Clary Fairchild está no auge dos seus 17 anos com verdadeiros problemas (segundo ela). Primeiro,o divórcio de seus pais há três anos abalou a sua família como ela nunca havia imaginado e principalmente à ela que agora via como uma rota de escape est...
-Ok. Vocês já fizeram isso antes, não precisa se preocupar com nada. A caixa de primeiros socorros está no armário da cozinha, ally precisa de escovar os dentes e fazer xixi antes de ir dormir. Nada de refrigerante depois das oito.
Clary repassava as instruções para Stephen antes de sair de casa e se sentia um pouco insegura em deixá-los mas já havia prometido a dave que iria em um encontro. Izzy e harry estavam em uma noite em nova york junto com Alec,magnus, Sam e Patrick. Ela não pediria a tea que mesmo que fosse uma excelente funcionária, não gostava nenhum pouco de crianças.
-Certo, clary. Você não precisa se preocupar com nada...na verdade, jace me ligou dizendo que estava vindo para a cidade no final de semana porque uma prova foi cancelada e ele pode me ajudar um pouco.
Clary parou no meio da sala, sem acreditar.
-Jace está vindo pra cá?
Ela murmurou pesarosa. Justo em sua noite de encontro...
-Sim, ele...
A campainha tocou antes de Stephen terminar de falar, ele abriu um sorriso tímido indo em direção a porta.
-Entre filho, clary está terminando de se arrumar.
Clary se sentiu ainda mais nervosa que o normal. Ela achava que sua aparência estava ok na verdade. Ally a ajudou se vestir. Um vestido preto e rodado que batia no joelho..o cabelo em um coque alto e elegante...ela não podia se dar ao luxo de querer parecer ter menos idade ou se arrumar demais. Ela ouviu eles entrarem e não deixou de notar os olhos de jace nela, realmente nela. De cima a baixo.
-Clary...você está...linda.
Foi a primeira coisa que ele disse. Clary acenou desviando o olhar desconcertada.
-Ally! Seu pai está aqui.
Em menos de um minuto, o mini furacão ally estava na sala, agarrando o pai pelas pernas com um sorriso grandioso.
-Vem papai! Tenho que te mostrar o meu novo desenho!
Ela o puxava pela mão feliz. Clary aproveitou para pegar sua bolsa e chaves.
-Eu vou estar de volta às oito.
Clary beijou a bochecha de Stephen e abraçou ally que não parecia ligar muito pra ela que estava cheia da presença do pai no momento.
-Por que tão tarde? Não vem te buscar?
Jace cochichou alto o suficiente para se fazer ouvir, Stephen o acotovelou com força.
-Não se preocupe, clary. Tenha uma boa noite.
Ele a enchotou para fora antes que jace fizesse outro comentário. A cabeça de clary estava enevoada. Ainda se lembrava da vergonha que sentiu quando jace disse que estava indo embora, dizendo implicitamente que escolhia june e não ela. Clary se sentia envergonhada por ter sentido esperança, pelo mínimo que fosse.
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Clary encontrou Dave em um restaurante indiano, coberto por luzinhas coloridas que dava ao ambiente um tom romântico. Ele estava sentado em uma mesa de frente para as janelas da frente, parecia ansioso.
-Dave!
Ela o chamou quando se aproximou, ele se virou para ela com um sorriso. Parecia bonito e elegante com um casaco preto e barba feita. Os olhos azuis pareciam animados.
-Clary, você está ótima!
Ele puxou a cadeira para ela se sentar a fazendo agradecer. Dave foi gentil a maior parte da noite, ele era engraçado e conseguia fazer clary rir. As coisas com ele pareciam fáceis. Clary se odiou por não conseguir gostar dele, se odiou quando se pegou comparando ele a jace mais de uma vez. Se odiou por ainda amar jace. Quando voltou para casa, onde sabia que jace estaria, não conseguia parar de se odiar. Ela entrou na sala escura iluminada apenas pela luz da TV, onde um filme qualquer da barbie passava. Stephen dormia em uma poltrona e Ally dormia tranquilamente no colo de jace, que tinha um livro de anatomia aberto nas mãos.
-Você chegou cedo.
Ele disse quando viu clary parada, após uma olhada no relógio de pulso. Clary assentiu, indo para a cozinha tirando os sapatos e lutando contra si mesma.
-Como foi o encontro?
Jace surgiu na cozinha dois segundos depois. Clary o ignorou a princípio fazendo um chá.
-Foi bom...dave é um cara ótimo.
Ela sacudiu a cabeça dando de ombros, serviu uma caneca de chá a jace e se sentou no balcão, meio despedaçada.
-E...só isso?
A insistência dele foi a gota de água que a irritação de clary estava precisando para transbordar.
-É jace, só isso! Caramba. O que você quer ouvir? Foi ótimo, mas ele não é você? Foi ótimo, mas eu não consegui parar de pensar em você por um maldito segundo?
Jace recuou durante o ataque, mas seus olhos não deixaram os dela.
-Clary, eu...eu sinto muito...estou tentando fazer o que é melhor para ally.
Sua voz estava baixa e cautelosa.
-E eu estou cansada de fingir que tudo está bem. Apenas pare, ok? Pare de me deixar confusa e pare de me machucar. Eu não me oponho a você ver ally, mas por favor...pare de me machucar.
Clary deixou a caneca em cima da bancada e estava saindo da cozinha quando jace agarrou seu pulso.
-O que você quer de mim, clary? O que quer de mim? Você se afastou por todo esse tempo, escondeu ally de mim...está me afastando agora sem dizer o que você quer realmente...o que eu devo fazer?
Ele a encarava com os olhos em chamas.
-Eu quero que você lute por mim, jace herondale. Quero que me faça arrepender de ter deixado você, quero que você insista em me fazer feliz. Quero que você não me deixe mais fugir e me faça entender que eu não preciso fugir de você! Quero que me ajude a criar a nossa filha porque eu estou tão cansada de aguentar tudo sozinha quando eu só preciso de você ao meu lado! Eu não posso exigir de você, não posso exigir que esteja aqui quando eu perdi você. Mas apenas...
As lágrimas se formaram nos olhos de clary mas ela se recusou a deixa-las caírem. Se soltou da mão de jace e foi em direção a sala, pegando ally no colo e a levando para o próprio quarto esperando adormecer junto a filha. Cansada de ter seu coração sacolejado, cansada de se odiar tanto e odiar tanto a jace.
