Capitulo 27

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Vitor

Maluco, não sabia o que tava rolando dentro de mim não, tá ligado que a situação tava difícil e eu mal sabia como lidar com ela, eu tava sentindo algo pela mina mas sabia que o bagulho não ia da certo, nois era muito diferente, ela é cheia de si e eu cheio de querer mandar nela, sabe aquele papo de homem machista, morou que essa fita cola jutin comigo, não é por querer e pá, mas é questão de como o toque da favela funciona. Acabei caindo no sono vendo ela dormi, a bicha roncava pra caralho, parecia aqueles cachorro do nariz pra dentro.

Acordei meu rádio estava tocando, levantei no pulão já, na moral que sono da porra. Quando voltei pro quarto que percebi que a loirinha não tava lá, se louco mina já teu um corre.

— Fala tu Dedé, a loira passou na entrada hoje? – chamei no rádio.

— Colo aqui não chefe.

— Fé aí mano.

Sabe aquela fita de angústia? Já comecei a sentir,será que a mina tinha fugido com a ajuda dos muleque que ela cola? Mano, bateu um bagulho estranho dentro de mim e a raiva já me consumiu. Desci pra tacar algo na boca e já fazer os corre e me surpreendi com a loirinha lá embaixo me esperando.

— Bom dia coisinha. – ela me abraçou e beijou o canto da minha boca.

— Bom dia vagabunda, fala tu que eu achei que tu tinha fugido.

— Tá com medo de perder corno? – mano, essa mina mete o louco, fica me chamando de corno.

— Não tenho compromisso com ninguém pra ser corno. – usei a mesma resposta que ela.

— Tu não me pediu em casamento ontem? Oxi.

Não aguento essa menina do caralho, toda estranha.

— Borá tomar café vai. – ela tinha preparado mo banquete, fazia tempo que eu não via minha mesa assim toda recheada de coisas. – se louco, vou te manter em cativeiro pra todo dia ter essas comida tudo aqui.

— Trouxa. – ela riu e ia se sentar, mas eu puxei ela pro meu colo.

— Na moral, obrigada mesmo por todas essas fitas que tu tá fazendo mesmo depois de tudo.

— Eu acho que estou gostando de tu. – ela disse sincera, algo que me surpreendeu eu jamais imaginei que ela começaria a gostar de mim assim.

— Tu me faz um bem danado, bora deixar esses corre acontecer e viver nossos momentos jaé?

Ela fez um beleza com a mão, e eu beijei ela com vontade, até me esquecendo que hoje eu tinha varias fitas pra resolver na boca, eu não tinha condições com essa menina não mano, na moral, ela é boa demais pra mim.

— Vejamos aqui um casal. – Lais apareceu com Adriel do lado, dando risada.

— Fazer o que, ela me comprou com esse café da manhã.

— Mentiroso pra porra! Eu não aguento mais a Fernanda naquele hospital, que saudades, não tem ninguém pra me perturbar, aí será que ela vai ficar comigo... – Adriel imitava as coisas que eu falava e ela caiu na gargalhada, era isso que eu precisava nessa vida louca que eu vivia.

— Tu é mo mulherzinha. – mandei o dedo do meio pra ele.

— Ele disse a verdade meu brodi, não posso fazer nada.

Fernanda, com essa ideia de brodi é engraçado demais, ela sempre transforma as palavras em inglês numas fitas diferente igual quando ela fala freend, que no caso fala o bagui todo errado mas fica engraçado, ala to parecendo um viado desse jeito.

— Come logo nesse caralho, que hoje vou da um jet com minha gata e tu vai trabalhar, não sou seu substituto não mané. – Adriel bateu na aba do meu boné me fazendo rir.

— Posso ir com você? – Fernanda perguntou animada.

— Não minha filha, lá é lugar de homem, tu tem que repousar.

— Eu repouso lá, sai dessa fita de lugar de homem e de mulher, lugar de mulher é onde ela quiser oxi.

— Eu já disse que te amo hoje fer? – Lais, vulgo prima traíra do lado da mina.

— Na mora, tu vai mas não enche a porra do saco se alguém fizer algo e eu ficar botando banca, pra tu eu sou uma pessoa, lá fora sou outra, e nada de ficar se brincadeira lá e nem me chamar de Vitor.

— Sim senhor capitão.

Ela saiu com a Lais deixando eu e Adriel na cozinha.

— A mina tá fazendo mo transformação em tu em parceiro.

— Tá girando minha cabeça tio, com ela eu sinto aqueles papos de futuro tá ligado? Sei lá, mas eu só penso em mais, em como posso mudar essas fitas, o bagulho fica louco quando sinto isso. Ela até disse que tá sentindo um bagui por mim.

— Já, já chega os pivete e tu fica bobão.

— Não exagera parceiro, vamos com calma... não posso esquecer tudo que já fiz pra mina, ela pode tá usando dos meus sentimentos tá ligado? Pra se vingar mano, não sou muito de confiar nas pessoas tu sabe.

— Maluco, se ela quisesse se vingar ela teria te matado dormindo fácil... na moral, tu sabe que a mina é firmeza não quebra esse lance com ela e acaba sozinho não mano.

— To ligado, tu vai colar com a Lais aonde?

— Nos vai da um role nas praia, umas mais afastada morou, talvez aquela que a gente foi quando tu saiu com a novinha.

— Essa não esqueço nunca, a filha da puta deve ter feito um chá de buceta pra mim. Ontem, dormi foi de pau duro, a mina tá brincando comigo tio.

— Tu arrebentou a mina na porrada e ainda reclama de dormir de pau duro? Ela devia deixar tu nem dormi.

— Mete o louco não.

— Vamos! Já estou pronta.

— Amor, olha o que a Fernanda me deu.

— Na moral Vitor, tira sua mina de perto da minha mulher olha o tamanho desse biquíni, vou descer de motoca como com uma gata dessa de bunda de fora.

— Se vira papai.

Olhei pra Fernanda que ria. Ela estava com o cabelo amarrado, dando uma visão privilegiada pro rosto dela, uma blusa de alcinha e um short curtinho.

— Tu quer colar assim na boca comigo? Não vou trabalhar hoje mesmo.

Adriel e Lais riram e fomos saindo de casa, os moleque que estavam de vigia já desviou o olhar das mina na hora, sabe que o proceder é assim, olhou pra mina ou deu ideia já vem com tudo que talarica morre cedo.

— Até mais tarde meu amor. – Lais beijou a bochecha de Fernanda que a abraçou.

Fico felizão de vê elas sendo amigas, as mina que se aproximavam antes de Lais era tudo no interesse pra me dá a buceta, bagulho feião. Me despedi deles e fui em direção minha moto com Fernanda.

— Tá suave pra andar? – ela assentiu e eu ajudei ela subir na moto, e sai a milhão em direção a boca.

Ajudei minha gata descer da motoca, e entrei com ela pra boca, os cara já olhou estranhando, eu nunca trazia minguem pra ca, muito menos uma mina mas o pior foi quando cheguei na minha sala, vi Fernanda ficar vermelha de ódio e algo difícil acontecer: eu ficar mortinho de vergonha.

Diante do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora