Labaredas eternas

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Notas:  mas olha só quem apareceu aqui? Eu[jura?] como eu havia dito antes: este é o penúltimo capítulo. Quer dizer, se for pela lógica é antepenúltimo por causa do epílogo. De qualquer maneira tem CABOOMM porrada e outra onomatopeia q n to lembrando agora. *tentando lembrar de alguma coisa q eu tinha q escrever mas toda vez que chego aqui dá branco* como vcs podem ver coloquei End of life pq tenho um tesão mto especial nessa música e tem referência sobre ela no capítulo pq estou mto referenciosa nesta madrugada. Quero falar mais mas n to lembrando do q eu quero falar. Gente queria agradecer mto aos comentários, aos favs vcs são mto calorosas e me dão mto força p fzr isso aqui pq eu amo escrever [e é a unica coisa q eu faço da minha vida kkk] vcs animam o meu ócio e fazem dos meus dias algo bem legal de se viver. Well chega disso e vão ler labaredas eternas.



Eu sentia o ar me faltar no meu sonho. Também sentia suas mãos passeando meu corpo, naquele toque suave e gentil que sempre tinha. Os arrepios estavam presentes, assim como as lágrimas nos olhos.

Ele estava ali. Mas eu sentia tanto a sua falta.

E era insuportável.

A cada vez que respirava, que tragava seu charuto cubano, que sorria e que me olhava... Era como se eu estivesse tendo um ataque cardíaco. Porque eu não posso viver sem aquele que amo.*

A falta de ar passou a ser uma sessão sofrida de sufocamento. Eu já não conseguia respirar da maneira correta. Gerard foi se apagando na minha frente; se fragmentando...

Desaparecendo...

Então eu acordei apavorado e realmente sufocado. Um cheiro terrível de fumaça tomava meu quarto, junto a uma estranha sensação de calor. Estava suado, e usava a mesma roupa da "última noite" com Gerard. Levantei rápido, fui até a janela.

Quando abri...

A janela abaixo da minha estava sendo engolida por chamas violentas. Elas estavam chegando no meu andar, e eu não perderia mais tempo ali dentro. Peguei meu celular da mesinha e ainda peguei uma das minhas malas - que já estavam prontas para o dia seguinte e saí pelo corredor gritando por Jamia e Alex.

Os dois sairam afobados do quarto, tentando entender o que estava acontecendo. Do lado de fora, um alarido se formava.

Era o começo do fim.

Todas as lembranças estavam sendo consumidas pelo fogo. As memórias quentes, frias e doloridas. O hall provavelmente estava acabado naquele ponto. Foi lá o lugar no qual pela primeira vez falei com Gerard. Onde nos beijamos e fomos flagrados por Raj.

-O que está havendo? - Jamia perguntou vestindo seu roupão.

-Um incêndio no andar de baixo. - Falei. - Vocês têm alguma mala pronta? Se tiverem, peguem e vamos sair.

Eles correram de volta para o quarto, e tornaram ao corredor cada um com sua mala. Corremos até a porta, eles foram na frente e antes de sair por completo, já sabendo que eu nunca mais veria aquela sala, sequer os outros cômodos, parei e fitei o lado de dentro.

-...Adeus...

Não sei exatamente quando havia me tornado tão sentimental. Durante a passagem dos anos, eu me preocupei em ser aquele que não se importa. Sendo alguém assim, a vida seria menos... Cruel e dolorida. Mas nós somos feitos para sentir. Vivemos para sentir algo, seja bom ou ruim.

Percebia ali, no meio daquela leve fumaça que tomava conta do corredor do terceiro andar, quanto tempo eu havia perdido me comportando como uma pedra que não sentia porra nenhuma.

Foi inútil todo meu esforço. Pois em algum momento, todos nós sentiremos o peso desolador da vida.

Corri atrás dos dois, descemos as escadas apressados e demos de cara com Ludovico saindo de seu apartamento. Ele estava atordoado e assustado, e o guiamos até a escada que leva ao térreo

Drowning Lessons (Em Revisão) || Frerard ||Onde histórias criam vida. Descubra agora