Audaz

35 Por que você me ama?

Mike

Estava em pé na cozinha, tentando descascar os malditos chuchus, quando Mariany entrou pela porta, jogando a bolsa sobre a mesa e vindo até mim.

— Tenho boas notícias Mike... — Ela parou de falar me olhando confusa. — O que está fazendo?

Soltei a faca e o meio chuchu sobre a tábua, para olhar para ela. — Wes foi levar minha carta, queria fazer o jantar. Obviamente, não deu muito certo. — Lamentei.

Ela riu — Mike, você tem que descascar embaixo d'água, isso vai cozinhar sua mão.

Fechei as mãos sentindo mesmo algo estranho.

Ela riu, e me abraçou por trás, beijando minhas costas, esticando o braço para a torneira, lavando minhas mãos, e me apertando com seu corpo contra a pia.

— Algum velho animou você no trabalho? — Brinquei — Desse jeito vou ter que matar minha fome de outro jeito... — sussurrei para ela.

Sua resposta foi soltar minhas mãos embaixo d'água, e passar as suas molhadas por baixo da minha camisa, me fazendo estremecer.

Fechei a torneira e me virei para ela, erguendo-a pela cintura e a colocando sobre o balcão da cozinha. Me coloquei entre suas pernas e a beijei, segurando seu rosto, com minhas mãos ainda molhadas, descendo meus dedos frios por seu pescoço quente. Ela arfou segurando minhas costas. — Não quer saber da novidade? — Ela sorriu ofegante em minha boca.

Ofeguei — Se não for tão boa quanto eu estar dentro de você agora, prefiro esperar.

Ela riu — Acho que vai gostar também.

— Depois — sussurrei em sua orelha, quase implorando.

— Mas é uma notícia muito boa mesmo! — Ela riu.

Espalmei minhas mãos em suas coxas, me afastando para encará-la. — Não vai mesmo me deixar comer você, se não falar, não é?

Ela agarrou meu cabelo e riu — Olha o respeito comigo, vadio!

Gargalhei, puxando-a de cima do balcão e colocando-a em pé na minha frente.

— Diga. — falei derrotado.

— Recebi seu seguro hoje. — Ela falou animada, pulando em meu pescoço.

Suspirei de alívio. — Ótimo, aproveita que agora temos dinheiro, e pede comida, porque se eu não te levar para aquela cama agora, juro que meu saco vai explodir.

Ela riu e pulou nas minhas costas.

Carreguei-a para a cama, e a soltei sobre os travesseiros espalhados. Me livrei de suas roupas rapidamente e apenas abri minha calça. Puxei-a até a beirada da cama, e me aconcheguei entre suas pernas, me dobrei sobre ela, trazendo seu rosto para mim, e me colocando lentamente dentro dela, enquanto a beijava, e passava meu rosto pela pele de seu pescoço.

Gemi. — Ah Mariany... Não existe nada melhor no mundo do que sentir seu cheiro, e estar dentro de você.

Ela puxou minhas costas, me aproximando mais. E chocou seu quadril contra mim, me exigindo.

— Não seja apressada. — sussurrei, mordendo sua orelha. — Deixe que eu me divirta um pouco mais... Que mate a saudade de você...

Ela mordeu o lábio, e me afastei, saindo de dentro dela, admirando seu corpo pronto para me receber.

Guiei-me até sua entrada, me agraciando com seu olhar de satisfação para mim.

— Você quer? — Sorri para ela.