39 Interrogatório

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Mike

Tomei a sopa, e fui para o banheiro, que graças aos céus não era aberto como o quarto. Tomei um banho rápido e a esperei apenas de toalha. Qualquer coisa que prolongasse aquilo seria ainda mais repulsivo.

Exatamente uma hora depois, ela entrou na sala com uma pequena caixa nas mãos. Meu coração se acelerou na mesma hora. Ela caminhou até mim, deixou a caixa sobre a mesa e tocou meu rosto.

— Você está bem? — Ela sorriu, me vendo de olhos arregalados.

Assenti.

Ela desceu suas mãos por meus ombros, tocando meu peito. — Não tem ideia de como eu queria você aqui Mike.

— Agradeço por me receber de volta Maria. Apesar de tudo.

Ela balançou a cabeça — Eu sempre vou te amparar meu menino. Não deixaria um talento como o seu ser desperdiçado.

Apenas sorri, entrando em seu jogo.

Ela me deu um sorriso satisfeito, e me indicou a cama. — Deite-se.

Fiz o que ela pediu, e assim como Mariany havia feito em seu teste, ela me amarrou na cama. Claro que sua amarração era completamente diferente, havia experiência em cada um de seus nós. E senti minhas mãos formigarem conforme ela apertava cada vez mais as cordas. De braços abertos, com os pulsos e os tornozelos amarrados. Era sua posição favorita.

Ela segurou meu rosto — Está confortável Mike?

Assenti.

— Não se lembra mais de como responder a mim? — Ela falou séria.

Respirei fundo — Sim senhora.

— Ótimo. Então me mostre como está feliz em me ver. — Ela riu, puxando minha toalha.

Fechei os olhos e me obriguei a pensar em Mariany. Meu corpo relaxou. Era um poder único. Um pensamento, e eu estava pronto. Eu ainda tinha meus truques dos velhos tempos afinal...

Ela sorriu, e se afastou para pegar a caixa sobre a mesa. — Então vamos brincar.

Fechei os olhos, e ela montou em mim, colocando a caixa sobre meu peito e se mexendo levemente — Ah... Senti falta de você menino... — Ela suspirou — Bom... Sabe que não sou uma mulher de rodeios, não é Mike?

— Sim senhora. — respondi de olhos fechados, com medo de encarar o conteúdo daquela caixa.

— O nome Mariany Machado, lhe diz alguma coisa?

Abri os olhos e ela me encarava atentamente. — Foi uma das minhas. — respondi somente, me acalmando.

— E o que mais?

— Apenas isso. — Tentei ter convicção no que eu dizia, e mexi levemente meu quadril na tentativa de distraí-la.

Ela abriu a tampa da caixa e tirou uma agulha de dentro, levantando-a para que eu pudesse ver. E a sopa urrou em minha barriga.

Fechei os olhos com força. Não... Não pense nas malditas agulhas, não perca o foco!

— Por que ela recebeu o seguro do seu carro? — Ela perguntou usando seu tom baixo e calmo.

Engoli em seco tentando acalmar minha respiração — Ela... Forjou documentos que a faziam minha dependente.

Ela sorriu, estalando a língua e fazendo que não com a cabeça. — Mentira.

Fiquei quieto, e fechei os olhos esperando pela primeira agulhada, senti ela se virando, e prendi a respiração.

Ela atingiu minha virilha, e lutei contra o vômito chegando á minha garganta quando ela mexeu a agulha dentro de mim.

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