Jace.
O som do tráfego da cidade de Nova York acompanhava jace onde quer que ele estivesse, parecia uma orquestra de buzinas e motores de carro em uma constante e bagunçada harmonia. Ele começou a gostar disso.
Com o início da primavera, ficava mais fácil de andar pelas ruas da cidade sem o constante perigo de morrer congelado, jace adorava andar pelas ruas de Nova York. Tornando-se apenas mais um em meio a multidões de pessoas sempre apressadas com seus cafés e celulares na mão, com a pressa de desbravar um pouco do mundo.
Às vezes, entre um intervalo e outro ele sentava-se em um banco qualquer e tomando o seu próprio café ele assistia as pessoas a irem e virem pela cidade.
Era nessas horas que ele mais sentia falta de clary.
Ainda se lembrava com detalhes de ter sido deixado na frente do lago em Rosalie ville, com o frio do inverno congelando seus ossos enquanto raciocinava sobre o que havia acontecido. Clary havia o deixado, o deixado com um buraco no coração e não havia adiantado passar duas ou três horas na frente da casa dela, batendo na porta ou gritando por seu nome. Ela não havia aparecido, ela não ia aparecer.
Quando se deu por derrotado e sentiu a realidade dentro de si, jace se deixou levar para a própria casa onde caiu em um choro alto e cruel. Prometeu a si mesmo diversas vezes que nunca mais deixariam partir seu coração, que nunca mais amaria novamente...até sentir falta dos olhos de clary e tentar ser levantar novamente para partir a sua procura.
Agora, em Nova York prestes a começar o curso preparatório para a faculdade de medicina em Columbia, jace sentia que cada canto daquela cidade gritava clary, a energia parecia pulsar nas veias de jace assim como ele sentia quando estava com ela. A cada nova descoberta na cidade, ele pegava se imaginando e desejando o que clary faria, o que clary diria.
Clary.
Clary.
Clary.
Clary.Ela nunca iria embora, ele nunca iria esquece-la. Sabia que ela tentaria se curar sozinha em Milão, sabia que seus pais o manteria informado sobre a situação de jay na cadeia, mas além de tudo isso, sabia que ela não voltaria para ele.
Assim como a cidade de Nova York, clary era pura energia pulsante, amor e paixão misturados ao caos da cidade e a bagunça, o som constante do tráfego em seus ouvidos como a ausência dela sempre causava um zumbido e um tremular em suas veias. Ele sentia, ele via. Estava por toda parte.
Embora a ausência de clary e o coração partido de jace não se justificassem e ele nunca entendesse, ele ainda sentia a energia e força de alguma forma.De algum jeito. Um sentimento que talvez nunca passaria.
Se levantando do banco que pareceu estar sentado tempo demais, jace se levantou jogando o resto do café em uma lixeira próxima e começou a se juntar a multidão de pessoas apressadas nas ruas.
Se misturando e sumindo entre pessoas desconhecidas que nunca saberiam que ele tinha tido a sorte de ser amado, que ele fazia sempre um momento de gratidão silenciosa por ter tido clary em sua vida.
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Para todo o sempre (1° e 2° TEMPORADA)
Teen FictionClary Fairchild está no auge dos seus 17 anos com verdadeiros problemas (segundo ela). Primeiro,o divórcio de seus pais há três anos abalou a sua família como ela nunca havia imaginado e principalmente à ela que agora via como uma rota de escape est...