Trapalhadas e Peripécias

Capítulo 20.

Narrador (a): Percy

Eu só posso resumir essa reunião de família em uma única palavra: desastre. Porque foi isso que ela foi, um completo desastre. A Mal foi embora aos prantos, coitadinha. Ainda tá abalada pela perda da mãe e ainda teve que ouvir aquelas duras todas do tio Zeus. E o pai dela ainda deixou ele esculachar ela. Se bem que, aqueles três ali são tudo, menos bons pais. Eu nem pensei duas vezes. Fui embora com os meus filhos e com a minha esposa imediatamente depois daquela confusão e o restante fez a mesma coisa. Porque se for pra ficar ouvindo o meu pai e os meus tios se acharem os donos da razão, eu não fico de jeito nenhum.

Gabriel: - Essa foi a pior tarde da minha vida.

Patrícia: - Da minha também. Depois que eu terminar de tomar banho, eu vou mandar uma mensagem pra Mal e pra Uma.

Annabeth: - O avô de vocês e os irmãos dele são assim mesmo.

Percy: - Eu vou mandar uma mensagem pro Nico e depois vou terminar de resolver umas coisas.

Gabriel: - O senhor não vai ficar com a gente pai?

Patrícia: - Gabriel, ele só vai falar com um amigo, depois ele se junta à nós.

Annabeth: - Isso mesmo. Vão tomar banho crianças. Depois do que aconteceu, vocês precisam relaxar.

Percy: - Todos nós precisamos meu amor.

Narrador (a): Evol

Eu e a minha turma estávamos fazendo um trabalho em grupo. Na verdade, a gente ia esperar o Hadie, mas como ele tinha um compromisso, a gente começou sem ele. A porta se abriu e ele entrou com uma cara péssima. Acho que a reunião de família não foi tão boa assim, pois a Evie me mandou uma mensagem dizendo que a Mal saiu de lá aos prantos depois de ter tomado uma dura do tio dela. Eu tenho muita pena dela, dos primos e dos irmãos dela. Com uma família como essa, ninguém precisa de inimigos.

Auràdyne: - Evol, eu queria te fazer um convite.

Evol: - Pode falar. Sou todo ouvidos.

Auràdyne: - É que a minha família vai dá um baile pra comemorar o fim do ano. E eu queria saber se você...

Evol: - Se eu quero ir?

Auràdyne: - É.

Evol: - O convite em questão é só pra mim ou se extende pra minha família?

Auràdyne: - É pra você e pra toda sua família.

Evol: - Ótimo. Eu vou falar com a minha mãe. Se ela não tiver nenhum compromisso, a gente vai.

Narrador (a): Neal

Eu fui levar a Lucy e a Chelsea pra dá um passeio. Sabe, pra elas se conhecerem melhor. E eu vi uma pessoa que eu pensei que nunca mais veria. Eu não vou negar que eu fiquei muito abalado. A Robin foi meu amor de infância. Pra falar a verdade, ela foi a primeira e a única garota que eu já gostei. Só que o meu relacionamento com ela não deu certo. O motivo? Ela sempre foi aventureira, só que ela sempre colocava as aventuras dela acima de tudo, até mesmo da própria família. Eu sou mais o tipo de pessoa que gosta de ficar num lugar só ao invés de sair por aí feito um doido varrido pra se embrenhar no meio do mato. O resultado disso tudo foi uma briga feia. Depois disso, eu nunca mais quis saber de relacionamento nenhum. Ou seja, eu ainda continuo solteiro.

Robin: - Oi.

Neal: - Não reconhece mais o seu ex?

Robin: - Neal?

Neal: - Surpresa.

Robin: - Você mudou muito.

Neal: - Você também mudou.

Robin: - É verdade. A gente já tinha se visto no enterro da mãe da Mal, mas...

Neal: - Eu sei. Nós não tivemos oportunidade pra conversar.

Robin: - Sim.

Neal: - Você deve ter vivido muitas aventuras.

Robin: - Vivi mesmo.

Neal: - Eu ainda continuo do mesmo lugar.

Robin: - Que bom que você não mudou.

Neal: - Sério?

Robin: - Claro que é sério.

Neal: - Quando é que você e a sua mãe vão voltar pra São Francisco?

Robin: - Na verdade, ela e eu estamos voltando pra ficar. Nós ficamos muito tempo afastadas.

Neal: - Que bom. Eu estou feliz por vocês duas.

Robin: - Neal.

Neal: - O que é?

Robin: - Eu espero que possamos ser amigos.

Neal: - Eu também espero ter uma relação tranquila com você.

Narrador (a): Juan

Ficar no mesmo lugar sempre me dá um tédio danado. Então eu resolvi sair pra dá uma voltinha pela cidade. O problema de pensar é que toda vez que isso acontece, eu fico pensando em quem? Na Lonnie. Um passarinho me contou que ela tá namorando a praga do Jayden. Fala sério, o que aquele bruto tem que eu não tenho? Ok, eu sei que pisei na bola e cometi uns erros, mas eu amo a Lonnie de verdade. E eu vou fazer de tudo pra tirar aquele garoto do caminho. Eu não vou perder a Lonnie pro Jayden nem que eu tenha que morrer, nem que eu mesmo tenha que matar o Jayden. Ela não vai ficar com ele. Não vai.

Talissa: - Ei! Seu desastrado!

Juan: - Desculpa. Eu... Talissa?

Talissa: - Eu te conheço?

Juan: - Não tá me reconhecendo não?

Talissa: - Juan?

Juan: - É. Sou eu.

Talissa: - Nossa. O tempo realmente fez um milagre e tanto em você.

Juan: - Sim. E ele também fez a mesma coisa com você. Você tá uma gata.

Talissa: - Obrigada. Ainda pensa na Lonnie?

Juan: - Você sabe que sim.

Talissa: - Parece que o destino foi generoso comigo.

Juan: - Por que?

Talissa: - Eu preciso da sua ajuda pra me livrar de uma garota.

Juan: - E quem foi a coitada que mexeu com quem não devia?

Talissa: - O nome dela é Malvina Bertha, mas todo mundo chama ela de Mal.

Juan: - Olha, eu não sou o tipo de pessoa que acredita em destino, mas agora...

Talissa: - O que foi?

Juan: - Que tal fazermos uma aliança?

Talissa: - Que tipo de aliança?

Juan: - Eu te ajudo a se livrar da Malvina, e em troca, você me ajuda a se livrar do Jayden. O que você acha?

Talissa: - Feito.

Continua...