Fernanda
Hoje estava tendo uma festa aqui em casa, comemoração do me baby.
— olha quem voltou. – Pedro chegou me abraçando.
— Que saudades de você vagabunda.
— Vagabunda é sua mãe.
— Meu pau na sua mão.
— Saudades de tu também cuzona! – ele me abraçou rindo.
— Que pena que o Carlos não pode vim.
— Ele tá colando com uma mina lá agora, mo grude, desligou o bagulho total.
— Quero vê a hora que meu bebezinho vai sossegar. – falei apertando e balançando a bochecha dele.
— Balança pica do teu macho.
— Por isso eu gosto de você Pedro. – Vitor chegou brincando e o cumprimentou.
— Meu amorzinho, deixa eu colocar musica... vocês só ouvem esses funk ostentação, eu quero mesmo rala a tcheca no chão.
— Vai lá, se o pitu deixar você colocar.
Eu sai animada arrastando o Pedro que eu sei que traria varias musicas legais.
— Deixa eu soltar um som aí Pitu.
— Sai fora, eu que to no comando.
— Eu achava que a gente éramos amigos! – fiz a cara mais triste que consegui.
— Vai Fernanda, só duas.
Eu sorri batendo palmas e já mandei o som com Pedro do lado, que saudades que eu estava de curtir role com meu melhor amigo, ele era simplesmente incrível.
Tinha duas meninas que estavam lá no churrasco que eu odiava, por serem amigas da Larissa e estarem sempre com meu nome na boca: Vanessa e Renata, então bora pro afronte né.
Pedro estava encostado me abraçando por trás, e começou a rir quando o som estrondou.
— A Vanessa é minha amiga, a Renata é minha colega, eu vou fazer com a Bruna o que o cavalo fez com a égua.
Todo mundo olhava, pareciam não conhecer a música por ser de São Paulo.
— A Julia é minha amiga, a Carla é minha colega, vou fazer com a Natália o que o cavalo fez com a égua. – Pedro continuou a música e já meteu a banca mexendo o ombro como nos velhos tempo.
— Vai cavala, cavala, vai cavala, cavala com a buceta na minha cara. – cantamos juntos e dançávamos.
Logo as meninas que estavam lá, inclusive lais começou a se mexer junto com a gente. Vanessa e Renata olhava com aquela famosa cara de cu, cu é o que não falta no mundo, mas como o capeta gosta de atentar coloca ele bem estampado na cara de algumas pessoas.
— Tu colocou pra afrontar as monas né sua safada.
— Jamais!
A música acabou e Pitu já veio tirar, colocando um pesadão das antigas, Pedro olhou pra minha cara e começou a rir.
— To com cara de palhaça?
— Parece mas, não é isso! Lembra quando o velho lá da rua ouviu tu cantando essa musica é pediu pra tu quicar no saco dele?
— Eu falei que era mucho.
Comecei a rir, lembrando das nossas besteiras, a música rolava e Pedro saiu pra encostar com os meninos, Lais tinha ido buscar bebida, fabricar só pode com a demora que tava.
Vi Vanessa e Renata encima dos meninos e Vitor me olhava de longe, elas duas estavam dançando quase encima do colo de Adriel e de Vitor, Dedé ria e chamava de cu seco.
Não aguento e já meti bronca começando a dançar, uma coisa que eu tinha aprendido era dançar, era tanto bailão, não queria da essa de Mona emocionada e não saber né? Imagina, ficar empinando o que não tem, e ainda por cima fazendo feio? Jamais!
Estava dançando e Vitor me olhava sorrindo.
— Tu é feia em mano. – Pedro chegou fazendo graça.
— Sai fora.
— Voltei!!! – ela olhou na direção dos meninos e já fechou a cara.
— Relaxa frend, vamos soltar a franga aqui.
Eu e Lais ficamos dançando enquanto Pedro fazia graça imitando a gente, eu via os cara me olhando mas quem mais me incomodava era o Ratão, ele era nojento, parecia que tava de pau duro olhando pra mim e Lais dançar.
— Vou pegar uma água. – fui em direção à cozinha, queria uma água e lá fora não era confiável pra pegar nada.
— Fala tu loirinha, tá buchuda mas tá toda soltinha.
O ignorei, resolvi não responder porque ele era meio surtado.
— Soltando a franga na frente do maridinho que é corno uma vadia que nem você!
— Eu to grávida mas não to morta, e some daqui seu nojento! Vadia é sua mãe.
— Tu não mete minha mãe na ideia não que te estouro todinha na bala.
— Sai fora Ratão, invejoso.
Eu ia passar por ele pra ir em direção à área mas ele segurou meu braço me encarando.
— Me solta porra!
— Tu tá metendo banca pra cima de bandido caralho? Tá achando que sou o corno do teu marido? Se toca tu, vagabunda não tem vez comigo não.
Ele apertava meu rosto com força, eu estava assustada mas não pensei duas vezes antes de cuspir na cara dele com vontade.
— Tu agora vai vê.
Quando ele ia meter o tapa na minha cara, eu consegui gritar socorro, a música estava alta mas acho que Vitor estava por perto que no mesmo momento ele apareceu.
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Diante do morro
FanfictionEla curte baile, tem um sorriso leve, gosta de se envolver, mas não senta pra traficante. Ele é envolvido, tem tudo no poder, controle de tudo e de todos, menos o controle dela.