Capítulo 13.

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Narrador (a): Carlos

Chamei a Jane pra sair comigo amanhã à tarde. Claro que ela demorou pra responder, até porque a maioria dos garotos que ela conhece são mauricinhos e já humilharam ela. Por um momento, eu até achei que ela fosse dizer não. Mas aí ela deu aquele sorriso meigo que eu amo e disse sim. Eu tô muito empolgado com isso, afinal esse é o meu primeiro encontro. Eu sei que a maioria das pessoas que eu conheço acham que eu já namorei várias garotas e tal, mas a verdade é que eu sou tímido demais. Só que quando eu tô perto da Jane, eu me sinto à vontade com ela. Acho que finalmente eu encontrei a garota certa pra minha vida.

Diego: - Que foi Carlos?

Carlos: - Chamei a Jane pra sair.

Diego: - É sério?

Carlos: - Eu tô com cara de quem tá brincando?

Diego: - Não.

Carlos: - Por um momento, eu achei que ela ia dizer não.

Diego: - Daqui a pouco vai ser o Cruel com uma namoradinha.

Cruella: - Com licença, estou interrompendo algo?

Carlos: - Claro que não mamãe.

Diego: - Imagina tia Cruella, a senhora nunca atrapalha em nada.

Cruella: - Carlos, daqui a algumas semanas teremos um evento na casa da Regina.

Carlos: - Ah, claro. A festa da empresa. Eu já tinha me esquecido disso.

Diego: - A família toda foi convidada ou dá pra levar um acompanhante?

Cruella: - Dá pra levar um acompanhante.

Carlos: - Ótimo.

Cruella: - Não se esqueçam disso.

Diego: - Não esqueceremos tia.

Carlos: - É. Pode deixar que a gente não vai esquecer.

Narrador (a): Aziz

Se tem uma pessoa mais azarada do que eu em assuntos amorosos, eu desconheço ou realmente não sei quem é. Eu tô tentando me aproximar da Freddie há mais de duas semanas e nada. Até ir naquele lugar sombrio que o pai dela chama de loja, que também é a casa dela, eu fui. Fala sério, aquele lugar me dá arrepios. Mas realmente, o pai dela é meio doidão. Não é a toa que chamam ele de Homem da Sombra. E o cara realmente faz jus ao apelido. Mas mesmo assim, eu gosto da Freddie e acho que o que eu sinto por ela é o suficiente pra aguentar um cara fajuto igual àquele como sogro.

Lonnie: - Que foi Aziz?

Aziz: - E aí Lonnie? Como tão as coisas?

Lonnie: - Tão ótimas. Tirando o fato do Juan ter ficado me mandando um milhão de mensagens.

Aziz: - Esse cara é maluco. Não sei onde você tava com a cabeça quando se envolveu com ele.

Lonnie: - Eu tinha só 14 anos e era imatura demais.

Aziz: - Imatura demais e sonhadora.

Lonnie: - Eu sei disso. Não precisa jogar na minha cara os meus erros.

Aziz: - Todo mundo comete erros.

Lonnie: - É verdade. Mas por que você tá com essa cara?

Aziz: - Eu tô gostando de uma garota, mas ela não me dá a menor bola.

Lonnie: - E quem é essa garota?

Aziz: - A Freddie.

Lonnie: - Você tá gostando da Freddie Facilier?

Aziz: - Tô. Mas e você? Tá afim de algum rapaz?

Lonnie: - Eu fiz uma amizade com o Jay.

Aziz: - O Jayden?

Lonnie: - É. Ele me defendeu do Juan.

Aziz: - Conversei com ele durante um intervalo algumas vezes. Ele é um bom rapaz.

Lonnie: - É. Embora tenha um jeito bruto.

Aziz: - Ele é bruto, mas pelo menos é bem mais educado do que o Juan.

Lonnie: - Mil vezes mais educado.

Aziz: - Agora eu tô pensando em um jeito de me aproximar da garota das sombras.

Lonnie: - Boa sorte com isso.

Aziz: - Obrigado.

Narrador (a): Jayk

Não vou mentir: odeio ser o irmãozinho caçula. E pra piorar as coisas, eu tenho um pai super ausente, não conheci a minha mãe, fui criado pela minha tia, mas em compensação, eu tenho o melhor irmão mais velho do mundo. Mas ele é praticamente meu pai, já que ele me acorda todas as manhãs, me dá a minha mesada, me dá bronca quando eu faço besteira, entre outras coisas. Semana que vem, eu já completo 14 anos. E o Jay e a Jade tão planejando fazer uma super festa pra mim.

Cruel: - E aí? Tá tudo bem?

Jayk: - Tá tudo ótimo.

Cruel: - Bom pra você.

Jayk: - Tá escondendo as coisas de mim?

Cruel: - Não. Claro que não.

Jayk: - Então desabafa. Afinal nós dois somos amigos desde que eu nem me lembro.

Cruel: - A nossa amizade é igual à amizade do Jay e do Carlos.

Jayk: - É. Do berço ao caixão.

Cruel: - Com certeza.

Narrador (a): Alexandra

Quando o Chad me disse que o papai desviou todas as cartas que a mamãe mandou, eu fiquei surpresa. E decepcionada também. Eu não sei o motivo da separação, até porque o meu pai e a minha mãe deixavam eu, o Chad e a Chelsea o máximo que podiam. Mas eu me lembro que os dois brigavam muito. E lembro que ela quis levar eu e os meus irmãos com ela. E com certeza ela teria nos levado, se não fosse o meu pai. Durante anos, eu pensei que ela nunca tinha se importado. Agora eu vejo que tava errada. E mesmo assim, eu não tenho coragem de olhar pra ela e pedir perdão. E nem sei se vou conseguir isso. Eu realmente espero conseguir, espero mesmo.

Continua...

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