Depois daquela situação de difícil digestão, Frank se viu obrigado a estar na presença da mulher novamente. Carmen, a mais misteriosa e de difícil entendimento mulher.
Ela usava uma blusa de mangas longas e gola alta de cor marrom. O dia estava particularmente frio, a cabeça de Iero doía por conta do perfume forte e masculino que ela usava, misturado com o vento gelado que passava naquela praça.
- Sinto muito por aquele dia. Achei que...
“Não. Você não achou absolutamente nada.”
- O que você achou? – Largou os papéis, os óculos e a encarou. – Que pode invadir a casa de alguém para fazer sabe-se lá o que?!
Ela abaixou o olhar para as próprias coxas.
Por que Frank sentia que aquele constrangimento na sua face era encenação?
- Eu sinto muito. Sinto muito mesmo. Eu... Achei que você estava em um lugar sozinho. Eu... Te achei muito bonito.
- Invadiu minha casa por me achar bonito? Carmem, pelos céus.
“Você precisa se tratar”
- Frank, me escuta! – Ergueu a cabeça e colocou a mão por sobre a sua. Iero sentiu pânico. Se Gerard soubesse que a adorável Carmem havia o tocado... – Eu realmente me interessei por você... – Sorriu. Ou pelo menos tentou fazer com que seu sorriso saísse sincero.
Porém Carmem não contava com o fato de estar lidando com uma pessoa incomum. Nada mais nada menos do que Frank Iero.
- Se interessou por mim, uh? – Franziu o cenho em preocupação.
“Da última vez que isso aconteceu, a pessoa que se interessou por mim saiu arrastada por enfermeiros e levado ao manicômio”
- Sim, pensei... – Tentou se explicar. - Eu e você somos solteiros... – Frank morreria mas não falaria para ela sua relação com Gerard. – Então, porque não, não é mesmo?
- Não. Você tem que tirar isso da sua cabeça, Carmem. – Frank observou o sorriso dela se desfazer.
- Como assim, Frank?! – Ela realmente parecia estar chateada. O que deixou Iero confuso.
Ele nunca desejou tanto saber falar italiano, para não ter que precisar da sua ajuda para ler os inquéritos e achar o “maldito rosto que o Gerard já viu”.
- Olha, não podemos ter nada, okay? Acho que é bom parar por aí... – Mas Frank não pôde continuar. Ela segurou o seu rosto e se inclinou.
“Gerard vai me matar. Dessa vez ele me mata.”
Todavia, o celular dela começou a tocar. Iero lembrou que Deus existe e o agradeceu pela bênção alcançada naquele banco de praça. Carmem olhou a tela e se levantou em um solavanco de raiva e deu passos pesados até ficar à uma determinada distância de Frank.
Ele que não tinha nascido ontem, levantou-se sorrateiramente e ficou à um metro dela. Por sorte – ou azar, o vento diminuiu um pouco, dando para escutar consideravelmente o que ela dizia.
- Eu sei! – Ela dizia, com o corpo um pouco inclinado para abafar o som de sua voz e não levantar suspeita. Mas claro que com a espreita de Iero, nada do que ela dizia iria passar em branco. – Mas isso leva tempo... Não! Não estou demorando... Não se preocupe! Já sei o que tenho que fazer. Não precisa repetir. – Desligou o aparelho e fitou a distância à sua frente.
- Problemas?
- OH! – Ela deu um pulo e se virou com a mão no peito. – Me assustou... – Respirou fundo.
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Drowning Lessons (Em Revisão) || Frerard ||
FanfictionFrank é um investigador pouco amistoso que é designado a um caso cujo o principal foco é o Green Palace, um edifício em uma localização estratégica e estranhamente aos arredores dos diversos pontos onde uma onda de assassinatos que foram primordia...