Fernanda
Nós já estávamos prontos para ir pra praia de Grumari, ela foi muito bem recomendada por uns amigos nossos que vinham frequentemente pro Rio.
— Vai de biquíni branco só pra ficar molhada e transparente né sua cachorra!
Eu já disse o quanto odeio o Pedro?
— Se toca filho de rapariga. - eu oro por Deus pra minha tia linda, não ficar sabendo desses xingamentos, amo aquela mulher demais.
— Um segundo mano, um segundo a gente não para de zoar um o outro.
— Por isso somos o quarteto fantástico.
— Para de ser burra, Nanda, somos três.
— Somos quatro, com o tamanho da sua cabeça contamos com outro ser humano.
Levei um tapão na cabeça e sair rindo.
***
Chegamos na praia muito animados, Pedro me levava nas costas e do nada começou a correr que nem um condenado em direção ao mar.
— Afoga ela Pedrozo! - Carlos gritava enquanto corria atrás da gente.
— Seu satanás, me solta agora! Eu vou te matar Pedro. - eu berrava igual uma louca.
Eu estava gargalhando e berrando, mas quando olhei pro lado vi o menino de ontem, a não, isso é perseguição, esse embuste aqui... mal terminei de falar e sentir uma onda me engolir, levantei com tudo e fui derrubada por outra, os meninos riam descontroladamente.
— Vai tomar no cu de vocês!
Sai do mar correndo, e fui passar protetor, o menino, na verdade o homem, e que homão da porra, pena que era um frouxo, continuava no mesmo lugar... fui até minha bolsa que Carlos tinha largado no meu da praia me sequei com a toalha e passei protetor e bronzeador em algumas regiões que eu alcançava.
— Quer ajuda pra passar protetor, loirinha? - olhei pra ele sorrindo e neguei com a cabeça.
— Pode ser né, já que os mula estão parecendo dois pateta no mar.
Ele deu risada olhando em direção dos meninos, vi que ele segurava mais de uma cerveja na mão e uma bebida mais fraca, bem bebida que eu gostava, como diz Carlo: bebida de mulherzinha! As mais ágeis do gatinho, passavam nas minhas costas, e deslizavam com uma facilidade tão grande, eu já estava no fogo, desde ontem ele me deixou assim, já disse o quanto gosto de dá? Deveria ser meu nome, Dadeira... perdida em pensamento nem reparei quando ele deslizou a mão pela minha bunda e deu um sorriso sacana, eu estava gostando desse joguinho.
— Você é bem safadinha em novinha.
— Sempre escolho bem minhas ajudas. - pisco pra ele.
Ele senta do meu lado e me encara.
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Diante do morro
Hayran KurguEla curte baile, tem um sorriso leve, gosta de se envolver, mas não senta pra traficante. Ele é envolvido, tem tudo no poder, controle de tudo e de todos, menos o controle dela.