Fernanda
Graças a Deus o final de ano chegou, já estava ansiosa por esse momento, estou indo para o cursinho, eu quero cursar medicina mas sei que isso jamais seria fácil, prestei alguns vestibulares e não consegui uma nota boa, vou ter que esperar pelo ENEM, desgraçando minha vida totalmente!
Hoje irei viajar com meu melhor amigo Pedro e o Carlos que também é muito próximo, iríamos pro Rio, minha mãe nunca me apoiou muito em ter amizade apenas com meninos, porém, toda menina que me envolvo que cola comigo, vem sempre de caô por conta de macho, ala, não me envolvo com homem em coleira, muito menos com esses Zé droguinhas metido a bandido.— Pelo amor de Deus Fernanda, vamos logo, ou eu entro nessa quarto e raspo esse bombril que você chama de cabelo. - apresento a vocês o amor e carinho do meu melhor amigo, é um ingrato do caralho.
— Já vou contaminado!
— Já, já o Carlos tá aí. Vamos adianta filha da puta.
— Me respeita menino!!! - essa e minha mãe, dona Mari, sempre berrando.
— Desculpa tia, é que sua filha é uma irresponsável.
— Disso eu realmente sei!
Desci revirando os olhos com os dois falando mal de mim, e vi minha mãe me olhando com uma cara triste, ela sempre tinha medo quando ia viajar sozinha, ela só deixava mesmo por confiar muito no Pedro.
— Vai com Deus meus filhos, se cuida viu? Deem notícias, se eu ligar e não atender eu caço os dois e do uma surra de cipó! - ela tinha o costume de se fingir de brava, mas só quem conhece sabe o quanto ela distribui amor.
Dei benção a minha mãe, e escutei todas suas recomendações, o Pedro também, sempre respeitamos nossos pais para nunca termos problemas na hora de sair de casa, somos acostumados a ser cachorro louco desde os meus 15 anos, Pedro já tinha o hábito de sair, mas eu não, o máximo era curtir um cinema com as minhas ex colegas, aqui em São Paulo com o agitamento da cidade não temos esse costume de enfrentar a natureza, sentir o ar puro, nada disso, o lance é só shopping e no máximo uma piscina de condômino, chega enjoa na moral. Pegamos as malas e saímos do meu condomínio, Carlos já estava lá na frente esperando quando nos viu começou a buzinar, cuzão!
— Fala aí seus filho da puta!!
— Solta a voz arrombado. - esse era o modo de demonstrarmos o quanto a gente se amava.
— Não suporto mais vocês mano!
— Cala a boca. - os dois falaram junto, e caímos na risada.
Com a gente era assim, só riso, água fresca, balinha, narguilé e cachaça, o bagulho era curtir e ficar louco.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Diante do morro
FanfictionEla curte baile, tem um sorriso leve, gosta de se envolver, mas não senta pra traficante. Ele é envolvido, tem tudo no poder, controle de tudo e de todos, menos o controle dela.