Capítulo 18.

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Narrador (a): Cruel

Hoje a professora passou um trabalho super bacana. Ele vai durar a semana toda e no fim teremos que fazer uma redação sobre ele. O trabalho em questão foi o seguinte: ela nos deu um ovo e disse que a partir dessa semana, eles vão ser nossos filhos. Eu achei maneiro, mas eu sei que tem gente que vai querer levar esse trabalho bem a sério.

John: - Eu acho que vou cozinhar esse ovo.

Cruel: - Você cozinharia um filho?

John: - Claro que não.

Jayk: - Eu vou colocar em prática o que o Jay sempre faz comigo.

Evol: - Já eu vou deixar o meu ovo na geladeira e no final de semana escrever a redação. Eu sei o que eu tenho que fazer. É mole tirar dez.

Cruel: - É mole? Acha que tomar conta de um bebê é fácil?

John: - Cruel, é só um ovo.

Jayk: - Mas a nossa tarefa é tratar o ovo como se fosse um bebê. Acha que o Jay, a Jade, o Carlos e o Diego colocavam eu, o Cruel e a Carol na geladeira quando tinham outra coisa pra fazer?

Evol: - Quando a minha mãe tinha outra coisa pra fazer, ela me deixava com a minha tia ou com os meus irmãos e com a minha prima.

John: - Eu sempre ficava com a minha tia ou com a minha irmã.

Jayk: - A minha história vocês já sabem. Quando eu não tava com o meu pai e com a minha tia...

Cruel: - Você ficava com a Jade e com o Jay. Ainda bem que o Carlos tinha o Diego pra ajudar ele comigo e com a Carol. Nós vamos fazer esse trabalho e vamos fazer bem feito.

Narrador (a): Harry

Esse James é bem misterioso mesmo. O meu avô não tava de brincadeira quando disse que o cara tem umas manias bem esquisitas. No começo, eu achava que fosse exagero dele, mas agora eu vejo que ele tava falando sério. Outro dia, eu vi ele conversando com o Juan, o ex namorado doido da Lonnie. Eu tenho razões de sobra pra não gostar daquele rapaz. Primeiro porque ele é paranóico. Não sei onde a Lonnie tava com a cabeça quando aceitou namorar aquele desequilibrado. O ciúme do cara era tanto que uma vez ele invadiu o colégio feito um doido varrido dizendo que eu tinha dado em cima da Lonnie, sendo que eu só tava conversando com ela e outras pessoas sobre um trabalho em grupo. A situação, tanto minha como a dela só não ficou pior porque a dona Nanny, a mãe da Jane, já conhecia muito bem a personalidade daquele ser. Aqueles dois tão escondendo alguma coisa. E seja lá o que for, com certeza não é nada bom.

Neal: - Harry, Harry!

Harry: - Que foi tio Neal?

Neal: - Você realmente não ouviu nada do que eu falei.

Harry: - Ouvi sim.

Neal: - Então repete o que eu disse.

Harry: - É...

Neal: - Eu sabia.

Harry: - A minha cabeça tem dado voltas ultimamente.

Neal: - É natural. Até porque a gente acabou de voltar de um enterro.

Harry: - Você ainda tem uma quedinha pela Robin não é?

Neal: - Você já conhece a história Harry. Ela tem o sonho de se aventurar. E eu quero criar raízes.

Harry: - Eu não quero te ver magoado. Aliás, nem eu e nem os meus irmãos.

Neal: - Eu sei.

Harry: - A Evie me disse que ela resolveu passar uns dias aqui.

Neal: - Acho que vai ser bom pra ela e pra dona Zelena. Elas tão mesmo precisando recuperar os laços familiares.

Harry: - Com certeza.

Narrador (a): Mal

Depois do enterro da minha mãe, eu fui pro quarto relaxar um pouco. O Ben foi super legal comigo. Me deu apoio e ficou do meu lado o tempo inteiro. Ele e eu não somos próximos, mas posso dizer que ele é meu amigo, apesar de nós já termos nos beijado naquele espetáculo. E também teve aquela vez em que nós nos beijamos nos corredores da escola. E estávamos só nos dois ali, sozinhos. Mas se eu quiser mesmo viver alguma coisa com ele, eu vou ter que mostrar que é pra valer. Eu fiquei muito tempo presa ao passado. E agora eu quero recomeçar a minha vida. O Ben é super fofo, além de ser bem gentil. E por mais que o meu coração tenha ficado acorrentado desde aquele dia, eu quero abrir ele outra vez. Porque eu posso ser desse jeito, mas eu sou humana.

(Música If Only)

Mal: - Quem tá aí?

Ben: - Mal, sou eu.

Mal: - Ben? O que você tá fazendo aqui?

Ben: - Vim te ver.

Mal: - Você é louco.

Ben: - Quando a gente tá apaixonado, faz qualquer coisa pra ficar perto da pessoa que ama.

Mal: - Isso inclui até ficar pendurado na janela?

Ben: - Sim. Não vai me convidar pra entrar?

Eu ri e abri a janela pra que ele pudesse entrar. Assim que ele entrou, não perdeu tempo. Me agarrou e me deu um beijo. Eu apenas fiz o que o meu coração mandou. Correspondi o beijo. Mas como os seres humanos necessitam de ar pra respirar e viver, Ben e eu tivemos que nos afastar. E uma coisa eu tenho que admitir: estou me sentindo como se fosse uma princesa.

(Música Love)

Narrador (a): Evie

Até que vai ser legal ter a Robin por perto. Apesar de sermos primas, nós somos distantes. Na verdade, ela e a tia Zelena moraram aqui em casa até eu completar cinco anos. E depois disso, elas foram embora. Ela é uma boa pessoa, embora tenha a mania de achar que é melhor que todos em tudo. Alguns jovens realmente são exibidos. Mas eu sei que ninguém é melhor do que ninguém. Mas se essas pessoas querem pensar assim, eu não posso fazer nada. E no fim, as pessoas sempre acabam levando um belo tombo.

Robin: - É impressão minha ou o Rolland tá agindo de forma estranha?

Evie: - Parece que ele tá namorando.

Robin: - Sério?

Evie: - Só que ele tá com receio de apresentar a namorada dele pra gente.

Robin: - Quem será essa garota?

Evie: - Eu já perguntei isso pra ele.

Robin: - E o que ele disse?

Evie: - Que ela tem a nossa idade.

Robin: - Ele enlouqueceu de vez?

Evie: - Amor não tem idade.

Robin: - Tem razão.

Evie: - E você? Teve algum relacionamento amoroso?

Robin: - O único relacionamento que eu tive ficou aqui. E você?

Evie: - Eu tô namorando um garoto da minha sala. O nome dele é Doug.

Robin: - Pela sua carinha, você tá bem apaixonada.

Evie: - Estou sim. Bastante apaixonada.

Robin: - O Doug tem sorte. Se te magoar, vai se ver com a nossa família e com a Mal.

Evie: - Falando nela, ela tá tendo uma espécie de flerte com o Ben, que é o melhor amigo do Doug.

Robin: - O destino gosta de criar surpresas.

Evie: - É verdade. E eu sinto que nós teremos muitas surpresas pela frente.

Continua...

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