Capítulo 4.

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Narrador (a): Jay

A minha rotina foi igual à todos os dias de todos os anos. Eu me acordo, depois vou acordar o meu irmão, que é praticamente meu filho e depois eu vou me aprontar pra ir pro colégio. E parece que eu realmente vou tá com maré de azar esse ano, pois eu descobri que o Harry Hook estuda lá. O que significa que a maré de azar não vai ser só minha, mas também vai ser da Mal. Os dois namoraram, só que aí ela pegou ele aos beijos com outra. E além disso, ele também deu em cima da minha prima e quase estragou o namoro dela. Pra falar a verdade, ele estragou. Tanto que o cara mudou de cidade. Mas que ele foi um belo cretino, isso foi. Nem deixar ela se explicar ele deixou. E pelo que eu ouvi, ele tá voltando. E eu não tenho a menor ideia de como contar isso pra Jade. Ela ficou super magoada com ele. Mas quer saber? Se ele voltar, eu espero que ele não invente de vim aqui em casa, caso contrário, eu espero sinceramente que a minha prima bata a porta na cara dele.

Jay: - Jacob, você já tá pronto?

Jayk: - Sim.

Jade: - Quem é que vai ficar tomando conta da loja hoje?

Jayk: - Eu posso?

Jay: - Quer ver o nosso pai sendo processado por trabalho infantil?

Jayk: - Não.

Jade: - Eu fico na loja essa semana, já que você ficou semana passada Jay.

Jay: - Beleza. Agora vamos antes que o meu velho esgane nós três.

Como eu disse, meu pai é um grande médico, mas não é fácil ser filho dele. Pra falar a verdade, isso não é fácil nem pra mim e nem pro meu irmão. Como ele tá sempre mergulhado no trabalho, eu e a Jade nos viramos pra cuidar do Jayk. É assim desde que a minha mãe faleceu. E sinceramente, o meu pai é a versão masculina da Cristina Yang, a médica da série que ele me obriga a assistir. E isso também vale pra Jade e pro Jacob. Ele quer que toda a nossa família seja formada por médicos. Segundo ele, isso é uma tradição de família. E detalhe: toda a minha família é descendente de alquimistas que possuem origem islâmica. Mas ele não é muito de seguir os preceitos da religião. Ele já rompeu com essa parte há muito tempo. Só que a única coisa que ele não entende é que eu não tenho vocação nenhuma pra ser médico. E outra, ser policial não é tão ruim assim. Eu só não tenho coragem de falar isso pra ele porque eu sei que ele sempre imagina que, caso eu vire policial, eu vou morrer levando um tiro de algum bandido. Apesar de tudo, ele é um ótimo pai, mesmo sendo super ausente, mas é um ótimo pai.

Narrador (a): Lonnie

Sabe aquele dia em que você acha que vai tá tudo bem e acaba tendo uma surpresa super desagradável? Pois foi exatamente isso que aconteceu comigo. Eu fui abrir a porta pra sair de casa, pegar a minha moto e ir pro meu colégio junto com o meu irmão mais velho e adivinha? Eu me deparo com o meu ex namorado parado na porta da minha casa com flores. Se eu soubesse que o Juan era tão paranóico desse jeito, eu jamais teria aceitado namorar com ele. Pra falar a verdade, se eu pudesse voltar no tempo, eu nunca teria feito essa besteira. Com certeza eu teria ouvido os meus pais e o Li'l.

Jane: - Oi Lonnie.

Lonnie: - Oi Jane.

Jane: - Nossa que mau humor. O que aconteceu?

Lonnie: - O Juan teve lá na minha casa com flores Jane. Foi isso que aconteceu.

Jane: - Nossa. E o que ele fez?

Lonnie: - O de sempre.

Jane: - Caramba. Ele não se toca mesmo.

Lonnie: - Eu já tô a ponto de chamar a polícia pra prender ele.

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