sorriso nos lábios.
__ Sei que não vai gostar, mas me prometeu de não falar nada. Promete mais uma vez?
__ Prometo. - cruzou os dedos sobre os lábios.
__ Liga os pontos, Caio? - sorriu fazendo alusão as próprias palavras dele.
Caio ficou um tempo, em silêncio, raciocinando e então sério, indagou:
__ Eles são... - parou um momento tentando achar as palavras. Estava surpreso. __ Julio morou em São Paulo... veio há 3 anos de lá... Matheus, também me disse que tinha coisas mal resolvidas ...Eles se conhecem de São Paulo! - a ficha caindo aos poucos. __ Ah, Adriane está querendo me dizer... Não, para!
__Estou Caio! É exatamente, o que está pensando. Eles foram namorados lá. Seu irmão nunca quis assumi-lo. Brigaram e ele veio para cá.
Caio a retirou com cuidado de cima dele e se levantou, pegando a champanhe e indo à cozinha.
Era difícil aceitar que seu irmão gostasse de alguém do mesmo sexo.
Adriane foi atrás. Ele pôs a garrafa a gelar e Adriane, o abraçou por trás.
__ Caio... sei que é difícil de assimilar, mas eles se amam! Três anos longe e nenhum esqueceu do outro. Imaginou se fosse a gente?
Caio se virou. Sua expressão era serena.
__ Na verdade, acho que estou aliviado. Matheus sempre foi um pouco diferente. Sempre conversávamos muito, acho que nunca teve coragem de me contar.
__ Julio me disse que ele demorou pra se aceitar. Não podemos julgá-los, Caio! As coisas acontecem...
__ Eu estou surpreso, só isso. Não tenho preconceitos, Adri!
__ Matheus virá para cá, na festa da Santelli, melhor ir acostumando vê-los juntos. Tudo indica que vão voltar. Entendeu agora, porque me dou tão bem com Julio? Ele me entende, me apoia e eu o aceitei do jeito que é! Quando está comigo não precisa fingir por medo de não ser aceito.
Caio tocou seus lábios nos dela, num selinho.
__ Se for pra serem feliz , não vou criar obstáculos e tal... São adultos e sabem dirigir suas vidas!
__ Claro. Espero que esta revelação não chegue aos ouvidos de nehum dos dois, Caio. Seu irmao vai contar e tenho certeza que você será o primeiro a saber. Mostre que você o ama, não fazendo julgamentos, por favor!
__ Não os julgarei, Adri. Confia em mim?
__ Confio. Sei que não vai me decepcionar. Eu te amo!
Ele sorriu, a puxou, saindo da cozinha e indo em direção ao quarto, a levou ao banheiro.
Pôs a banheira encher e Adriane sorriu maliciosamente.
__ Não esqueci de quando veio aqui, naquela manhã, cobiçou fazer amor dentro dela. Temos ainda bastante tempo ainda e só para te avisar , vou dormir no seu apartamento depois. E será assim todas as noites, até acharmos uma casa para morarmos.- anunciou.
__ Casa?
__ Sim, ou acha que vou criar duas crianças presas dentro de um apartamento? Nem pensar!
__ Casa dá muito trabalho, Caio! - retrucou Adriane.
__ Dá mesmo. Vou ajudar a baixar os índices de desemprego no país... A gente contrata empregados.
__ Não para os nossos filhos! Quero cuidar deles. É nossa responsabilidade, Caio!
__ Claro que é! Por isso teremos pessoas que cuidarão dos outros afazeres para podermos passar o maior tempo possível com nossos filhos. - declarou correndo a boca pelo pescoço dela, a fazendo se derreter.
Ligou o chuveiro, deixando a água escorrer por seus corpos enquanto as bolinhas de espuma se formavam na banheira, junto ao box.
Adriane achou que seria mais difícil pra Caio aceitar a homossexualidade do irmão, no entanto o fato de também estar apaixonado, o amoleceu.