**Espaço Amor aos Denver's**- 3

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Sem revisão.

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Feita por Vanessa. 😘
VaneSilvaPe

Muito obrigada amoreco.

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Não, eles não ficaram juntos.

Pelo menos não ainda.

Aquele amor tão profundo e intenso sobreviveu, mas não foi cultivado, foi impossível para Sammy não se sentir um obstáculo entre Nik e seu filho primogênito, Samuel. Eles tentaram, e para Nik as coisas iam bem, mas não sabe como deixou as coisas chegarem ao ponto de sentir sua amada cada vez mais distante e ver o quanto seus sorrisos em direção a ele eram raros.
Doía em seu peito perceber que, mesmo a gravidez de seu filho amado tenha acontecido antes mesmo de conhecer o amor da sua vida, ele seja o responsável por tê-la perdido, por não ser capaz de fazer dela mulher mais feliz do mundo. Doía nela não ser forte o bastante para saber o que fazer e lidar com tudo ao mesmo tempo, tinha que admitir, criou um amor enorme por seu enteado, mas não era capaz de conviver com sua mãe, Alice, em paz e a mulher ardilosa sabendo disso criou cada vez mais coisas na cabeça do filho para que ele rejeitasse o amor que lhe era oferecido pela "boadrasta".

Sammy ainda se lembra de um dos episódios mais dolorosos dessa fase... Ela acordou com aquele velho sentimento estranho no peito, sentia que não seria um dia bom, mas se esqueceu disso quando olhou para o lado e viu aquele por quem seu coração ainda batia adoidado, Nik, seu Nik, aquele homem enorme e maravilhoso que a ensinou a amar de uma maneira especial, amor de homem e mulher, de companheiros. Viu o exato momento em que ele abria seus olhos, percebeu que assim que despertou, a procurou na cama e quando a sentiu bem ao seu lado, olhando para ele com aqueles olhos de amor, sorriu grande e verdadeiro. Essa era a rotina que eles aprenderam a amar, nunca se acostumaram a acordar um ao lado do outro, sempre parecia ser a primeira vez, e estavam tão absortos em si mesmos que se quer se lembravam do mal hálito matinal ou da fome em decorrência da noite de amor, o beijo de bom dia ia além desses fatores, era como se tivessem se afastado por um mês, não algumas horas de sono lado a lado.
Prepararam o café da manhã juntos, numa sintonia que só poderia ser explicada por Freud e pela rotina que criaram ao longo de seu curto casamento. Logo em seguida curtiram um pouco do primeiro dia de primavera lá fora, no quintal e no jardim, brincaram como se ainda fossem adolescentes e foi inevitável o diálogo que tiveram:

- Coração, eu sempre soube que você era minha menina, mas se esconder e correr de mim, como se eu fosse o lobo mal, já é presepada...

- Amor, você não pode me culpar, quem começou a correr atrás de mim foi você. Eu só fiz o óbvio, que era correr de alguém grande que está te perseguindo depois de ficar te encarando de forma duvidosa e desejosa...- ela gostava de provocar de vez em quando, sabia que ele adorava.

- Se não tivesse corrido, estaríamos agora sentados naquele banco branco, que você escolheu, nos balançando enquanto você estaria em cima de mim e eu bem dentro de você, meu bem...- ele sempre conseguia deixá-la sem palavras, pois no fundo ela ainda era uma garota tímida e que corava facilmente quando ele falava assim e a pegava pela cintura, como acabara de fazer.

" Meu Deus esse homem ainda vai me deixar doida, agora eu estou excitada, com as mãos dele em meu bumbum..."
- Amor, suas mãos...

- O que, Samantha?- disse com a voz rouca , sentindo seu corpo reagir a sua proximidade com sua amada.

Ela sentiu sua pele arrepiar e olhou para ele com os olhos cerrados, como quem diz " você sabe o que esta fazendo", e disse:
- Amor, eu adoraria fazer amor com você bem naquele banco, mas não podemos, o Samuel disse que queria nos ver, você sabe bem...- mesmo com a voz vacilante, sua razão lhe lembrou do motivo pelo qual ela tinha começado a correr dele.
Ele, se dando por vencido, tirou as mãos de seu quadril avantajado, pegou sua mão e voltou pra dentro de casa com ela ao seu encalço.

Já em frente a nova casa de Alice, desceram do carro e de mãos dadas bateram na porta bonita de madeira.

Dentro da casa, Alice pensava em por em prática a sugestão que sua tia havia lhe dado e vendo o casal sorrindo de mãos dadas bater a sua porta, resolveu que faria aquilo, sabia que geraria uma tensão entre ele e a esposa gorda dele.

Ao abrir a porta, Alice com seu melhor sorriso, recepcionou Nik e desviou o olhar com desgosto para aquela que lhe causava nojo, Samantha, a sua gorda prima que estava lhe roubando o amor de Nik e de seu filho, Samuel. Disse com desdém:

- O que você faz aqui? Essa é a minha casa e o NIKOLAI é o pai do MEU filho, nós temos um filho juntos, você deveria estar em casa, não tem nada o que fazer aqui.

- Aí é que você se engana, Alice, Sammy é minha esposa e onde eu vou, se ela quiser ela vai junto.

Sammy, ainda processando a verdade das palavras de sua prima, não conseguiu responder.

Alice, por sua vez, ao ouvir o homem defender aquela mulher com tanta veemência, ficou ainda mais furiosa e gritou:
- Pois na minha casa ela não entra! É casa é minha, o filho quem cria sou eu, e eu digo que não a quero dentro da minha casa! Ela não é a mãe do Samuel, eu sou.

- Alice! O filho não é seu é nosso...

Sammy interrompeu seu marido e com os olhos cheios de lágrimas, sentiu o peito apertar, ao dizer:
- Ela tem razão, a casa é dela, eu não sei da onde tirei a idéia de vir junto. O Samuelzinho(apelido carinhoso que Sammy tinha dado ao garotinho adorável que ele era) não precisa de mim, precisa da mãe e do pai.

Para que a prima não visse as lágrimas que ela não aguentava mais segurar, ela saiu correndo pra dentro do carro, com toda a gritaria Samuel, com sua inocência de quem tem apenas um ano e meio de idade veio correndo do quarto em direção ao pai e gritou feliz:
- Oi papai! Que saudade!

Nik sem ter por estar com o filho nos braços não teve como ir atrás de sua esposa, já que o menino estava apenas de fralda e o vento lá fora estava forte, sinal de que a chuva viria em breve, já se sentia os primeiros pingos. Deus, era tão difícil essa situação, o menino o puxava para dentro de casa, querendo brincar, precisando dele e sua esposa estava chorando no carro, precisando dele.

Sammy percebendo que ele ainda estava parado com o menino nos braços, com cara de confusão, foi obrigada a dizer, tentando disfarçar a voz de choro:
- Entre meu bem, o Samuelzinho precisa de você e já está esfriando, ele pode pegar com resfriado! Eu tô bem...

O menino pulando no colo do pai disse: - Vamos, papai! A "cia" Sammy já "bem" pra "bincar"!
Nik, achou melhor deixá-la se acalmar e entrou sentindo por não poder abraçar sua esposa, mas aliviado por finalmente poder ver o filho.

Sammy de dentro do carro pôde acompanhar o modo como Alice interagia com seus meninos preciosos, eles de fato pareciam tão certos juntos.
Tinha parado de se sentir inferior a Alice, mas ao ver a pequena "família" ali se sentiu mal, como se os estivesse atrapalhando, realmente. Viu como ele ficou ao ter que escolher entre ir de encontro ao filho ou a ela, chorando como uma boba no carro.

Droga, seus olhos já estavam cheios d'água novamente! Mas não podia evitar, via seu sonho se realizando a sua frente, mas com sua prima em seu lugar, sendo a mãe do filho de Nik e brincando com os dois.

Toda vez que ela se lembrava desse episódio, tinha vontade de chorar e sentia o peito apertar, principalmente por saber que tinha perdido aquilo, que não mais acordava ao lado daquele homem esplêndido, que não sentia mais o calor de seus braços ao seu redor ao fazer o café da manhã, que Samuelzinho não mais lhe ligava perguntando como estava ou falando que queria ir até a casa deles pra se divertir no parquinho que tinham montado para ele.

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Hoje, alguns anos mais tarde, ao desligar o chuveiro depois do momento flashback, foi se vestir para a ir a reunião com seu mais novos grandes clientes, um casal holandês que tinha um belo palacete que lhe foi designado para decorar.

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Vanessa, amore.... Muito obrigada por fazer.😘

Espero que tenham gostado.

Fiquem com Deus!
Bjim da Nany.

Feita Para Mim. - Será retirada este mês de NOVEMBRO.Onde histórias criam vida. Descubra agora