Capítulo 27.

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Narrador (a): Evol

Parece que o Rolland finalmente baixou a guarda e decidiu apresentar a Violet pra gente como namorada oficial. Eu vou ser sincero: ela é uma garota legal e não faz o que faz por maldade e sim porque é influenciada pela amiga dela, se é que dá pra chamar o relacionamento que ela tem com a Talissa de amizade. Aquilo ali tá mais pra relação de patrão e empregado. Espero que o meu irmão traga um pouco de lucidez pra mente dela. Mas isso não quer dizer que eu tô chamando ela de burra. Não é nada disso. Até porque de burra, a Violet não tem nada. Ela apenas não percebe que a Talissa é uma má pessoa.

Evie: - Não vai descer Edward?

Evol: - Oi Evie. Eu não vi que você tava aí.

Evie: - Pensando em alguma garota?

Evol: - Não.

Evie: - Não se preocupe. O nosso irmão vai ser muito feliz.

Evol: - Mas mesmo assim, eu fico preocupado com ele.

Evie: - Eu também me preocupo com o Rolland. Mas ele já é adulto e tudo que nós podemos fazer é apoiá-lo em suas decisões.

Evol: - Alguém já te disse que você é a melhor irmã do mundo?

Evie: - Você diz isso todos os dias.

Evol: - Eu sei.

Evie: - Bom, vamos descer. Afinal, temos que comemorar.

Evol: - Certo.

Narrador (a): CJ

O Harry agora deu pra ficar observando a casa onde o James tá morando todo o santo dia com um binóculo. Mas venhamos e convenhamos, esse cara é realmente perturbado da cabeça. Pra falar a verdade, a gente tá querendo saber qual é a dele com o Juan. Sério, ele tem uma afeição fora do comum por esse garoto.

Gil: - Ele conseguiu descobrir alguma coisa?

CJ: - Até agora, nadinha.

Gil: - Adivinha quem eu vi outro dia andando por essas ruas?

CJ: - O pai do Chad?

Gil: - Não. O Zevon.

CJ: - Como é que é? Gil, você tem certeza de que era ele?

Gil: - Claro que eu tenho.

CJ: - Mas ele tá sumido há um tempão.

Gil: - É. Eu também nem acreditei quando vi ele. Pensei que ele tivesse morrido.

CJ: - Por que será que ele voltou?

Gil: - Eu não sei, mas aposto que isso tem a ver com o porte das armas.

CJ: - Será?

Gil: - Você sabe que o Zevon sempre gostou de ganhar grana de forma fácil. Se a grana for preta então...

CJ: - É. Isso é verdade. Ele topa fazer qualquer serviço sujo.

Gil: - Essa história tá ficando cada vez mais estranha.

CJ: - Concordo. Primeiro a gente descobre as suspeitas sobre o pai do Chad, e agora temos a volta do Zevon.

Gil: - Mas seja lá o que ele tenha topado fazer, com certeza não é coisa boa.

CJ: - Eu não duvido nada.

Narrador (a): John

Assim que a minha irmã e o restante da família caiu na cama, eu me arrumei e fui direto pra casa da Chelsea. Como a festa foi cancelada, já que o pessoal foi proibido de ir por causa de umas coisas que, na minha opinião, é besteira, eu decidi esperar pra ir. Tive que entrar pela janela do quarto dela, e só pra constar, essa foi a pior ideia que eu já tive. Não sei como eu não quebrei a minha coluna. Se pra subir a sacada já foi difícil, entrar no quarto dela sem fazer barulho foi mais difícil ainda. E acredite, eu posso ser tudo, mas se tem uma coisa que eu não sou é discreto.

Chelsea: - Que bom que você tá aqui.

John: - Que tal a gente fazer uma festinha aqui mesmo no seu quarto?

Chelsea: - É uma ótima ideia.

John: - Posso te falar uma coisa?

Chelsea: - Sim.

John: - Eu te amo.

Chelsea: - Eu também te amo.

Eu não nego que a visão da Chelsea sempre me deixa louco. Mas hoje, ela me deixou mais louco ainda. Minha mãe e minha irmã dizem que isso ocorre porque os meus hormônios tão agindo dentro de mim. Mas uma coisa eu tenho que admitir: a noite foi ótima. Tanto pra ela como pra mim. E eu espero que o evento que aconteceu hoje volte a se repetir mais vezes.

Narrador (a): Robin

Eu admito: a escola é ate legal. Mas eu fiquei horrorizada quando vejo que, apesar de estarmos no século 21, as pessoas ainda ficam agindo como se fossem um bando de ignorantes. Tem gente que ainda se aproveita da inocência dos outros pra conseguir o que quer. Isso sem contar que tem a turma do baba ovo, que além de bajular os professores, não se acanha de pedir favor na maior cara dura.

Neal: - Eu sei. Isso é revoltante.

Robin: - O que você acha da gente fazer um blog?

Neal: - É uma boa ideia. Mas sobre o que você quer falar?

Robin: - Sobre como as pessoas são intolerantes.

Neal: - Meu pai sempre diz que a intolerância é a mãe de todos os conflitos.

Robin: - Minha mãe também fala isso. As pessoas ficam me julgando só porque eu sou uma garota com um nome de menino.

Neal: - Eu sei como é.

Robin: - Vai me ajudar nesse projeto ou não?

Neal: - Claro que eu vou. Pode contar comigo.

Continua...

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