-Você sabe o que eu penso sobre isso, Clarissa.
Jocelyn Fairchild dobrava as pequeninas peças de roupa de ally e as organizava dentro da mala de viagem de uma forma metódica e paciente. Se clary pudesse descrever a mãe, a descreveria assim: metódica e paciente.
-Eu sei, eu sei! Você não pode apenas ficar do meu lado?
Ela tentava imitar mas sabia que era sem sucesso, ao contrário de sua mãe, clary sempre era impaciente e pouco organizada.
-Eu ficaria, se você tomasse decisões sensatas. Jace é o pai de ally, ele tem tanto direito sobre ela quanto você.
Clary rangeu os dentes e socou um ursinho de pelúcia para descontar sua frustração.
-Agora é a parte em que você começa a me dizer como sou idiota por ter afastado o pai da minha filha dela, por tanto tempo.
-Eu não ia dizer com tanto rancor.
Jocelyn lamentou dando uma olhada para um dos vestidos cor de rosa de ally com ternura.
-Vocês deveriam ter ido para Paris quando ela ainda era um bebê, que idéia! Ficar nesse lugar, sabendo que um dia ele voltaria. Você é mesmo meio idiota, querida.
Clary suspirou com força, desistindo da roupa e passando as mãos pelo cabelo com força.
-Eu sei, mas já aconteceu. Agora você pode, por favor, ficar do meu lado?
Se levantou indo até as gavetas de ally para pegar os livros de histórias preferidos e os jogar dentro da mala.
-Eu estou do seu lado!
Sua mãe exclamou parecendo bastante satisfeita com a organização da mala de ally. Clary se aproximou da janela do quarto, vendo ally e sebastian com agora 12 anos, entretidos com balões de água.
Sebby passava a maior parte do tempo agora com jocelyn em nova york, onde a mãe residia depois de passar dois anos em Paris e Milão. Tempo esse, que sebastian esteve com clary.-Sebby ainda pergunta por jace.
A mãe de clary resmungou parecendo chateada.
-O que esse homem poderia ter para ter enfeitiçado todos os meus filhos e a minha neta?
Clary soltou uma risada amarga, respirou fundo e tentou voltar a se concentrar na arrumação das coisas.
Nova York ainda tinha sua energia caótica, elétrica e tempestuosa que clary sentia falta. Era fácil durante sua vida ocupada, se esquecer da energia borbulhante da cidade. Às vezes, quando clary voltava a nova york, se pegava pensando se esbarraria com jace em alguma rua, se eles se reencontrariam e ela admitisse que havia sido covarde, que não havia tido coragem de ir até ele quando mais precisava. Que ela sentia sua falta todos os dias.
O coração de clary havia se entorpecido por um longo tempo, ela ainda não se sentia segura por mais que tentasse. Por mais que seu advogado insistisse que Jay Black estava atrás das grades. Ela ainda acordava as noites tendo pesadelos com o sangue de Jay em sua calçada.
Clary, que insistia em manter Jay longe de seus pensamentos, não deixava de enviar ajuda as suas irmãs e sua avó, não deixava de saber como ele estava.
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Para todo o sempre (1° e 2° TEMPORADA)
Fiksi RemajaClary Fairchild está no auge dos seus 17 anos com verdadeiros problemas (segundo ela). Primeiro,o divórcio de seus pais há três anos abalou a sua família como ela nunca havia imaginado e principalmente à ela que agora via como uma rota de escape est...